
Foto: Omar Freitas / Agencia RBS
A engenharia de negócio montada pelo Grêmio para a compra da gestão da Arena promete um alívio e tanto aos cofres tricolores. Os termos da operação, aprovados na última sexta-feira pela OAS, estipulam que o clube pagará R$ 384 milhões em 19 anos para ter o controle do estádio.
No contrato entre as partes, que começou a ser redigido nesta semana e deve ser finalizado em dois meses, o pagamento está dividido em duas etapas. A primeira será a quitação do financiamento para a construção da Arena, tomado junto ao BNDES, que será feita diretamente aos bancos repassadores Banrisul, Santander e Banco do Brasil. No total, serão R$ 168 milhões em sete anos. Ou 84 parcelas mensais de R$ 2 milhões.
O restante será pago à OAS. O dinheiro, no entanto, não entrará diretamente nos cofres da construtora. Irá para os credores da empresa, que recentemente entrou em processo de recuperação judicial. Ao todo, serão R$ 216 milhões em 12 anos. Ou 144 parcelas mensais de R$ 1,5 milhão.
Este valor é exatamente o que o Grêmio hoje gasta mensalmente para acomodar seus sócios na Arena. A diferença é que, com a gestão do estádio, o clube poderá explorar novas receitas, que incluem a repactuação da migração dos sócios. Apenas com isso, a direção projeta um faturamento mensal de R$ 10 milhões mensais com o quadro social. Praticamente dobrando o rendimento gerado pelos associados ao clube.



Em entrevista a Zero Hora, o então presidente eleito falou sobre as dificuldades ocasionadas pelo contrato entre Grêmio e OAS. Dias depois, o então presidente da Arena, Eduardo Pinto, rebateu Koff. Disse que a parceria era boa para as duas partes e que a "Arena é do Grêmio". Outro a rebater Koff foi Paulo Odone. Responsável pela assinatura do contrato, disse que "o torcedor pode se orgulhar".

A Arena foi inaugurada antes da conclusão das obras. Isso gerou polêmica no início de 2013, e o clube voltou a fazer partidas no Olímpico. A liberação da Arena junto aos órgãos públicos para receber partidas foi um processo longo. O Habite-se foi entregue apenas em agosto de 2013, mais de oito meses depois do amistoso contra o Hamburgo que abriu a Arena.

A briga entre os presidentes se estendeu. Para Odone, houve um processo de desmanche da imagem da Arena. Koff reclamou da pouca autonomia gremista no estádio e disse: "O Grêmio tem que pedir licença para treinar e paga para jogar". Quando assumiu, em dezembro de 2014, Romildo Bolzan procurou amenizar a batalha política e reuniu um grupo para trocar ideias em relação à Arena.

Inicialmente, o Olímpico passaria para o
domínio da OAS quando a Arena ficasse pronta. Aos poucos, o processo passou por atrasos e contratempos. Com a Arena alienada aos bancos credores, o Grêmio decidiu não entregar o Olímpico. Com a assinatura de um aditivo ao contrato, finalmente o Grêmio aceitou a troca de chaves. No final de 2014, o Grêmio transferiu suas atividades que ainda eram realizadas no Olímpico.

O Grêmio assumiu uma dívida de R$ 6,8 milhões com a Arena em março de 2013. Controlar a gestão da Arena passou a ser a alternativa encontrada pelo Grêmio para equilibrar as finanças. O estádio teve um prejuízo de R$ 101,5 milhões em 2014. A OAS chegou a atrasar parcelas do financiamento
da Arena.

Sob a gestão de Fábio Koff, o Grêmio passou a contestar os valores da negociação. Foram feitas alterações no contrato para amenizar os prejuízos gremistas. Em junho de 2013, pela primeira vez, Fábio Koff disse que "a Arena é do Grêmio". Seis meses depois da declaração de Koff, em dezembro de 2013, Grêmio e OAS finalmente assinaram o novo vínculo.

A relação entre Grêmio e OAS foi tensa em alguns momentos. A empreiteira, por exemplo, causou polêmica ao impedir uma promoção de ingressos proposta pelo clube. As cadeiras fantasmas foram um ponto de entrave durante as negociações. O Grêmio passou a cobrar soluções antes de aceitar a conclusão das obras. Fábio Koff chegou a dizer que a Arena dependia do clube.

Uma nova negociação teve início. O Grêmio passou a pensar em alternativas para comprar a gestão da Arena junto à OAS. Com a sinalização gremista, a empreiteira indicou que aceitaria negociar e o Grêmio montou uma estratégia para comprar e gerir o estádio. Em ano de eleição presidencial, o fato gerou repercussão na política interna do clube. A votação no Conselho para efetivar a compra da gestão foi suspensa. Em maio de 2015, as negociações entre Grêmio e OAS voltaram a se encaminhar.

A OAS passou a ser investigada na Operação Lava-Jato e as negociações sofreram outro retrocesso. O futuro das negociações passou a ser incerto. Documentos liberados pela Justiça do Paraná indicaram que a OAS usou um escritório na Arena para receber dinheiro de caixa 2. Por fim, a OAS pediu recuperação judicial, mas não incluiu a Arena.

A negociação passou a ser com os bancos credores.
O Banco do Brasil ameaçou recorrer à Justiça e bloquear as bilheterias caso o pagamento do financiamento fosse atrasado, mas desistiu da ação em seguida. Em junho, o acordo com os bancos foi alinhavado. As partes se reuniram novamente em setembro para definir os últimos detalhes do acordo.

No fim de setembro, o Grêmio superou os últimos entraves com a OAS e fechou a negociação — restando apenas redigir e assinar o contrato.
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A engenharia de negócio montada pelo Grêmio para a compra da gestão da Arena promete um alívio e tanto aos cofres tricolores. Os termos da operação, aprovados na última sexta-feira pela OAS, estipulam que o clube pagará R$ 384 milhões em 19 anos para ter o controle do estádio.
No contrato entre as partes, que começou a ser redigido nesta semana e deve ser finalizado em dois meses, o pagamento está dividido em duas etapas. A primeira será a quitação do financiamento para a construção da Arena, tomado junto ao BNDES, que será feita diretamente aos bancos repassadores Banrisul, Santander e Banco do Brasil. No total, serão R$ 168 milhões em sete anos. Ou 84 parcelas mensais de R$ 2 milhões.
O restante será pago à OAS. O dinheiro, no entanto, não entrará diretamente nos cofres da construtora. Irá para os credores da empresa, que recentemente entrou em processo de recuperação judicial. Ao todo, serão R$ 216 milhões em 12 anos. Ou 144 parcelas mensais de R$ 1,5 milhão.
Este valor é exatamente o que o Grêmio hoje gasta mensalmente para acomodar seus sócios na Arena. A diferença é que, com a gestão do estádio, o clube poderá explorar novas receitas, que incluem a repactuação da migração dos sócios. Apenas com isso, a direção projeta um faturamento mensal de R$ 10 milhões mensais com o quadro social. Praticamente dobrando o rendimento gerado pelos associados ao clube.



Em entrevista a Zero Hora, o então presidente eleito falou sobre as dificuldades ocasionadas pelo contrato entre Grêmio e OAS. Dias depois, o então presidente da Arena, Eduardo Pinto, rebateu Koff. Disse que a parceria era boa para as duas partes e que a "Arena é do Grêmio". Outro a rebater Koff foi Paulo Odone. Responsável pela assinatura do contrato, disse que "o torcedor pode se orgulhar".






domínio da OAS quando a Arena ficasse pronta. Aos poucos, o processo passou por atrasos e contratempos. Com a Arena alienada aos bancos credores, o Grêmio decidiu não entregar o Olímpico. Com a assinatura de um aditivo ao contrato, finalmente o Grêmio aceitou a troca de chaves. No final de 2014, o Grêmio transferiu suas atividades que ainda eram realizadas no Olímpico.


da Arena.










O Banco do Brasil ameaçou recorrer à Justiça e bloquear as bilheterias caso o pagamento do financiamento fosse atrasado, mas desistiu da ação em seguida. Em junho, o acordo com os bancos foi alinhavado. As partes se reuniram novamente em setembro para definir os últimos detalhes do acordo.


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Comentários
Comentários (1)
Meu Deus! Não é à toa que o nosso tricolor empacou de um modo geral! Tudo isso poderia ter sido evitado se tivesse sido feito uma boa negociação desde o princípio ! Mudar de estádio passando por tudo isso, é coisa de louco! Ainda bem que estiveram envolvidas pessoas influentes e o nome do Grêmio fala por si só. Pobre tricolor , pobre torcedor gremista!
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