De volta ao Grêmio, Felipão garantiu à Gazeta Esportiva que não pensava em comandar a Seleção Brasileira (Acervo/Gazeta Press)
O técnico Luiz Felipe Scolari retornou ao Grêmio após disputar a segunda Copa do Mundo pela Seleção. Em 1996, no final da passagem anterior pelo time do coração, ele defendeu o futebol de resultados de Carlos Alberto Parreira, que havia conquistado o tetra em 1994, e jurou que treinar o Brasil não era uma de suas pretensões.
“Sinceramente, nunca pensei na Seleção. Acho que é algo inatingível por causa do meu estilo, porque lá você precisa ter um jogo de cintura muito grande. Na convocação, tem que ouvir A, B ou C. Tem a politicagem. Além de tudo, ainda sou do Rio Grande do Sul”, disse Scolari há 18 anos.
O jornal A Gazeta Esportiva publicou uma longa entrevista com Felipão na edição de 18 de novembro de 1996. Naquela temporada, ele encerrou um ciclo marcado por títulos relevantes no Grêmio, como a Copa do Brasil-1994, a Libertadores-1995 e o Brasileiro-1996, o que não foi suficiente para fazê-lo mirar o time nacional.
“Eu não trabalho visando Seleção Brasileira. Tomara que um dia aconteça, mas ela não é uma obsessão para mim”, afirmou Felipão. “Seleção do país é o sonho de qualquer um. É o máximo. Mas não faço disso uma obsessão”, reiterou o então treinador do Grêmio.
Na época, a Seleção Brasileira era comanda pelo técnico Mário Jorge Lobo Zagallo, que sucedera Carlos Alberto Parreira após o tetracampeonato mundial de 1994. Dois anos depois do feito da equipe capitaneada por Dunga nos Estados Unidos, Felipão defendeu aquele que seria o coordenador na Copa-2014.
“Em 1994, o Parreira conseguiu o objetivo. Não foi bonito? Realmente, não foi. Todo o mundo sabe disso, mas ele conseguiu ser campeão mundial. Ganhou, mesmo jogando feio e nos pênaltis. Em 1982, a Seleção Brasileira era sem dúvida a melhor do mundo, mas faltou algo fora de campo para que os jogadores conseguissem o resultado”, disse.
Na longa entrevista à Gazeta Esportiva, Felipão falou sobre sua carreira como jogador. Ele rejeitou a fama de violento e se disse um zagueiro viril. “De 10 bolas, eu perdia uma”, gabou-se. Curiosamente, manifestou preferência por defensores do mesmo estilo, diferentes dos técnicos Thiago Silva e David Luiz, companheiros na última Copa.
“Não gosto de zagueiro que enfeita. Esses zagueiros que gostam de sair da área driblando, dominam a bola dentro da pequena área e dão um balãozinho no adversário não me agradam. Se quiser driblar, vá jogar de ponta de lança. Lá, se você perder a bola, tem mais oito para correr atrás dela depois”, declarou.
O Grêmio armado por Luiz Felipe Scolari nos anos 1990, com jogadores como Jardel, Paulo Nunes, Danrlei e Arce, conquistou os mais importantes títulos do futebol sul-americano e perdeu a final do Mundial de Clubes para o holandês Ajax. Em novembro de 1996, o técnico já pensava em deixar o clube.
“Ganhei um monte de competições. Precisa haver mudanças para se conseguir chegar a novos objetivos. Diante de tudo isso, acho que é hora de eu sair. Penso que é melhor sair agora e voltar daqui a uns dois, três anos”, disse o treinador, sem saber que o retorno tardaria um pouco mais.
Felipão deixou Porto Alegre para comandar o Jubilo Iwata, mas sua passagem pelo clube japonês foi curta, já que em 1997 ele voltou ao Brasil e assumiu o Palmeiras, antigo rival do Grêmio, pelo qual repetiu os títulos da Copa do Brasil-1998 e da Copa Libertadores-1999, além do vice-mundial-1999, diante do Manchester United.
Do Palmeiras, Scolari seguiu para o Cruzeiro e em seguida comandou a Seleção Brasileira na conquista do pentacampeonato mundial na Copa de 2002. Até 2010, Felipão trabalhou no exterior, passando por seleção portuguesa, Chelsea e Bunyodkor.
Anunciado pelo Grêmio nesta terça-feira, o técnico vive um momento de intenso questionamento após a goleada por 7 a 1 aplicada pela Alemanha sobre o Brasil na semifinal da Copa do Mundo. Antes de reassumir a Seleção, o gaúcho ainda participou da campanha que rebaixou o Palmeiras no Campeonato Brasileiro-2012.
Dispensado pela CBF após o quarto lugar na última Copa do Mundo, Luiz Felipe Scolari resolveu tentar recuperar o moral em terreno conhecido. “Sou Grêmio desde pequeno e nunca escondi isso de ninguém”, disse o técnico à Gazeta Esportiva há 18 anos.
Os dois últimos retornos de Luiz Felipe Scolari a equipes em que fez sucesso foram malsucedidos – ele foi rebaixado no Palmeiras e humilhado pela Alemanha na Seleção, embora tenha conquistado a Copa do Brasil-2012 e a Copa das Confederações-2013. No Grêmio, aos 65 anos, o técnico tem uma chance de reconstruir a própria reputação.
