
Doriva comandou a Ponte em 13 jogos do Brasileiro (Foto: Carlos Velardi/ EPTV)
A dança das cadeiras no futebol brasileiro é assunto antigo. E que não sai de moda. Mas também há casos de mudanças forçadas, provocadas pela saída do próprio treinador. Como aconteceu nesta quarta-feira. Doriva, que comandava a Ponte Preta desde a 17ª rodada do Brasileirão, recebeu o convite do São Paulo para a sequência da temporada e rumou para o Tricolor paulista. O clube do Morumbi vivia uma certa crise de relação interna com o técnico Juan Carlos Osorio. O colombiano se desligou no início desta semana. Assim sendo, Doriva foi procurado e acertou a sua transferência.
Doriva já tem identificação com o São Paulo. Pelo clube, ainda como jogador, foi campeão mundial em 1993, quando o Tricolor paulista derrotou o Milan por 3 a 2, no Japão. Agora, em ascensão na carreira de treinador, ele ganha uma oportunidade ímpar. Além da grandeza são-paulina, que já fala por si só, o treinador deixa o nono colocado da Série A para comandar um time que está na quinta posição, brigando por G 4, e segue em busca do título da Copa do Brasil, já que fará uma das semifinais contra o Santos.
Outros dois casos semelhantes de mudança de ares aconteceram no Campeonato Brasileiro deste ano. Argel Fucks treinou o Figueirense até a 18ª rodada e seguiu em um estalo de dedos para o Internacional, também em um caso de alguém que passou pelo clube como atleta. Na época, a troca foi da 15ª para a 11ª colocação. E o tempo mostrou que a decisão valeu a pena. O Figueira agora figura na zona de rebaixamento, no 18º lugar. E o Inter, sob a batuta de Argel, é oitavo colocado, com boa chance de beliscar um lugar na Libertadores.

Argel fez passagem de sucesso do Figueirense para o Inter (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)
Mais recentemente, Eduardo Baptista decidiu descer um degrau na classificação para alçar voos maiores na curta e promissora carreira de treinador. Deixou o então décimo colocado Sport na 26ª rodada para assumir o Fluminense, time que estava na 11ª posição e com certa crise interna e ameaça de torcedores em chegadas de aeroportos. Ainda assim, a troca se justifica. Afinal, o Tricolor costuma brigar por títulos expressivos com mais frequência (recentemente ganhou o Brasileiro duas vezes) e está na semifinal da Copa do Brasil, onde vai enfrentar o Palmeiras.
Outros casos recentes de técnicos que aceitaram convites mesmo estando em um bom emprego:

Em 2014, Ney Franco deixou o Vitória após a quarta rodada do Brasileiro para aceitar um convite do Flamengo. Mas a mudança não deu muito certo para o treinador, que pouco durou no novo clube. Foram sete jogos pela Série A nessa passagem pelo Rubro-Negro, com três empates e quatro derrotas. A trajetória teve início numa derrota por 2 a 0 para o São Paulo, no Maracanã. E se encerrou após a goleada de 4 a 0 do Internacional, em Porto Alegre. Num toque de ironia, Ney Franco voltou ao Vitória 40 dias depois de deixar o Rubro-Negro carioca e caiu para a Série B com um clube baiano.

Um ano antes, Paulo Autuori tinha cargo estável no Vasco, mas decidiu rumar para o São Paulo já que o Cruz-Maltino não vivia momento de saúde financeira, independentemente da grandeza dos clubes. A mudança causou ira na torcida vascaína, que torcer contra o antigo treinador no novo desafio. E realmente Autuori não durou muito no Tricolor paulista. Ficou lá por 12 jogos do Brasileirão e obteve duas vitórias, quatro empates e seis derrotas. Foi demitido após a 19ª rodada, deixando o São Paulo na zona de rebaixamento, na 18ª posição. No fim das contas, os paulistas se salvaram. O Vasco caiu para a Série B.

Apesar de mudar de patamar em relação a tamanho de clube, Gilson Kleina deixou a Ponte Preta para assumir o Palmeiras em um desafio mais do que arriscado. A Macaca estava no 11º lugar. O Palmeiras, por sua vez, amargava a penúltima colocação. Kleina teve 13 jogos para tentar salvar o time no Brasileirão, mas não logrou êxito. Teve retrospecto de quatro triunfos, dois empates e sete derrotas e só conseguiu avançar uma casa na tabela de classificação. Ou seja, o Verdão foi rebaixado naquele ano.

Em alta no Bahia desde setembro de 2011, Joel Santana decidiu por deixar o clube baiano seis meses depois quando foi contactado pelo Flamengo, clube com peso e visibilidade bem maiores. Ao contrário de outras temporadas, a passagem pela Gávea desta vez foi decepcionante. O treinador não conseguiu fazer o Rubro-Negro avançar às oitavas de final da Taça Libertadores e ficou fora das finais dos dois turnos do estadual. Com isso, o Fla ficou mais de um mês sem atuar até que o Brasileirão iniciasse. Foi demitido após 11 rodadas do campeonato nacional, com o Flamengo na décima colocação. Voltou ao Bahia nove meses depois em passagem que durou pouco mais de 30 dias.

