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Foto: Infoesporte
Ao seu estilo folclórico, Renato Portaluppi tomou para si a responsabilidade de conduzir o Grêmio a dribles e dois gols para superar os alemães do Hamburgo para erguer o Mundial, em 1983. Mais reservado, mas também decisivo, Clemer cimentou uma barreira intransponível para parar o Barcelona de Ronaldinho e pintar o mundo de vermelho em 2006. Cada um em sua época, cada um ao seu jeito, cada um por suas cores.
Os hoje treinadores condensam os dois maiores títulos da história do futebol gaúcho à beira do gramado da Arena, neste domingo, a partir das 16h, quando o Grêmio de Renato e o Brasil de Clemer duelam no jogo de ida da grande final do Gauchão. Nos bancos de reservas, os dois técnicos se enfrentam não apenas para viver mais um momento decisivo, tão corriqueiro em suas vidas. Mas para reviver uma amizade antiga – atuaram juntos pelo Flamengo nos anos 90.
O ex-atacante e o ex-goleiro nutrem até hoje uma relação forjada um pouco antes da virada do milênio, quando Portaluppi ensaiava pendurar as chuteiras, e o camisa 1 dava os primeiros passos de uma carreira vitoriosa. Entre 1997 e 1998, os dois foram companheiros de vestiário no Flamengo.
– O Brasil fez merecidamente a melhor campanha. Tem um treinador que tenho admiração como pessoa, tive o prazer de jogar com ele no Flamengo. Torço muito pelo Clemer, menos nestes 180 minutos. Mas vem evoluindo bastante na profissão – afirma Renato.
– Eu acho que a obrigação (na final) é de ambas as partes. Eles têm um baita elenco e um baita treinador, meu amigo Renato. Mas aqui temos uma camisa pesada, uma torcida forte e vibrante, e temos satisfação a dar para essa torcida. Como não dizer que o Grêmio é o franco favorito? Claro, mas vamos brigar muito até o último jogo aqui – argumenta Clemer.
Os dois amigos dos tempos de Gávea, aliás, já se encontraram neste ano, com vitória gremista por 2 a 1 de virada, na Arena (veja no vídeo abaixo). Mas ambos se viram obrigados a deixar a amizade de lado para um primeiro duelo anos atrás, em situação bem menos decisiva, mas nem por isso menos emblemática. E cada um no lado em que viveu as maiores glórias da carreira de atleta.
Em 2013, Clemer assumiu o Inter em outubro, como solução paliativa até o final do ano, após a demissão de Dunga. Logo no quinto compromisso, o ex-goleiro teve de enfrentar Renato no reservado oposto, no Estádio Centenário, em Caxias do Sul. À beira do campo, viu sua equipe sair na frente, com Willians, ceder a virada com gol contra de Jackson e tento de Eduardo Vargas, e arrancar um empate com D'Alessandro, num Gre-Nal quente dentro e fora de campo. Após o 2 a 2, o argentino e Kleber trocaram provocações.
De lá para cá, ambos percorreram caminhos distintos e contrastantes na carreira, em especial pelas glórias conquistadas dentro de campo. Ao final de 2013, Renato deixou o Grêmio por um desacerto financeiro e teve uma rápida passagem pelo Fluminense em 2014. O técnico imergiu em um hiato sabático até retornar ao Tricolor gaúcho no segundo semestre de 2016. E em grande estilo, de acordo com o peso de sua idolatria.
Ou melhor. Para expandi-la. Após assumir o cargo antes ocupado por Roger Machado em setembro, Renato deu a guinada histórica para fazer o Grêmio soterrar um jejum de 15 anos sem título nacionais e adentrar em uma nova era dourada de conquistas. De sua chegada até a final deste domingo, transcorreram pouco mais de 18 meses cintilados por três taças: o penta da Copa do Brasil, o tri da Libertadores e o bi da Recopa Sul-Americana.
Renato ergue a taça da Libertadores em 2017 (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)
– Eu quero muito ser campeão gaúcho. É um título que só tenho como jogador. O Grêmio quando chega é para ganhar. Vamos continuar respeitando nosso adversário, mas queremos muito ser campeões. Viciei esse grupo para ganhar. O Grêmio passou por várias barreiras, dificuldades. O objetivo do Grêmio é ser campeão gaúcho, tanto para mim quanto para o torcedor, que há oito anos não grita – ressalta Renato.
Clemer, por sua vez, percorreu caminho mais tortuoso, com passagens corriqueiras – e outras, nem tanto – na vida de um técnico em início de carreira, disposto a firmar seu nome. Depois de comandar o Inter interinamente em 2013, o ex-goleiro voltou às categorias de base do clube, em que enfileirou taças, para comandar o sub-23. Sua história de 14 anos no Colorado chegou ao fim com uma passagem que faz pouco jus à trajetória de conquistas na meta. O treinador foi desligado em 2015 após uma briga com o preparador físico Flávio Soares, o Galo.
Clemer conduziu o Brasil-Pel à melhor campanha da primeira fase do Gauchão (Foto: Guilherme Araújo / TXT Sports)
O técnico assumiu o Glória de Vacaria para a disputa do Gauchão de 2016, mas acabou demitido antes mesmo de o clube encerrar a campanha do rebaixamento naquele ano. Depois, ainda rodou pelo Sergipe antes de ser o nome para substituir o então longevo Rogério Zimmermann no Brasil de Pelotas.
