Depois do Copa, a média é de 28 mil torcedores por jogo no Mineirão, a segunda maior do Brasil, atrás apenas do Itaquerão
Um ano depois do fim da Copa no Brasil, 11 dos 12 estádios utilizados no Mundial não têm recebido público suficiente nem para encher metade das suas arquibancadas. Somente o Itaquerão alcançou no período taxa média de ocupação superior a 50%.
Levantamento feito pelo jornal "O Estado de S. Paulo" mostra que em 36 jogos realizados após a Copa do Mundo, o estádio do Corinthians recebeu em média 31 mil torcedores por partida, o equivalente a 65% da capacidade da arena, de 48 mil torcedores.
Em número de jogos oficiais, os maiores fracassos são o Mané Garrincha e a Arena da Amazônia. Desde o fim do Mundial, o estádio de Brasília recebeu apenas dez partidas. A arena de Manaus teve sete jogos.
O Mané Garrincha está sendo usado pelo governo do Distrito Federal para amenizar a crise financeira. Quatrocentos servidores de três secretarias estão trabalhando nas salas do estádio. A mudança representará uma economia de R$ 15 milhões que seriam gastos com aluguéis até o fim do ano. O custo fixo por mês para manter a arena é de R$ 600 mil.
Na Arena da Amazônia também faltam clubes com cacife para utilizar o estádio. Das 96 partidas do último Campeonato Amazonense, apenas dois jogos foram disputados no local. Por causa das altas taxas cobradas, os clubes do Estado preferem mandar seus jogos em estádios que serviram como centro de treinamento na Copa. E as duas partidas que foram disputadas na arena contaram com incentivo do governo estadual, que bancou parte dos custos.
Já em relação à ocupação média, Arena Pantanal, em Cuiabá, e Arena das Dunas, em Natal, têm os piores índices, inferiores a 8 mil torcedores. No último sábado, por exemplo, o jogo entre Cuiabá e Salgueiro, pela Série C do Campeonato Brasileiro, reuniu 391 torcedores na Arena Pantanal.
Na Arena das Dunas os maiores públicos estão relacionados a eventos não futebolísticos, como micaretas, circos, feiras e encontros corporativos. Só o Carnatal, carnaval fora de época realizado em dezembro, reuniu 100 mil pessoas em quatro dias de evento.
A Fonte Nova, em Salvador, também sofre para encher suas arquibancadas. O estádio teve a sua capacidade reduzida de 50 mil para 48 mil torcedores graças a reformas feitas depois da Copa Mundo - entre elas a retirada de arquibancadas provisórias.
Mesmo assim, a concessionária que administra o local coloca no máximo 39 mil ingressos à venda porque 2,5 mil assentos são destinados a patrocinadores e outros 6,5 mil lugares são referentes a bloqueios exigidos pela Polícia Militar, camarotes e área reservada à imprensa. E com todas essas adaptações a média de público é de 13,9 mil torcedores por jogo.
“Parece que o público foi reduzido, mas a verdade é que ele não tem crescido na expectativa que a gente tinha. A média desde 2011 está nesta mesma faixa. O problema maior é que o público é condicionado pelo desempenho dos clubes e pela conjuntura econômica do País”, disse à reportagem o novo presidente do consórcio responsável por administrar a Fonte Nova, Sinval Andrade.
Em abril, o consórcio assinou um novo contrato com o Bahia, no qual o clube terá participação em receitas diretamente relacionadas aos jogos. Ou seja, quanto mais o torcedor for ao estádio e consumir, mais o Bahia vai arrecadar.
“Isso é uma evolução no modelo de relação da arena com os clubes. A torcida vai sentir que a arena é a casa do clube, que passará a ser um parceiro comercial nosso”, explica Sinval.
A Minas Arena, que faz a gestão do Mineirão, também alega que, apesar de o estádio não estar sempre cheio, o público não é ruim. Depois do Copa, a média é de 28 mil torcedores por jogo, a segunda maior do Brasil, atrás apenas do Itaquerão.
Dados levantados pela Minas Arena mostram que é o melhor índice do estádio desde o início da vigência do Estatuto do Torcedor, em 2003, quando a divulgação de renda e pública de todas as partidas passou a ser obrigatória. Naquele ano, o Cruzeiro conquistou a Tríplice Coroa (Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro) e a média de público do Mineirão foi de 21,5 mil torcedores.