Na parada para a Copa do Mundo de 2010, o Campeonato Brasileiro e a Taça Libertadores foram paralisados. Celso Roth comandava o Vasco na ocasião e figurava na crítica 19ª colocação após sete rodadas da competição nacional. Mesmo assim, a sua demissão não era ventilada. Mesmo assim Roth saiu da Colina. Tudo porque o Internacional, classificado para a semifinal continental, fez um convite logo que demitiu o uruguaio Jorge Fossati. Seduzido pela possibilidade de uma conquista grandiosa, o treinador vestiu Colorado e teve sucesso em seus planos iniciais. Despachou o São Paulo na semifinal e superou o Chivas-MEX na decisão. O maior título da carreira do treinador, que nem Brasileiro e Copa do Brasil tem no currículo. No fim do ano, o Internacional foi surpreendido pelo Mazembe, do Congo, e caiu na semifinal do Mundial. Este vencido pela Internazionale-ITA.
VEJA TAMBÉM
- O Grêmio humilhou todos os pais gremistas no Dia dos Pais + Mano não dá mais, venham Vojvoda e contratações
- Michel abre o jogo sobre depressão e superação após lesões no Vasco e Grêmio
- Grêmio aposta tudo em novas peças! Balbuena e Cuéllar entram em campo contra o Sport!
A dança das cadeiras no futebol brasileiro é assunto antigo. E que não sai de moda. Mas também há casos de mudanças forçadas, provocadas pela saída do próprio treinador. Como aconteceu nesta quarta-feira. Doriva, que comandava a Ponte Preta desde a 17ª rodada do Brasileirão, recebeu o convite do São Paulo para a sequência da temporada e rumou para o Tricolor paulista. O clube do Morumbi vivia uma certa crise de relação interna com o técnico Juan Carlos Osorio. O colombiano se desligou no início desta semana. Assim sendo, Doriva foi procurado e acertou a sua transferência.
Doriva já tem identificação com o São Paulo. Pelo clube, ainda como jogador, foi campeão mundial em 1993, quando o Tricolor paulista derrotou o Milan por 3 a 2, no Japão. Agora, em ascensão na carreira de treinador, ele ganha uma oportunidade ímpar. Além da grandeza são-paulina, que já fala por si só, o treinador deixa o nono colocado da Série A para comandar um time que está na quinta posição, brigando por G 4, e segue em busca do título da Copa do Brasil, já que fará uma das semifinais contra o Santos.
Outros dois casos semelhantes de mudança de ares aconteceram no Campeonato Brasileiro deste ano. Argel Fucks treinou o Figueirense até a 18ª rodada e seguiu em um estalo de dedos para o Internacional, também em um caso de alguém que passou pelo clube como atleta. Na época, a troca foi da 15ª para a 11ª colocação. E o tempo mostrou que a decisão valeu a pena. O Figueira agora figura na zona de rebaixamento, no 18º lugar. E o Inter, sob a batuta de Argel, é oitavo colocado, com boa chance de beliscar um lugar na Libertadores.

Argel fez passagem de sucesso do Figueirense para o Inter (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)
Mais recentemente, Eduardo Baptista decidiu descer um degrau na classificação para alçar voos maiores na curta e promissora carreira de treinador. Deixou o então décimo colocado Sport na 26ª rodada para assumir o Fluminense, time que estava na 11ª posição e com certa crise interna e ameaça de torcedores em chegadas de aeroportos. Ainda assim, a troca se justifica. Afinal, o Tricolor costuma brigar por títulos expressivos com mais frequência (recentemente ganhou o Brasileiro duas vezes) e está na semifinal da Copa do Brasil, onde vai enfrentar o Palmeiras.
Outros casos recentes de técnicos que aceitaram convites mesmo estando em um bom emprego:

Em 2014, Ney Franco deixou o Vitória após a quarta rodada do Brasileiro para aceitar um convite do Flamengo. Mas a mudança não deu muito certo para o treinador, que pouco durou no novo clube. Foram sete jogos pela Série A nessa passagem pelo Rubro-Negro, com três empates e quatro derrotas. A trajetória teve início numa derrota por 2 a 0 para o São Paulo, no Maracanã. E se encerrou após a goleada de 4 a 0 do Internacional, em Porto Alegre. Num toque de ironia, Ney Franco voltou ao Vitória 40 dias depois de deixar o Rubro-Negro carioca e caiu para a Série B com um clube baiano.

Um ano antes, Paulo Autuori tinha cargo estável no Vasco, mas decidiu rumar para o São Paulo já que o Cruz-Maltino não vivia momento de saúde financeira, independentemente da grandeza dos clubes. A mudança causou ira na torcida vascaína, que torcer contra o antigo treinador no novo desafio. E realmente Autuori não durou muito no Tricolor paulista. Ficou lá por 12 jogos do Brasileirão e obteve duas vitórias, quatro empates e seis derrotas. Foi demitido após a 19ª rodada, deixando o São Paulo na zona de rebaixamento, na 18ª posição. No fim das contas, os paulistas se salvaram. O Vasco caiu para a Série B.