No Xavante, tenta estender a retomada do clube desde a tragédia com o ônibus da delegação, em 2009. A reconstrução envolve o retorno à elite nacional, títulos de Campeão do Interior e uma arrancada da Série D à Série B do Campeonato Brasileiro.
– Se fizer um balanço, chegamos no começo do ano com mudança de estilo de jogo, tempo curto, planejamento para se preparar dentro da competição... Mas o grupo entendeu. Eles que fazem acontecer. Entenderam a ideia. Mérito para todos por chegar à final – completa o treinador.
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Os hoje treinadores condensam os dois maiores títulos da história do futebol gaúcho à beira do gramado da Arena, neste domingo, a partir das 16h, quando o Grêmio de Renato e o Brasil de Clemer duelam no jogo de ida da grande final do Gauchão. Nos bancos de reservas, os dois técnicos se enfrentam não apenas para viver mais um momento decisivo, tão corriqueiro em suas vidas. Mas para reviver uma amizade antiga – atuaram juntos pelo Flamengo nos anos 90.
O ex-atacante e o ex-goleiro nutrem até hoje uma relação forjada um pouco antes da virada do milênio, quando Portaluppi ensaiava pendurar as chuteiras, e o camisa 1 dava os primeiros passos de uma carreira vitoriosa. Entre 1997 e 1998, os dois foram companheiros de vestiário no Flamengo.
– O Brasil fez merecidamente a melhor campanha. Tem um treinador que tenho admiração como pessoa, tive o prazer de jogar com ele no Flamengo. Torço muito pelo Clemer, menos nestes 180 minutos. Mas vem evoluindo bastante na profissão – afirma Renato.
– Eu acho que a obrigação (na final) é de ambas as partes. Eles têm um baita elenco e um baita treinador, meu amigo Renato. Mas aqui temos uma camisa pesada, uma torcida forte e vibrante, e temos satisfação a dar para essa torcida. Como não dizer que o Grêmio é o franco favorito? Claro, mas vamos brigar muito até o último jogo aqui – argumenta Clemer.
Os dois amigos dos tempos de Gávea, aliás, já se encontraram neste ano, com vitória gremista por 2 a 1 de virada, na Arena (veja no vídeo abaixo). Mas ambos se viram obrigados a deixar a amizade de lado para um primeiro duelo anos atrás, em situação bem menos decisiva, mas nem por isso menos emblemática. E cada um no lado em que viveu as maiores glórias da carreira de atleta.
Em 2013, Clemer assumiu o Inter em outubro, como solução paliativa até o final do ano, após a demissão de Dunga. Logo no quinto compromisso, o ex-goleiro teve de enfrentar Renato no reservado oposto, no Estádio Centenário, em Caxias do Sul. À beira do campo, viu sua equipe sair na frente, com Willians, ceder a virada com gol contra de Jackson e tento de Eduardo Vargas, e arrancar um empate com D'Alessandro, num Gre-Nal quente dentro e fora de campo. Após o 2 a 2, o argentino e Kleber trocaram provocações.
De lá para cá, ambos percorreram caminhos distintos e contrastantes na carreira, em especial pelas glórias conquistadas dentro de campo. Ao final de 2013, Renato deixou o Grêmio por um desacerto financeiro e teve uma rápida passagem pelo Fluminense em 2014. O técnico imergiu em um hiato sabático até retornar ao Tricolor gaúcho no segundo semestre de 2016. E em grande estilo, de acordo com o peso de sua idolatria.
Ou melhor. Para expandi-la. Após assumir o cargo antes ocupado por Roger Machado em setembro, Renato deu a guinada histórica para fazer o Grêmio soterrar um jejum de 15 anos sem título nacionais e adentrar em uma nova era dourada de conquistas. De sua chegada até a final deste domingo, transcorreram pouco mais de 18 meses cintilados por três taças: o penta da Copa do Brasil, o tri da Libertadores e o bi da Recopa Sul-Americana.
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– Eu quero muito ser campeão gaúcho. É um título que só tenho como jogador. O Grêmio quando chega é para ganhar. Vamos continuar respeitando nosso adversário, mas queremos muito ser campeões. Viciei esse grupo para ganhar. O Grêmio passou por várias barreiras, dificuldades. O objetivo do Grêmio é ser campeão gaúcho, tanto para mim quanto para o torcedor, que há oito anos não grita – ressalta Renato.
Clemer, por sua vez, percorreu caminho mais tortuoso, com passagens corriqueiras – e outras, nem tanto – na vida de um técnico em início de carreira, disposto a firmar seu nome. Depois de comandar o Inter interinamente em 2013, o ex-goleiro voltou às categorias de base do clube, em que enfileirou taças, para comandar o sub-23. Sua história de 14 anos no Colorado chegou ao fim com uma passagem que faz pouco jus à trajetória de conquistas na meta. O treinador foi desligado em 2015 após uma briga com o preparador físico Flávio Soares, o Galo.
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O técnico assumiu o Glória de Vacaria para a disputa do Gauchão de 2016, mas acabou demitido antes mesmo de o clube encerrar a campanha do rebaixamento naquele ano. Depois, ainda rodou pelo Sergipe antes de ser o nome para substituir o então longevo Rogério Zimmermann no Brasil de Pelotas.
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– Se fizer um balanço, chegamos no começo do ano com mudança de estilo de jogo, tempo curto, planejamento para se preparar dentro da competição... Mas o grupo entendeu. Eles que fazem acontecer. Entenderam a ideia. Mérito para todos por chegar à final – completa o treinador.
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