
Foto: Isadora Neumann
Grêmio e Santos iniciam a disputa da vaga na semifinal da Libertadores após uma temporada bem distinta no enfrentamento da pandemia do coronavírus. A agremiação santista teve queda de presidente, bloqueio de contratações por dívida e crise de imagem. Enquanto isso, o clube gaúcho conseguiu receitas acima do projetado, tem estabilidade na gestão e em campo.
Como resultado, o Grêmio acumula cerca de R$ 100 milhões a mais em receitas em relação ao Santos e se reforçou durante a temporada. Enquanto isso, o time paulista convive com a crise da possível ausência de seu principal zagueiro, Veríssimo, que pode ser vendido para fechar as contas, o que seria mais uma perda para o elenco.
Para entender como se chegou a esse quadro, é preciso descrever como cada clube enfrentou a pandemia do coronavírus. Ambos os clubes cortaram despesas com salários, como a maioria das agremiações do futebol brasileiro.
A diferença foi no campo das receitas. Até setembro de 2020, o Grêmio acumulava R$ 273,7 milhões em arrecadação, acima da expectativa do orçamento. Sim, houve peso significativo da venda de Everton ao Benfica. Mas o clube foi capaz, por exemplo, de manter a receita de quadro social em R$ 70 milhões, levemente acima da meta. Foram oferecidas vantagens futuras ao associado, como explicou o CEO do Grêmio, Carlos Amodeo.
Esse quadro positivo se verifica ainda sem incluir boa parte das receitas extras por classificações na própria Libertadores e Copa do Brasil. Ou seja, o clube já tinha um superávit no período e isso vai se repetir no final do ano, segundo a diretoria gremista.
Já o Santos acumulou R$ 175,5 milhões em receitas. O clube esteve abaixo do esperado em arrecadação em boa parte dos itens. Há exceções para patrocínio e vendas de jogadores que geraram rendas levemente acima do previsto em orçamento.
Ainda assim, a gestão provisória do clube quase colocou tudo por água abaixo ao contratar Robinho, acusado de estupro, e ameaçar um dos poucos setores que ia bem no clube. A saída dos patrocinadores o teria gerado uma debandada de patrocinadores que lhe rendem R$ 20 milhões por ano. A negociação de jogadores proporcionou R$ 76 milhões ao Santos, mas só um terço desse valor aproximadamente ficou no clube porque o restante dos direitos pertencia a terceiros.
Com esse quadro, o Santos acumulava um déficit de R$ 59 milhões até setembro de 2020, ainda na gestão do ex-presidente José Carlos Peres. Ele foi excluído pelo Conselho Deliberativo e assumiu seu vice Orlando Rollo, que teve de se virar para tentar reverter um veto de contratações na Fifa por conta de dívidas. Para impedir o déficit no final do ano, a atual gestão terá de fazer uma venda de um jogador significativa já que não há receitas de premiação do Brasileiro em 2020. Verissimo deve cumprir esse papel.
Por isso, sob o ponto de vista financeiro, a classificação à semifinal da Libertadores é bem mais essencial para o Santos do que para o Grêmio. É óbvio que, apesar deste quadro, o time santista, com destaques como Marinho e Soteldo, pode superar a equipe gremista.
Isso não vai mudar, no entanto, o fato de que a pandemia de coronavírus e a sua crise revelaram de forma ainda mais clara como cada clube está preparado para enfrentar quadros adversos. E Santos e Grêmio mostraram-se modelos bem antagônicos de gestão.
Grêmio, Santos, Diferença, Dinheiro
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Para entender como se chegou a esse quadro, é preciso descrever como cada clube enfrentou a pandemia do coronavírus. Ambos os clubes cortaram despesas com salários, como a maioria das agremiações do futebol brasileiro.
A diferença foi no campo das receitas. Até setembro de 2020, o Grêmio acumulava R$ 273,7 milhões em arrecadação, acima da expectativa do orçamento. Sim, houve peso significativo da venda de Everton ao Benfica. Mas o clube foi capaz, por exemplo, de manter a receita de quadro social em R$ 70 milhões, levemente acima da meta. Foram oferecidas vantagens futuras ao associado, como explicou o CEO do Grêmio, Carlos Amodeo.
Esse quadro positivo se verifica ainda sem incluir boa parte das receitas extras por classificações na própria Libertadores e Copa do Brasil. Ou seja, o clube já tinha um superávit no período e isso vai se repetir no final do ano, segundo a diretoria gremista.
Já o Santos acumulou R$ 175,5 milhões em receitas. O clube esteve abaixo do esperado em arrecadação em boa parte dos itens. Há exceções para patrocínio e vendas de jogadores que geraram rendas levemente acima do previsto em orçamento.
Ainda assim, a gestão provisória do clube quase colocou tudo por água abaixo ao contratar Robinho, acusado de estupro, e ameaçar um dos poucos setores que ia bem no clube. A saída dos patrocinadores o teria gerado uma debandada de patrocinadores que lhe rendem R$ 20 milhões por ano. A negociação de jogadores proporcionou R$ 76 milhões ao Santos, mas só um terço desse valor aproximadamente ficou no clube porque o restante dos direitos pertencia a terceiros.
Com esse quadro, o Santos acumulava um déficit de R$ 59 milhões até setembro de 2020, ainda na gestão do ex-presidente José Carlos Peres. Ele foi excluído pelo Conselho Deliberativo e assumiu seu vice Orlando Rollo, que teve de se virar para tentar reverter um veto de contratações na Fifa por conta de dívidas. Para impedir o déficit no final do ano, a atual gestão terá de fazer uma venda de um jogador significativa já que não há receitas de premiação do Brasileiro em 2020. Verissimo deve cumprir esse papel.
Por isso, sob o ponto de vista financeiro, a classificação à semifinal da Libertadores é bem mais essencial para o Santos do que para o Grêmio. É óbvio que, apesar deste quadro, o time santista, com destaques como Marinho e Soteldo, pode superar a equipe gremista.
Isso não vai mudar, no entanto, o fato de que a pandemia de coronavírus e a sua crise revelaram de forma ainda mais clara como cada clube está preparado para enfrentar quadros adversos. E Santos e Grêmio mostraram-se modelos bem antagônicos de gestão.
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