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Foto: Arquivo Pessoal
Um Dia das Mães diferente. Em quarentena, talvez sem abraços e beijos costumeiros. Para muitas famílias, será cada uma na sua casa, em isolamento. Em outras, todo mundo junto. Estes são os casos da Carlinha e da Djeni, jogadoras de Grêmio e Inter, que carregam o amor de filha e mãe paralelamente a futebol.
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Devido a pandemia do novo coronavírus no Brasil, os clubes liberaram as jogadoras para ficarem em casa e treinarem de maneira remota. Com isso, Carlinha passou mais tempo com a filha, Diully, e Djeni, mais tempo com a mãe, Ivanei Becker.
Carlinha priorizou a filha
Carla Tatiane da Silva Antônio, conhecida como Carlinha, é atacante do Grêmio. O início no futebol foi aos sete anos de idade e assim como muitas meninas, jogava com os guris da vizinhança e com os irmãos, quando a mãe deixava. Natural de Porto Alegre, Carlinha teve a primeira oportunidade no Grêmio logo na adolescência.
— Aos 14 surgiu a possibilidade de fazer um teste no Grêmio, eu passei e fiquei no grupo, de 1999 à 2001, quando acabou o time. Daí fiquei sem clube na época e em seguida fiquei grávida, em 2003 - comenta.
Nestes três anos, Carlinha foi convocada para a seleção brasileira, chegou a jogar alguns amistosos, mas nenhuma partida oficial. Depois que descobriu a gravidez, deixou o futebol em segundo plano e começou a trabalhar.
"Ficou difícil pra mim, jogar. Eu tive que começar a trabalhar para poder sustentar minha filha, a minha mãe não podia sustentar nós duas então tive que optar por trabalhar" (Carlinha, atacante do Grêmio).
Durante este período a jogadora chegou a recusar uma proposta de atuar no Palmeiras, só para não ficar longe da filha, que na época tinha entre dois e três anos. Carlinha atuou em times amadores e defendeu as cores do Canoas/Duda, onde venceu em 2016 o Campeonato Gaúcho. Em 2017, o Grêmio retomou o time feminino, e com ele, Carlinha voltou novamente. Atualmente é a única jogadora a ser tricampeã gaúcha pelo Grêmio (2000, 2001 e 2018).
— É uma experiência única, eu sempre quis ser mãe, mas não na idade que eu fui, e eu sempre quis ser jogadora. Conseguindo conciliar os dois como eu consigo hoje, eu me sinto muito feliz, sabe? Acho que o meu dever, o meu papel como mãe eu to conseguindo desempenhar bem. Eu não deixo faltar nada pra ela, eu poderia ficar no alojamento até acabar o ano mas eu sempre volto pra casa depois dos treinos por causa dela - afirma a jogadora.
Hoje com carteira assinada no Grêmio, Carlinha se dedica inteiramente ao futebol. Mas de 2007 a 2019 trabalhou como doméstica na casa de Miriam Mandelli, quem afirma ter sido de extrema importância para que ela "vivesse tudo isso" com o apoio durante os período.
Como não tinha a convicção de que o futebol feminino seria uma aposta a longo prazo do Tricolor, manteve a jornada dupla até ano passado. E havia sempre o pensamento de garantir uma renda para a filha. Atualmente, Diully, de 16 anos, é a torcedora número um da mãe e sempre que pode, acompanha as partidas do Grêmio.
Além de jogar, Carlinha voltou à estudar. Em 2019 o Grêmio e a Sogipa firmaram uma parceria, e no segundo semestre a atleta iniciou no curso de Educação Física. No futuro, planeja atuar como auxiliar técnica.
Djeni volta para perto da mãe
Do lado vermelho contamos a história da Djeni, meio-campista do Inter. Ela não tem filhos, mas muito já passou por uma situação que muitas mães e filhas devem se identificar: estar longe no dia das mães. Natural de Ibicaré, Santa Catarina, a atleta se acostumou desde cedo a estar fora de casa.
Recebeu a oportunidade de jogar profissionalmente aos 14 anos, no Kindermann da cidade de Caçador, no interior catarinense. São cidades próximas e sempre que possível, visitava os pais. Com tantas viagens e jogando sempre longe de casa, passar os dia das mães ao lado da família era praticamente impossível.
Djeni conquistou o campeonato catarinense cinco vezes e foi campeã da Copa do Brasil de 2015. No mesmo ano recebeu a oportunidade de atuar no São Paulo, mas não ficou muito tempo, e foi atuar no São José dos Campos. Em 2016 foi para Iranduba jogar no clube que leva o nome da cidade, onde conquistou o 4º lugar no Brasileirão (2017) e o 3º lugar da Libertadores (2018), além de ser tricampeã amazonense.
Até porque no mês de maio o Brasileirão já está geralmente em disputa. Mas este ano será diferente. Por estar em quarentena, Djeni irá passar esta data especial ao lado da mãe dela, Ivanei Becker.
— Depois que eu saí do Kindermann, essa data era muito difícil passar em casa, estava sempre distante. E agora devido a esses acontecimentos eu vou ter a oportunidade de passar em casa novamente e poder estar com a minha mãe, é uma data muito especial pra nós — afirma a atleta.
A relação de Djeni e Ivanei supera as agruras da distância pelo sonho da colorada de jogar futebol. Mas sempre se manteve atada com o sentimento natural entre mãe e filha. E, neste momento de pandemia, a duas têm a oportunidade de celebrar a relação.
"Sou muito privilegiada pela família que eu tenho, pela mãe que eu tenho, que entende meu sonho, sabe como eu amo jogar futebol e o quanto eu amo meu trabalho, mesmo de longe a gente sempre vamos permanecer unidas" (Djeni)
Djeni já defendeu a Seleção Brasileira em diversas oportunidades, na sub-17 e sub-20 e conquistou o Sul-Americano em ambas categorias. Pela principal, ganhou a Copa CFA em 2017. Chegou ao Inter no início deste ano, atuou em todas as partidas do Brasileirão até a paralisação. Em Porto Alegre ela mora sozinha, mas mesmo de longe, mantém a conexão de mãe e filha.
Grêmio, Dia das Mães, Gre-Nal, Djeni, Carlinha, Quarentena, Imortal
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Carlinha priorizou a filha
Carla Tatiane da Silva Antônio, conhecida como Carlinha, é atacante do Grêmio. O início no futebol foi aos sete anos de idade e assim como muitas meninas, jogava com os guris da vizinhança e com os irmãos, quando a mãe deixava. Natural de Porto Alegre, Carlinha teve a primeira oportunidade no Grêmio logo na adolescência.
— Aos 14 surgiu a possibilidade de fazer um teste no Grêmio, eu passei e fiquei no grupo, de 1999 à 2001, quando acabou o time. Daí fiquei sem clube na época e em seguida fiquei grávida, em 2003 - comenta.
Nestes três anos, Carlinha foi convocada para a seleção brasileira, chegou a jogar alguns amistosos, mas nenhuma partida oficial. Depois que descobriu a gravidez, deixou o futebol em segundo plano e começou a trabalhar.
"Ficou difícil pra mim, jogar. Eu tive que começar a trabalhar para poder sustentar minha filha, a minha mãe não podia sustentar nós duas então tive que optar por trabalhar" (Carlinha, atacante do Grêmio).
Durante este período a jogadora chegou a recusar uma proposta de atuar no Palmeiras, só para não ficar longe da filha, que na época tinha entre dois e três anos. Carlinha atuou em times amadores e defendeu as cores do Canoas/Duda, onde venceu em 2016 o Campeonato Gaúcho. Em 2017, o Grêmio retomou o time feminino, e com ele, Carlinha voltou novamente. Atualmente é a única jogadora a ser tricampeã gaúcha pelo Grêmio (2000, 2001 e 2018).
— É uma experiência única, eu sempre quis ser mãe, mas não na idade que eu fui, e eu sempre quis ser jogadora. Conseguindo conciliar os dois como eu consigo hoje, eu me sinto muito feliz, sabe? Acho que o meu dever, o meu papel como mãe eu to conseguindo desempenhar bem. Eu não deixo faltar nada pra ela, eu poderia ficar no alojamento até acabar o ano mas eu sempre volto pra casa depois dos treinos por causa dela - afirma a jogadora.
Hoje com carteira assinada no Grêmio, Carlinha se dedica inteiramente ao futebol. Mas de 2007 a 2019 trabalhou como doméstica na casa de Miriam Mandelli, quem afirma ter sido de extrema importância para que ela "vivesse tudo isso" com o apoio durante os período.
Como não tinha a convicção de que o futebol feminino seria uma aposta a longo prazo do Tricolor, manteve a jornada dupla até ano passado. E havia sempre o pensamento de garantir uma renda para a filha. Atualmente, Diully, de 16 anos, é a torcedora número um da mãe e sempre que pode, acompanha as partidas do Grêmio.
Além de jogar, Carlinha voltou à estudar. Em 2019 o Grêmio e a Sogipa firmaram uma parceria, e no segundo semestre a atleta iniciou no curso de Educação Física. No futuro, planeja atuar como auxiliar técnica.
Djeni volta para perto da mãe
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Recebeu a oportunidade de jogar profissionalmente aos 14 anos, no Kindermann da cidade de Caçador, no interior catarinense. São cidades próximas e sempre que possível, visitava os pais. Com tantas viagens e jogando sempre longe de casa, passar os dia das mães ao lado da família era praticamente impossível.
Djeni conquistou o campeonato catarinense cinco vezes e foi campeã da Copa do Brasil de 2015. No mesmo ano recebeu a oportunidade de atuar no São Paulo, mas não ficou muito tempo, e foi atuar no São José dos Campos. Em 2016 foi para Iranduba jogar no clube que leva o nome da cidade, onde conquistou o 4º lugar no Brasileirão (2017) e o 3º lugar da Libertadores (2018), além de ser tricampeã amazonense.
Até porque no mês de maio o Brasileirão já está geralmente em disputa. Mas este ano será diferente. Por estar em quarentena, Djeni irá passar esta data especial ao lado da mãe dela, Ivanei Becker.
— Depois que eu saí do Kindermann, essa data era muito difícil passar em casa, estava sempre distante. E agora devido a esses acontecimentos eu vou ter a oportunidade de passar em casa novamente e poder estar com a minha mãe, é uma data muito especial pra nós — afirma a atleta.
A relação de Djeni e Ivanei supera as agruras da distância pelo sonho da colorada de jogar futebol. Mas sempre se manteve atada com o sentimento natural entre mãe e filha. E, neste momento de pandemia, a duas têm a oportunidade de celebrar a relação.
"Sou muito privilegiada pela família que eu tenho, pela mãe que eu tenho, que entende meu sonho, sabe como eu amo jogar futebol e o quanto eu amo meu trabalho, mesmo de longe a gente sempre vamos permanecer unidas" (Djeni)
Djeni já defendeu a Seleção Brasileira em diversas oportunidades, na sub-17 e sub-20 e conquistou o Sul-Americano em ambas categorias. Pela principal, ganhou a Copa CFA em 2017. Chegou ao Inter no início deste ano, atuou em todas as partidas do Brasileirão até a paralisação. Em Porto Alegre ela mora sozinha, mas mesmo de longe, mantém a conexão de mãe e filha.
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