
Começo ruim no Brasileiro em 2015 minou a permanência de Felipão no Grêmio
Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA/Divulgação
Luiz Felipe Scolari atingiu em 2002 o ápice da carreira de qualquer treinador de futebol : foi campeão da Copa do Mundo, liderando o Brasil rumo ao pentacampeonato. Além da idolatria dos torcedores verde-amarelos, ele também era figura incontestável em dois grandes clubes do País, Grêmio e Palmeiras, onde havia acumulado títulos heroicos. Mas hoje, 13 anos depois, a situação não é bem assim. Aos 66 anos, um dos técnicos mais vitoriosos da história já não é mais unanimidade para gremistas, palmeirenses e fãs da Seleção - e vivenciou mais um trabalho interrompido e outra saída pela porta dos fundos, como tem sido comum na última década.
O mais recente insucesso de Felipão aconteceu exatamente no Grêmio , de onde pediu demissão nesta terça, pouco menos de um ano após iniciar a terceira passagem pelo time gaúcho. Desde a conquista do penta em 2002, Scolari levantou apenas três taças, uma delas o pouco expressivo Campeonato Uzbeque pelo Bunyodkor. Os outros dois títulos foram a Copa do Brasil pelo Palmeiras e a Copa das Confederações pela Seleção - dois lugares onde ele viveu vexames e saídas melancólicas. Ainda houve uma aventura malsucedida no Chelsea. É suficiente para dizer que o treinador teve uma década para esquecer?
Relembre a carreira de Felipão desde a conquista do penta em 2002:
Portugal (2002-08)
A passagem de Felipão pela seleção portuguesa passou longe de ser um fracasso, e foi o trabalho mais sólido do treinador após o penta, apesar de não ter rendido nenhum título. Chances não faltaram: na Eurocopa de 2004, disputada em casa, Scolari levou a equipe até a final com o talento do veterano Figo e da promessa Cristiano Ronaldo, mas foi surpreendido na decisão pela zebra Grécia, que foi campeã contra todos os prognósticos. Na Copa do Mundo de 2006, uma queda na semifinal diante da França. E na Euro 2008, derrota para a Alemanha nas quartas de final. Não houve troféu, mas Felipão conseguiu reviver a fé do torcedor português na seleção e a confiança de que aquele time poderia alçar voos maiores.
Scolari teve passagem marcante pela seleção portuguesa, mesmo sem levantar nenhum troféu
Foto: Getty Images
Chelsea (2008-09)
A primeira e única tentativa de Felipão em treinar um clube europeu de ponta não terminou bem. Ele até teve um início empolgante no Chelsea, com goleadas e atuações convincentes, mas logo as coisas começaram a dar errado: ele entrou em conflito com algumas das estrelas do elenco, como Drogba; fez contratações que não deram muito certo, como Deco e Mineiro; e tinha algumas dificuldades de comunicação com a feroz imprensa britânica. A pressão cresceu quando o Chelsea foi eliminado na Copa da Liga pelo modesto Burnley, e Scolari foi demitido em fevereiro, no meio da temporada. Sob o comando do holandês Guus Hiddink, o time chegou à semifinal da Liga dos Campeões e venceu a Copa da Inglaterra em 2009.
Contratação de Mineiro foi um dos pontos que gerou críticas a Felipão no Chelsea
Foto: Getty Images
Bunyodkor (2009-10)
Depois da decepção no Chelsea, Felipão decidiu continuar na Europa, mas em um mercado bem mais modesto, pelo menos no âmbito esportivo: assumiu o Bunyodkor, do Uzbequistão, tornando-se o treinador mais bem pago do mundo na época. A primeira temporada foi um sucesso: com o experiente Rivaldo como líder e artilheiro do time, o treinador se sagrou campeão uzbeque em 2009. No ano seguinte, acabou eliminado nas oitavas da Liga dos Campeões da Ásia pelo saudita Al-Hilal, e rescindiu o contrato de forma amigável, encerrando a passagem pelo futebol europeu.
No Uzbequistão, Felipão foi campeão nacional de forma invicta
Foto: AP
Palmeiras (2010-12)
Felipão voltou ao Palmeiras após dez anos em um momento de renovação do clube, que também havia repatriado os ídolos Kleber e Valdivia. A esperança era de dias melhores, mas Scolari não conseguiu formar um time forte: a passagem ficou marcada por muitas brigas com a arbitragem, conflitos com medalhões do elenco e alguns vexames como a eliminação em casa para o rebaixado Goiás na Sul-Americana de 2010 e a goleada por 6 a 0 sofrida para o Coritiba na Copa do Brasil de 2011. Em 2012, Felipão tirou o Palmeiras da fila de títulos nacionais e conquistou a Copa do Brasil com um time bastante limitado. Mas não foi suficiente para aguentar o tranco no Brasileiro ,e o técnico foi demitido com o time na zona do rebaixamento - sob o comando de Gilson Kleina, o Palmeiras sofreria a segunda queda à Série B no fim do ano.
Apesar do título da Copa do Brasil, passagem pelo Palmeiras acabou de forma negativa
Foto: Edu Andrade / Gazeta Press
Brasil (2012-14)
Mesmo vindo de temporadas medíocres no comando do Palmeiras , Felipão foi nomeado técnico da Seleção Brasileira em novembro de 2012, após a demissão de Mano Menezes, com a expressa missão de conquistar o hexa em 2014. Mesmo sob desconfiança de torcida e imprensa, o pentacampeão manteve a base de Mano, fez alguns ajustes como a inclusão de Fred como centroavante fixo, e passou a acumular bons resultados em amistosos. O auge veio na Copa das Confederações de 2013, com o título em casa diante da favorita Espanha, com atuação arrasadora e vitória por 3 a 0. O Brasil chegou à Copa do Mundo como um dos favoritos, mas não apresentou bom futebol, e a goleada humilhante sofrida para a Alemanha na semifinal, por 7 a 1, demoliu a imagem de Felipão. O treinador foi demitido logo após o Mundial.
Felipão saiu da Seleção com a imagem arrasada pelo 7 a 1 da Alemanha
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Grêmio (2014-15)
Depois de saídas decepcionantes de Palmeiras e Seleção, Felipão voltou ao outro local onde foi multicampeão e ídolo: o Grêmio . Assumiu o time no primeiro turno do Campeonato Brasileiro e fez boa campanha: com um futebol nada bonito, mas eficiente, Scolari acertou o sistema defensivo e foi fazendo o time tricolor subir na tabela. Flertou com a Libertadores , mas terminou na sétima posição, um ponto atrás da zona de classificação. Foi suficiente para começar 2015 com um novo gás, mas, com uma equipe modesta e poucas contratações, o ano não iniciou bem. Resultados fracos, derrota na final do Estadual para o arquirrival Inter, um início ruim no Brasileiro e críticas por causa das reclamações em relação ao elenco minaram o treinador, que, pressionado, pediu demissão e interrompeu mais um trabalho.
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Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA/Divulgação
Luiz Felipe Scolari atingiu em 2002 o ápice da carreira de qualquer treinador de futebol : foi campeão da Copa do Mundo, liderando o Brasil rumo ao pentacampeonato. Além da idolatria dos torcedores verde-amarelos, ele também era figura incontestável em dois grandes clubes do País, Grêmio e Palmeiras, onde havia acumulado títulos heroicos. Mas hoje, 13 anos depois, a situação não é bem assim. Aos 66 anos, um dos técnicos mais vitoriosos da história já não é mais unanimidade para gremistas, palmeirenses e fãs da Seleção - e vivenciou mais um trabalho interrompido e outra saída pela porta dos fundos, como tem sido comum na última década.
O mais recente insucesso de Felipão aconteceu exatamente no Grêmio , de onde pediu demissão nesta terça, pouco menos de um ano após iniciar a terceira passagem pelo time gaúcho. Desde a conquista do penta em 2002, Scolari levantou apenas três taças, uma delas o pouco expressivo Campeonato Uzbeque pelo Bunyodkor. Os outros dois títulos foram a Copa do Brasil pelo Palmeiras e a Copa das Confederações pela Seleção - dois lugares onde ele viveu vexames e saídas melancólicas. Ainda houve uma aventura malsucedida no Chelsea. É suficiente para dizer que o treinador teve uma década para esquecer?
Relembre a carreira de Felipão desde a conquista do penta em 2002:
Portugal (2002-08)
A passagem de Felipão pela seleção portuguesa passou longe de ser um fracasso, e foi o trabalho mais sólido do treinador após o penta, apesar de não ter rendido nenhum título. Chances não faltaram: na Eurocopa de 2004, disputada em casa, Scolari levou a equipe até a final com o talento do veterano Figo e da promessa Cristiano Ronaldo, mas foi surpreendido na decisão pela zebra Grécia, que foi campeã contra todos os prognósticos. Na Copa do Mundo de 2006, uma queda na semifinal diante da França. E na Euro 2008, derrota para a Alemanha nas quartas de final. Não houve troféu, mas Felipão conseguiu reviver a fé do torcedor português na seleção e a confiança de que aquele time poderia alçar voos maiores.

Foto: Getty Images
Chelsea (2008-09)
A primeira e única tentativa de Felipão em treinar um clube europeu de ponta não terminou bem. Ele até teve um início empolgante no Chelsea, com goleadas e atuações convincentes, mas logo as coisas começaram a dar errado: ele entrou em conflito com algumas das estrelas do elenco, como Drogba; fez contratações que não deram muito certo, como Deco e Mineiro; e tinha algumas dificuldades de comunicação com a feroz imprensa britânica. A pressão cresceu quando o Chelsea foi eliminado na Copa da Liga pelo modesto Burnley, e Scolari foi demitido em fevereiro, no meio da temporada. Sob o comando do holandês Guus Hiddink, o time chegou à semifinal da Liga dos Campeões e venceu a Copa da Inglaterra em 2009.

Foto: Getty Images
Bunyodkor (2009-10)
Depois da decepção no Chelsea, Felipão decidiu continuar na Europa, mas em um mercado bem mais modesto, pelo menos no âmbito esportivo: assumiu o Bunyodkor, do Uzbequistão, tornando-se o treinador mais bem pago do mundo na época. A primeira temporada foi um sucesso: com o experiente Rivaldo como líder e artilheiro do time, o treinador se sagrou campeão uzbeque em 2009. No ano seguinte, acabou eliminado nas oitavas da Liga dos Campeões da Ásia pelo saudita Al-Hilal, e rescindiu o contrato de forma amigável, encerrando a passagem pelo futebol europeu.

Foto: AP
Palmeiras (2010-12)
Felipão voltou ao Palmeiras após dez anos em um momento de renovação do clube, que também havia repatriado os ídolos Kleber e Valdivia. A esperança era de dias melhores, mas Scolari não conseguiu formar um time forte: a passagem ficou marcada por muitas brigas com a arbitragem, conflitos com medalhões do elenco e alguns vexames como a eliminação em casa para o rebaixado Goiás na Sul-Americana de 2010 e a goleada por 6 a 0 sofrida para o Coritiba na Copa do Brasil de 2011. Em 2012, Felipão tirou o Palmeiras da fila de títulos nacionais e conquistou a Copa do Brasil com um time bastante limitado. Mas não foi suficiente para aguentar o tranco no Brasileiro ,e o técnico foi demitido com o time na zona do rebaixamento - sob o comando de Gilson Kleina, o Palmeiras sofreria a segunda queda à Série B no fim do ano.

Foto: Edu Andrade / Gazeta Press
Brasil (2012-14)
Mesmo vindo de temporadas medíocres no comando do Palmeiras , Felipão foi nomeado técnico da Seleção Brasileira em novembro de 2012, após a demissão de Mano Menezes, com a expressa missão de conquistar o hexa em 2014. Mesmo sob desconfiança de torcida e imprensa, o pentacampeão manteve a base de Mano, fez alguns ajustes como a inclusão de Fred como centroavante fixo, e passou a acumular bons resultados em amistosos. O auge veio na Copa das Confederações de 2013, com o título em casa diante da favorita Espanha, com atuação arrasadora e vitória por 3 a 0. O Brasil chegou à Copa do Mundo como um dos favoritos, mas não apresentou bom futebol, e a goleada humilhante sofrida para a Alemanha na semifinal, por 7 a 1, demoliu a imagem de Felipão. O treinador foi demitido logo após o Mundial.

Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Grêmio (2014-15)
Depois de saídas decepcionantes de Palmeiras e Seleção, Felipão voltou ao outro local onde foi multicampeão e ídolo: o Grêmio . Assumiu o time no primeiro turno do Campeonato Brasileiro e fez boa campanha: com um futebol nada bonito, mas eficiente, Scolari acertou o sistema defensivo e foi fazendo o time tricolor subir na tabela. Flertou com a Libertadores , mas terminou na sétima posição, um ponto atrás da zona de classificação. Foi suficiente para começar 2015 com um novo gás, mas, com uma equipe modesta e poucas contratações, o ano não iniciou bem. Resultados fracos, derrota na final do Estadual para o arquirrival Inter, um início ruim no Brasileiro e críticas por causa das reclamações em relação ao elenco minaram o treinador, que, pressionado, pediu demissão e interrompeu mais um trabalho.
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