Desalinhamento de Elenco no Grêmio: Uma Análise Tática Necessária

Quase no fim de julho, o Grêmio ainda não tem um time titular consolidado. A cada rodada, Mano Menezes tenta montar uma escalação diferente. O Tricolor virou um time difícil de escalar. Nenhum setor transmite segurança ou continuidade, e isso reflete diretamente no desempenho em campo. A dificuldade em definir os onze titulares, como também ocorria na época de Gustavo Quinteros, mostra que o problema vai além da comissão técnica. A falta de padrão revela falhas na construção do elenco. O time apresenta carências claras em pelo menos cinco posições. Isso compromete os objetivos da temporada, tanto no Brasileirão quanto na Sul-Americana. A defesa sofre muitos gols e raramente passa jogos sem ser vazada. No meio-campo, a equipe não consegue marcar com eficiência e tampouco criar jogadas com constância. Já o ataque, mesmo com nomes de peso, depende de lampejos individuais para funcionar.

Essas fragilidades deixam o Imortal exposto. O risco de rebaixamento existe, mesmo que o clube ainda esteja vivo em outros torneios. Os treinadores até tentam ajustar, mas a herança das más contratações pesa. A diretoria errou demais no mercado. Para tentar evitar uma crise maior, o clube precisará agir rápido. Reforços pontuais, com qualidade e experiência, tornam-se urgentes. Caso contrário, o segundo semestre será turbulento. O torcedor espera reação. Mas sem um time base e sem equilíbrio entre os setores, o cenário segue preocupante.