O Atlético reclama dos altos custos de aluguel do estádio e prefere mandar as suas partidas no Independência. O clube leva apenas jogos pontuais para o Mineirão.
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Levantamento feito pelo jornal "O Estado de S. Paulo" mostra que em 36 jogos realizados após a Copa do Mundo, o estádio do Corinthians recebeu em média 31 mil torcedores por partida, o equivalente a 65% da capacidade da arena, de 48 mil torcedores.
Em número de jogos oficiais, os maiores fracassos são o Mané Garrincha e a Arena da Amazônia. Desde o fim do Mundial, o estádio de Brasília recebeu apenas dez partidas. A arena de Manaus teve sete jogos.
O Mané Garrincha está sendo usado pelo governo do Distrito Federal para amenizar a crise financeira. Quatrocentos servidores de três secretarias estão trabalhando nas salas do estádio. A mudança representará uma economia de R$ 15 milhões que seriam gastos com aluguéis até o fim do ano. O custo fixo por mês para manter a arena é de R$ 600 mil.
Na Arena da Amazônia também faltam clubes com cacife para utilizar o estádio. Das 96 partidas do último Campeonato Amazonense, apenas dois jogos foram disputados no local. Por causa das altas taxas cobradas, os clubes do Estado preferem mandar seus jogos em estádios que serviram como centro de treinamento na Copa. E as duas partidas que foram disputadas na arena contaram com incentivo do governo estadual, que bancou parte dos custos.
Já em relação à ocupação média, Arena Pantanal, em Cuiabá, e Arena das Dunas, em Natal, têm os piores índices, inferiores a 8 mil torcedores. No último sábado, por exemplo, o jogo entre Cuiabá e Salgueiro, pela Série C do Campeonato Brasileiro, reuniu 391 torcedores na Arena Pantanal.
Na Arena das Dunas os maiores públicos estão relacionados a eventos não futebolísticos, como micaretas, circos, feiras e encontros corporativos. Só o Carnatal, carnaval fora de época realizado em dezembro, reuniu 100 mil pessoas em quatro dias de evento.
A Fonte Nova, em Salvador, também sofre para encher suas arquibancadas. O estádio teve a sua capacidade reduzida de 50 mil para 48 mil torcedores graças a reformas feitas depois da Copa Mundo - entre elas a retirada de arquibancadas provisórias.
Mesmo assim, a concessionária que administra o local coloca no máximo 39 mil ingressos à venda porque 2,5 mil assentos são destinados a patrocinadores e outros 6,5 mil lugares são referentes a bloqueios exigidos pela Polícia Militar, camarotes e área reservada à imprensa. E com todas essas adaptações a média de público é de 13,9 mil torcedores por jogo.
“Parece que o público foi reduzido, mas a verdade é que ele não tem crescido na expectativa que a gente tinha. A média desde 2011 está nesta mesma faixa. O problema maior é que o público é condicionado pelo desempenho dos clubes e pela conjuntura econômica do País”, disse à reportagem o novo presidente do consórcio responsável por administrar a Fonte Nova, Sinval Andrade.
Em abril, o consórcio assinou um novo contrato com o Bahia, no qual o clube terá participação em receitas diretamente relacionadas aos jogos. Ou seja, quanto mais o torcedor for ao estádio e consumir, mais o Bahia vai arrecadar.
“Isso é uma evolução no modelo de relação da arena com os clubes. A torcida vai sentir que a arena é a casa do clube, que passará a ser um parceiro comercial nosso”, explica Sinval.
A Minas Arena, que faz a gestão do Mineirão, também alega que, apesar de o estádio não estar sempre cheio, o público não é ruim. Depois do Copa, a média é de 28 mil torcedores por jogo, a segunda maior do Brasil, atrás apenas do Itaquerão.
Dados levantados pela Minas Arena mostram que é o melhor índice do estádio desde o início da vigência do Estatuto do Torcedor, em 2003, quando a divulgação de renda e pública de todas as partidas passou a ser obrigatória. Naquele ano, o Cruzeiro conquistou a Tríplice Coroa (Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro) e a média de público do Mineirão foi de 21,5 mil torcedores.
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