Religiosa se indigna e rebate Renato Gaúcho por frase "time de freiras"


Fonte: UOL

Religiosa se indigna e rebate Renato Gaúcho por frase time de freiras
Lucas Uebel/Grêmio
A declaração de Renato Gaúcho, ao falar de discussões entre jogadores do Grêmio, causou indignação. Hoje, Celassi Dalpiaz, diretora do Colégio Santa Inês, em Porto Alegre, escreveu texto para rebater o treinador gremista — que usou a expressão "não tenho time de freiras" ao justificar episódios recentes em campo.



No artigo, a religiosa diz que a posição de Renato é preconceituosa.

"Por que pelo fato de ser freiras, não podemos usar de rebeldia, força e capacidade de enfrentar aquilo que entendemos injusto? O mundo mudou, meu caro. O olhar é outro e eu, sendo freira, não me eximo de nenhuma responsabilidade. Não me calo frente a situações injustas e nem aceito carteiraço. Indignar-se é sinônimo de não aceitar a situação", escreveu a diretora do colégio de Porto Alegre.

Em outro trecho, a irmã reiterou a luta contra preconceitos.

"Quero te dizer, prezado Renato Portaluppi que, para ser FREIRA hoje, precisamos de muita garra e capacidade de luta, para nos sobrepor a tantos preconceitos de todos os gêneros. A indignação é que nos move e que nos faz olhar além do que vemos, tomar frente às situações de injustiças e, muitas vezes, ser resilientes", publicou Dalpiaz.

Renato Portaluppi já usou a expressão "time de freiras" em mais de uma oportunidade. Depois da vitória de 2 a 1 diante do Red Bull Bragantino, o termo foi empregado para minimizar irritação dos jogadores em campo.

"Eu não sou padre, não tenho time de freiras. O Pepê às vezes joga chuteira no chão, colete no chão, por se cobrar de não ir bem. Eu estou aqui há quatro anos e nunca tive discussão com jogador. Nunca tive problema. Se o jogador de futebol não pode discutir em campo, tem duas opções. Ou põe time de freiras ou time de mudos", disse o treinador do Grêmio.



Confira carta na íntegra

Time de Freiras Ir. Celassi Dalpiaz Diretora do Colégio Santa Inês

Mais uma vez, deparo-me com um posicionamento preconceituoso que me causa indignação. “Eu não tenho um time de Freiras”. No esporte, é comum escutarmos expressões como essa, quando se quer explicar um comportamento que extrapola os limites. Essa justificativa denota, que pelo fato de ser freira, deve-se abaixar a cabeça, submetendo-se ao destino, sem luta. Quero te dizer, prezado Renato Portaluppi que, para ser FREIRA hoje, precisamos de muita garra e capacidade de luta, para nos sobrepor a tantos preconceitos de todos os gêneros. A indignação é que nos move e que nos faz olhar além do que vemos, tomar frente às situações de injustiças e, muitas vezes, ser resilientes. Por que pelo fato de ser freiras, não podemos usar de rebeldia, força e capacidade de enfrentar aquilo que entendemos injusto? O mundo mudou, meu caro. O olhar é outro e eu, sendo freira, não me eximo de nenhuma responsabilidade. Não me calo frente a situações injustas e nem aceito carteiraço. Indignar-se é sinônimo de não aceitar a situação. Seria bem mais educativo o Maicon, como líder que é, admitir que nada deu certo e, com seu comandante e companheiros, buscar alternativas para mudar. Chutar o balde, por vezes, só serve para esparramar a água, mas não resolve o problema. Essa já não é a primeira vez que me dirijo aos programas de rádio e TV para demonstrar meu descontentamento por ouvir, de alguns, expressões levianas e que se tornam naturalizadas pelo fato de entendermos que são expressões cotidianas, em determinados espaços, para fazer uma comparação.



Estamos numa sociedade que requer posicionamento, para que haja transformações de julgamentos, aparentemente inocentes, mas que estigmatizam pessoas ou instituições. Como profissional da educação tenho compromisso de me posicionar contra isso, pois entendo que é dessa forma que também educo. O esporte arrasta multidões. Então, por que não usar este espaço para mudanças sociais? Tenho visto e reconheço muitos cidadãos que já o fazem. Como apaixonada por esporte, assídua aos debates e admiradora de tantos que compõem esses times, deixo minha contribuição para podermos mudar de paradigmas e fazermos, juntos, uma revolução que educa.

Grêmio, Renato Portaluppi, Freiras

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Comentários



Marcelo Avila     

Hj em dia tudo virou ofensa e preconceito. Acho que o entendimento da freira foi preconceituiso também. Talvez ela devesse agradecer pq o Renatoquis dizer que as freiras são pessoas educadas e de comportamento ilibado, que não ofendem e nao demonstram raiva en público. Mas, como tudo ofende, tem que se mostrar indignada. Todos sabemos que freiras são humanas e que gozam dos mesmos defeitos e qualidades. Ser politicamente correto é impossível. Cansativo isso.

Luis Rogerio     

Tenho certeza que ele nao quis ser preconceituoso (muita linguagem do futebol), mas cabe desculpas sim

Luis Rogerio     

Os bruxos vao te mandar uma carta

Rich Bronaut     

Essa senhora quer aparecer

Vdd o time é de Bruxos

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