Foto: Divulgação / FC Shakhtar Donetsk
Cria das categorias de base do Grêmio, o meia Douglas Costa voltará a jogar em Porto Alegre após cinco anos. Mas não será no Olímpico, onde deu os primeiros passos da carreira e saiu em 2010 para brilhar na Ucrânia. E sim no Beira-Rio, com a camisa de seu Shakhtar Donetsk, que enfrenta o Inter em amistoso nesta sexta-feira.
Horas antes de entrar em campo em Minas Gerais, onde o Shakhtar perdeu para o Atlético-MG na quarta-feira, o meia de 24 anos atendeu Zero Hora por telefone e falou de seu momento na carreira, passagem pela Seleção Brasileira e os projetos para o futuro. Além disso, relembrou sua passagem pelo Olímpico e garantiu:
— Quero encerrar minha carreira no Grêmio.
Como é para você voltar a jogar em Porto Alegre após cinco anos?
É muito bacana voltar depois de tanto tempo. Mudei em vários aspectos, cresci pessoalmente e também na minha carreira, inclusive com passagem pela Seleção. É ótimo ter a chance de rever meus familiares, jogar novamente aqui é muito legal.
Como foi sua evolução no futebol europeu?
Eu tinha 19 anos quando saí de Porto Alegre e cheguei na Ucrânia. Aprendi a marcar, uma nova cultura tática. Sou um dos brasileiros que está há mais tempo na Ucrânia. Foi uma mudança em vários aspectos da minha vida.
Aqui você era franzino. Teve de realizar reforço físico?
Tenho um preparador que chegou a morar um período comigo na Ucrânia. Todos os dias trabalho forte. E os treinos são mais fortes e intensos do que no Brasil. É uma nova forma de trabalhar. Na Ucrânia, o estilo de jogo tem mais choque. Lembra até um pouco o Gauchão.
Foto: Divulgação, FC Shakhtar Donetsk
Ter tantos brasileiros facilitou tua adaptação no Shakhtar?
Na época em que cheguei, fui recebido pelo Fernandinho (hoje no Manchester City) e pelo Willian (hoje no Chelsea). O treinador (Mircea Lucescu) sempre me ajudou também. Ele já está aqui há 12 anos e sempre gostou muito de trabalhar com jogadores brasileiros.
Como foi a troca de cidade pelos conflitos em Donetsk?
Tivemos de mudar para Kiev (capital do país). A gente nunca tinha vivido uma experiência assim. No Brasil nunca existiu nada disso. Se acontecesse, o futebol parava. Sentimos a diferença por ter de jogar fora de casa, deu uma espécie de baque na equipe. Mas estamos nos recuperando, ainda vai demorar um pouco para que a gente volte a Donetsk.
Foto: Divulgação, FC Shakhtar Donetsk
Vocês tinham uma rota de fuga do país programada?
Não era exatamente isso. Era algo mais simples: se os conflitos chegassem perto de Kiev, a gente pegaria um avião e iria embora.
E tua reapresentação no Rio? Foi multado por atraso?
Conversei com a diretoria sobre isso. Na verdade, ocorreu um mal-entendido na comunicação. Não tive problema algum, expliquei a situação e voltei a treinar normalmente. Não fui multado.
Você, de fato, é um dos jogadores mais regulares do Shakhtar.
Quando cheguei aqui, o treinador sempre me deu muita confiança. A regularidade vem um pouco disso, o Alex Teixeira também se destaca bastante. O Luiz Adriano, capitão do time, também. Isto tudo foi construído com o passar do tempo.
Chegou a hora de atuar em um clube com mais tradição na Europa?
Estou no Shakhtar há cinco anos. Já recebi diversas propostas, mas nenhuma cobriu minha multa rescisória. Uma hora os clubes entram em acordo. Já recebi ofertas de Milan, Mônaco e mais recentemente do Chelsea e do Manchester também. Mas acho que só depois da Liga dos Campeões a diretoria vai pensar na minha saída. (Shakhtar encara o Bayern de Munique pelas oitavas de final em fevereiro).
Foto: Divulgação, FC Shakhtar Donetsk
E a Seleção Brasileira? Espera jogar a Copa 2018?
Era algo que eu já estava esperando. Fiquei muito feliz com o chamado do Dunga, realmente satisfeito. Estou dando um passo de cada vez. O primeiro objetivo era chegar lá. É seguir fazendo meu trabalho, procuro fazer o que o treinador pede. Se tiver que marcar eu marco, cobrar falta. Só assim vou continuar no grupo.
Você ainda acompanha os jogos do Grêmio?
Já acompanhei mais. Hoje assisto sempre que sobra um tempo. Mas sou gremista desde que nasci, sempre torci para o time.
Acha que saiu muito cedo do Brasil?
Penso que as coisas acontecem do jeito que têm de acontecer. Saí quando eu precisava sair e chegou a proposta do Shakhtar. Ninguém sabe o que aconteceria se eu tivesse continuado no Grêmio.
Pretende voltar ao Grêmio algum dia?
