Tentativa do Grêmio de Anular Suspensões de Marlon e Kannemann

Presidente do STJD vai decidir sobre cartões de Marlon e Kannemann. O Grêmio aguarda decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) sobre os cartões recebidos por Kannemann e Marlon na última rodada do Brasileirão. A Procuradoria do órgão requereu em caráter liminar a suspensão imediata dos efeitos das punições, que deixam ambos os atletas fora do próximo jogo, diante do São Paulo, em 16 de outubro, na Arena. A chamada "Medida Inominada" foi encaminhada ao presidente do STJD, Luís Otávio Veríssimo, na manhã desta quarta-feira. O clube pede a revogação das punições aplicadas aos atletas porque, no seu entendimento, os erros da arbitragem prejudicaram a equipe na partida e atrapalharam o equilíbrio técnico da competição.

O que acontece a partir de agora? Segundo o advogado, auditor do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS) e escritor Ademar Pedro Scheffler, o pedido, que tem caráter liminar, deve ser apreciado pelo presidente do STJD. A apreciação da liminar não vai afastar a manifestação definitiva do Pleno, a não ser que o processo seja remetido, com a liminar, para alguma comissão. E mais: se a liminar não for concedida pelo presidente, o Pleno pode concedê-la – explica.

PC Oliveira: "Para mim, a expulsão de Kannemann foi errada." Se a liminar for concedida, Kannemann, que recebeu vermelho, e Marlon, punido com amarelo por pênalti diante do Bragantino, ficam aptos a jogar. Contudo, os dois jogadores ainda devem ser julgados, se não pelos fatos pelos quais receberam os cartões, por outras situações descritas na súmula e, por isso, ainda podem desfalcar o clube futuramente.

Marlon recolhe o braço e não comete pênalti: "Erro gravíssimo de toda a equipe." Para o advogado, ex-diretor jurídico do Coritiba e professor de Direito Desportivo Gustavo Nadalin, a melhor maneira de se resolver o requerimento sobre os cartões é fazer da análise provisória algo definitivo. Isto é, não deixar brechas para recursos sobre o pedido liminar. Neste cenário, o presidente decidiria junto ao Pleno.