Após reunião com MP, Grêmio decide adiar negociação para compra da Arena

Ministério Público solicitou esclarecimentos sobre 16 pontos do contrato para avançar na negociação. Clube aguarda resolução das exigências para seguir no processo


Fonte: Globoesporte.com

Após reunião com MP, Grêmio decide adiar negociação para compra da Arena
Foto: Wesley Santos / Agência PressDigital
Se a expectativa era por uma definição sobre a compra da gestão da Arena até o final deste ano, a direção do Grêmio alterou o discurso. Em entrevista para a Rádio Gaúcha na noite desta quinta-feira, o presidente Romildo Bolzan manteve o otimismo na operação, mas evitou estipular prazo para um desfecho do negócio.



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Tudo porque encerrou sem acordo a reunião do Grêmio com Ministério Público (MP), Arena e a construtora Karagounis na tarde de quarta-feira. O órgão público solicitou esclarecimentos sobre 16 pontos do contrato para avançar no processo de compra da gestão da Arena. Entre eles, dois são considerados fundamentais, mas dizem respeito à OAS.

Foram 16 pontos salientados e todos são passíveis de soluções rápidas. Houve uma inadimplência (da OAS) e é preciso uma alternativa certeira. As garantias do Grêmio estão muito mais sólidas que em qualquer momento. A dificuldade é muito normal. Havia uma situação muito vinculada a uma questão tributária vinculada à OAS, que assegurou que vai resolver. Possivelmente faremos um termo de entendimento (em 2019), mas não faremos a definição total da operação – explica o dirigente.

Romildo Bolzan tinha esperança de concretizar a compra da gestão ainda em 2019 e chegou a ameaçar desistência. No entanto, devido ao recesso de final de ano, o processo somente poderá avançar em 2020.

A situação montada é muito segura. Acho que isso é absolutamente normal da situação, mas vamos chegar a um bom termo – complementa o dirigente.

Entre os pontos, estão as obras do entorno da Arena, assim como com a duplicação da Avenida A.J. Renner e de melhorias no sistema de esgoto. O MP exige que o gestor da Arena assuma essas pendências.

Durante o encontro, foi discutida a minuta de proposta para realização das obras do entorno do estádio, que havia sido encaminhada ao MP pela Arena e pelo Grêmio. Ficou acertado entre as partes que, devido à complexidade do assunto, seguirão as tratativas para o avanço das negociações – diz uma divulgada pelo MP.

Desde que o ex-presidente Fábio Koff afirmou, lá em 2012, que “A Arena não é do Grêmio”, a compra da gestão do estádio virou praticamente uma obsessão entre os gremistas. O ex-dirigente chegou a anunciar acordo com a OAS em outubro de 2014. Hoje, o Grêmio paga R$ 1,75 milhão por mês para a OAS para que seus sócios tenham acesso ao estádio em dias de jogos.

O atual contrato do Grêmio com a OAS prevê 20 anos de exploração comercial pela construtora, até 2033. A Arena Porto-Alegrense também controla toda a operação em dias de jogos e eventos como shows, bem como fica com as receitas provenientes desses eventos.



O clube estima ter um acréscimo de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões na receita anual com projetos que pretende implementar quando assumir a operação, como aumento do quadro social e comercialização dos espaços da Arena para lojas e eventos. Na parte prática, também pesa a desburocratização da operação do estádio em dias de jogos, hoje nas mãos da Arena Porto-Alegrense.


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8/10/2025