Tenho minha carreira bem planejada. Cada passo que dou é muito estudado. Mas, sem dúvida, pretendo voltar algum dia. Quero encerrar minha carreira no Grêmio.
VEJA TAMBÉM
- STJ não gosta do Grêmio: é premente recorrer à injustiça que foi feita
- Renato Gaúcho faz declaração sobre possível ida para o Cruzeiro
- Botafogo x Grêmio será em campo neutro
Cria das categorias de base do Grêmio, o meia Douglas Costa voltará a jogar em Porto Alegre após cinco anos. Mas não será no Olímpico, onde deu os primeiros passos da carreira e saiu em 2010 para brilhar na Ucrânia. E sim no Beira-Rio, com a camisa de seu Shakhtar Donetsk, que enfrenta o Inter em amistoso nesta sexta-feira.
Horas antes de entrar em campo em Minas Gerais, onde o Shakhtar perdeu para o Atlético-MG na quarta-feira, o meia de 24 anos atendeu Zero Hora por telefone e falou de seu momento na carreira, passagem pela Seleção Brasileira e os projetos para o futuro. Além disso, relembrou sua passagem pelo Olímpico e garantiu:
— Quero encerrar minha carreira no Grêmio.
Como é para você voltar a jogar em Porto Alegre após cinco anos?
É muito bacana voltar depois de tanto tempo. Mudei em vários aspectos, cresci pessoalmente e também na minha carreira, inclusive com passagem pela Seleção. É ótimo ter a chance de rever meus familiares, jogar novamente aqui é muito legal.
Como foi sua evolução no futebol europeu?
Eu tinha 19 anos quando saí de Porto Alegre e cheguei na Ucrânia. Aprendi a marcar, uma nova cultura tática. Sou um dos brasileiros que está há mais tempo na Ucrânia. Foi uma mudança em vários aspectos da minha vida.
Aqui você era franzino. Teve de realizar reforço físico?
Tenho um preparador que chegou a morar um período comigo na Ucrânia. Todos os dias trabalho forte. E os treinos são mais fortes e intensos do que no Brasil. É uma nova forma de trabalhar. Na Ucrânia, o estilo de jogo tem mais choque. Lembra até um pouco o Gauchão.
Foto: Divulgação, FC Shakhtar Donetsk
Ter tantos brasileiros facilitou tua adaptação no Shakhtar?
Na época em que cheguei, fui recebido pelo Fernandinho (hoje no Manchester City) e pelo Willian (hoje no Chelsea). O treinador (Mircea Lucescu) sempre me ajudou também. Ele já está aqui há 12 anos e sempre gostou muito de trabalhar com jogadores brasileiros.
Como foi a troca de cidade pelos conflitos em Donetsk?
Tivemos de mudar para Kiev (capital do país). A gente nunca tinha vivido uma experiência assim. No Brasil nunca existiu nada disso. Se acontecesse, o futebol parava. Sentimos a diferença por ter de jogar fora de casa, deu uma espécie de baque na equipe. Mas estamos nos recuperando, ainda vai demorar um pouco para que a gente volte a Donetsk.
Foto: Divulgação, FC Shakhtar Donetsk
Vocês tinham uma rota de fuga do país programada?
Não era exatamente isso. Era algo mais simples: se os conflitos chegassem perto de Kiev, a gente pegaria um avião e iria embora.
E tua reapresentação no Rio? Foi multado por atraso?
Conversei com a diretoria sobre isso. Na verdade, ocorreu um mal-entendido na comunicação. Não tive problema algum, expliquei a situação e voltei a treinar normalmente. Não fui multado.
Você, de fato, é um dos jogadores mais regulares do Shakhtar.
Quando cheguei aqui, o treinador sempre me deu muita confiança. A regularidade vem um pouco disso, o Alex Teixeira também se destaca bastante. O Luiz Adriano, capitão do time, também. Isto tudo foi construído com o passar do tempo.
Chegou a hora de atuar em um clube com mais tradição na Europa?
Estou no Shakhtar há cinco anos. Já recebi diversas propostas, mas nenhuma cobriu minha multa rescisória. Uma hora os clubes entram em acordo. Já recebi ofertas de Milan, Mônaco e mais recentemente do Chelsea e do Manchester também. Mas acho que só depois da Liga dos Campeões a diretoria vai pensar na minha saída. (Shakhtar encara o Bayern de Munique pelas oitavas de final em fevereiro).
Foto: Divulgação, FC Shakhtar Donetsk
E a Seleção Brasileira? Espera jogar a Copa 2018?
Era algo que eu já estava esperando. Fiquei muito feliz com o chamado do Dunga, realmente satisfeito. Estou dando um passo de cada vez. O primeiro objetivo era chegar lá. É seguir fazendo meu trabalho, procuro fazer o que o treinador pede. Se tiver que marcar eu marco, cobrar falta. Só assim vou continuar no grupo.
Você ainda acompanha os jogos do Grêmio?
Já acompanhei mais. Hoje assisto sempre que sobra um tempo. Mas sou gremista desde que nasci, sempre torci para o time.
Acha que saiu muito cedo do Brasil?
Penso que as coisas acontecem do jeito que têm de acontecer. