Em 2015, não há motivos para o Grêmio comemorar


Fonte: ESPN

Em 2015, não há motivos para o Grêmio comemorar
Torcida do Grêmio apoiou: uma torcida que merece muito e não é recompensada

O boçal desentendido gritará ao ver o título: “Mas estamos em terceiro no Brasileirão, como que não há o que comemorar?!”. Calma, caro estúpido, eu explico. Não sou torcedor de comemorar vaga. Se tu és, lamento.

Critiquei, recritiquei e recontracritiquei a montagem do elenco do Grêmio para essa temporada. Penamos na mão de Felipão e alcunhei meu próprio time de “o pior do Brasil”. Em partes, eu tinha razão. Formamos um time de forma porca e desleixada. Hoje, só posso agradecer ao Cristóvão Borges e ao Doriva por terem negado o Grêmio. Obrigado, seus “nãos” salvaram nosso ano.

Salvaram porque Roger, o desgrenhado treinador do Novo Hamburgo, contratado após os sustos das negativas, não arrumou o time, arrumou o ano. Transformou um Grêmio medíocre num Grêmio competitivo e valente, numa equipe de qualidade.

Mas qualidade tem limites. Nenhum desleixo sobrevive ao tempo. Roger é excelente, mas não é mágico. Penamos com peças ruins no elenco e por falta de boas. Para exemplificar, Braian Rodriguez, que graças ao louvor dos bons deuses da bola, sequer pega banco, ainda ganha 150 mil reais por mês no ano dito “de austeridade”.

Outro exemplo direto, Rhodolfo, no seu auge do dinheirismo, quando saiu pela porta de trás, dando rasteira em qualquer um que viesse pela frente, saiu para viver um sonho perneta na Europa e nos deixou solitários. Geromel e Erazo resolveram o problema, mas o problema real não era esse.

Para substituir a ausência de Rhodolfo, Bressan foi chamado do Flamengo para compor elenco. Quando Geromel lesionou e Bressan, o zagueiro cueca, que sequer podia entrar em campo por ter atuado na Copa do Brasil, ficou de fora, o Grêmio dependeu do seu 4ª reserva. Rafael Thyere, zagueiro promissor, mas ainda apenas promissor.

Quem quer ser campeão não fica à mercê dos últimos recursos possíveis. Grêmio nunca brigou por título algum, só na teoria, quando a teoria permite que a razão seja sobreposta pela emoção. Ano que vem, mantendo a base desta equipe e contratando com qualidade e inteligência, pode ser que o título - e a comemoração - venha.

Hoje, eliminado pelo Fluminense em casa, mas terceiro colocado no Brasileirão, não tenho o que comemorar. Que me perdoem os mais incisivos, os mais corretos. Agradeço ao Roger pelo ano incomum, muito além daquilo que estávamos fadados a passar, mas eu não comemoro vagas. Vagas não são títulos, são meras portas abertas para novas decepções.

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