Apesar de mudar de patamar em relação a tamanho de clube, Gilson Kleina deixou a Ponte Preta para assumir o Palmeiras em um desafio mais do que arriscado. A Macaca estava no 11º lugar. O Palmeiras, por sua vez, amargava a penúltima colocação. Kleina teve 13 jogos para tentar salvar o time no Brasileirão, mas não logrou êxito. Teve retrospecto de quatro triunfos, dois empates e sete derrotas e só conseguiu avançar uma casa na tabela de classificação. Ou seja, o Verdão foi rebaixado naquele ano.

Em alta no Bahia desde setembro de 2011, Joel Santana decidiu por deixar o clube baiano seis meses depois quando foi contactado pelo Flamengo, clube com peso e visibilidade bem maiores. Ao contrário de outras temporadas, a passagem pela Gávea desta vez foi decepcionante. O treinador não conseguiu fazer o Rubro-Negro avançar às oitavas de final da Taça Libertadores e ficou fora das finais dos dois turnos do estadual. Com isso, o Fla ficou mais de um mês sem atuar até que o Brasileirão iniciasse. Foi demitido após 11 rodadas do campeonato nacional, com o Flamengo na décima colocação. Voltou ao Bahia nove meses depois em passagem que durou pouco mais de 30 dias.

Na parada para a Copa do Mundo de 2010, o Campeonato Brasileiro e a Taça Libertadores foram paralisados. Celso Roth comandava o Vasco na ocasião e figurava na crítica 19ª colocação após sete rodadas da competição nacional. Mesmo assim, a sua demissão não era ventilada. Mesmo assim Roth saiu da Colina. Tudo porque o Internacional, classificado para a semifinal continental, fez um convite logo que demitiu o uruguaio Jorge Fossati. Seduzido pela possibilidade de uma conquista grandiosa, o treinador vestiu Colorado e teve sucesso em seus planos iniciais. Despachou o São Paulo na semifinal e superou o Chivas-MEX na decisão. O maior título da carreira do treinador, que nem Brasileiro e Copa do Brasil tem no currículo. No fim do ano, o Internacional foi surpreendido pelo Mazembe, do Congo, e caiu na semifinal do Mundial. Este vencido pela Internazionale-ITA.
VEJA TAMBÉM
- O Grêmio humilhou todos os pais gremistas no Dia dos Pais + Mano não dá mais, venham Vojvoda e contratações
- Michel abre o jogo sobre depressão e superação após lesões no Vasco e Grêmio
- Grêmio aposta tudo em novas peças! Balbuena e Cuéllar entram em campo contra o Sport!
Comentários
Enviar Comentário
Aplicativo Gremio Avalanche
Leia também
Grêmio amplia oferta por Róger Guedes; confira os valores atualizados
Grêmio firma contrato com meia até 2027, revela jornalista
Início da Disputa do Gauchão Feminino pelas Mosqueteiras Sub-17 previsto para Outubro
Grêmio estabelece prazo final para resposta de Róger Guedes
Grêmio mira lateral-direito jovem com Marcos Rocha, do Palmeiras, como alternativa.
Grohe e Riquelme: passado e futuro do Grêmio
Mano Menezes fecha acordo para desfalque importante contra Atlético-MG
Grêmio estabelece prazo para resposta do Al Rayyan sobre Róger Guedes
Decisão da Diretoria do Grêmio sobre Futuro de Mano Menezes no Clube
Grêmio encaminha negociação de Cristaldo, revela jornalista esportivo.
Grêmio surpreende e vira o jogo contra o Corinthians no Brasileiro Sub-17.
Grêmio fortalece vínculo com Mano em encontro com comissão técnica.
Grêmio se prepara para enfrentar Atlético Mineiro em Belo Horizonte.
Grêmio rescinde contrato com meia Nathan e encaminha saída de Carballo.
Grêmio atrasa pagamentos ao jogador Douglas Costa
Bastidores da Reunião com Mano: Mudanças e Saídas Encaminhadas no Time.
Grêmio encaminha duas saídas importantes no elenco em negociações ativas
Motivos da Confiança do Grêmio em Mano para Construir Reação
Grêmio divulga novidades sobre meia Nathan
Grêmio planeja estratégia para sequência da temporada com reuniões de alinhamento.
Mosqueteiras prontas para desafiar Juventude no Gauchão Feminino.
Presidente do Grêmio Agenda Reunião com Mano Para Confirmar como Treinador.
Róger Guedes Próximo de Transferência para Europa de Acordo com Direção.
Braithwaite Pode Ser Punido Por Forçar Cartão Em Partida, Assim Como Ronaldinho
Alternativas no Setor Ofensivo do Grêmio: Possíveis Substitutos para Braithwaite
Grêmio realiza reuniões estratégicas para planejamento da temporada futura
Braithwaite critica sintético e força cartão para evitar campo artificial.
Braithwaite força cartão amarelo para evitar gramado sintético em jogo importante.
Grêmio flerta perigosamente com zona de rebaixamento no Brasileirão.
Grêmio espera tranquilamente a proximidade da zona de rebaixamento.