Dezoito anos depois de defender o futebol de resultados de Parreira, Felipão trabalhou ao lado dele na Copa (Fernando Dantas/Gazeta Press)
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O técnico Luiz Felipe Scolari retornou ao Grêmio após disputar a segunda Copa do Mundo pela Seleção. Em 1996, no final da passagem anterior pelo time do coração, ele defendeu o futebol de resultados de Carlos Alberto Parreira, que havia conquistado o tetra em 1994, e jurou que treinar o Brasil não era uma de suas pretensões.
“Sinceramente, nunca pensei na Seleção. Acho que é algo inatingível por causa do meu estilo, porque lá você precisa ter um jogo de cintura muito grande. Na convocação, tem que ouvir A, B ou C. Tem a politicagem. Além de tudo, ainda sou do Rio Grande do Sul”, disse Scolari há 18 anos.
O jornal A Gazeta Esportiva publicou uma longa entrevista com Felipão na edição de 18 de novembro de 1996. Naquela temporada, ele encerrou um ciclo marcado por títulos relevantes no Grêmio, como a Copa do Brasil-1994, a Libertadores-1995 e o Brasileiro-1996, o que não foi suficiente para fazê-lo mirar o time nacional.
“Eu não trabalho visando Seleção Brasileira. Tomara que um dia aconteça, mas ela não é uma obsessão para mim”, afirmou Felipão. “Seleção do país é o sonho de qualquer um. É o máximo. Mas não faço disso uma obsessão”, reiterou o então treinador do Grêmio.
Na época, a Seleção Brasileira era comanda pelo técnico Mário Jorge Lobo Zagallo, que sucedera Carlos Alberto Parreira após o tetracampeonato mundial de 1994. Dois anos depois do feito da equipe capitaneada por Dunga nos Estados Unidos, Felipão defendeu aquele que seria o coordenador na Copa-2014.
“Em 1994, o Parreira conseguiu o objetivo. Não foi bonito? Realmente, não foi. Todo o mundo sabe disso, mas ele conseguiu ser campeão mundial. Ganhou, mesmo jogando feio e nos pênaltis. Em 1982, a Seleção Brasileira era sem dúvida a melhor do mundo, mas faltou algo fora de campo para que os jogadores conseguissem o resultado”, disse.
Na longa entrevista à Gazeta Esportiva, Felipão falou sobre sua carreira como jogador. Ele rejeitou a fama de violento e se disse um zagueiro viril. “De 10 bolas, eu perdia uma”, gabou-se. Curiosamente, manifestou preferência por defensores do mesmo estilo, diferentes dos técnicos Thiago Silva e David Luiz, companheiros na última Copa.
“Não gosto de zagueiro que enfeita. Esses zagueiros que gostam de sair da área driblando, dominam a bola dentro da pequena área e dão um balãozinho no adversário não me agradam. Se quiser driblar, vá jogar de ponta de lança. Lá, se você perder a bola, tem mais oito para correr atrás dela depois”, declarou.
O Grêmio armado por Luiz Felipe Scolari nos anos 1990, com jogadores como Jardel, Paulo Nunes, Danrlei e Arce, conquistou os mais importantes títulos do futebol sul-americano e perdeu a final do Mundial de Clubes para o holandês Ajax. Em novembro de 1996, o técnico já pensava em deixar o clube.
“Ganhei um monte de competições. Precisa haver mudanças para se conseguir chegar a novos objetivos. Diante de tudo isso, acho que é hora de eu sair. Penso que é melhor sair agora e voltar daqui a uns dois, três anos”, disse o treinador, sem saber que o retorno tardaria um pouco mais.
Felipão deixou Porto Alegre para comandar o Jubilo Iwata, mas sua passagem pelo clube japonês foi curta, já que em 1997 ele voltou ao Brasil e assumiu o Palmeiras, antigo rival do Grêmio, pelo qual repetiu os títulos da Copa do Brasil-1998 e da Copa Libertadores-1999, além do vice-mundial-1999, diante do Manchester United.
Do Palmeiras, Scolari seguiu para o Cruzeiro e em seguida comandou a Seleção Brasileira na conquista do pentacampeonato mundial na Copa de 2002. Até 2010, Felipão trabalhou no exterior, passando por seleção portuguesa, Chelsea e Bunyodkor.
Anunciado pelo Grêmio nesta terça-feira, o técnico vive um momento de intenso questionamento após a goleada por 7 a 1 aplicada pela Alemanha sobre o Brasil na semifinal da Copa do Mundo. Antes de reassumir a Seleção, o gaúcho ainda participou da campanha que rebaixou o Palmeiras no Campeonato Brasileiro-2012.
Dispensado pela CBF após o quarto lugar na última Copa do Mundo, Luiz Felipe Scolari resolveu tentar recuperar o moral em terreno conhecido. “Sou Grêmio desde pequeno e nunca escondi isso de ninguém”, disse o técnico à Gazeta Esportiva há 18 anos.
Os dois últimos retornos de Luiz Felipe Scolari a equipes em que fez sucesso foram malsucedidos – ele foi rebaixado no Palmeiras e humilhado pela Alemanha na Seleção, embora tenha conquistado a Copa do Brasil-2012 e a Copa das Confederações-2013. No Grêmio, aos 65 anos, o técnico tem uma chance de reconstruir a própria reputação.
Dezoito anos depois de defender o futebol de resultados de Parreira, Felipão trabalhou ao lado dele na Copa (Fernando Dantas/Gazeta Press)
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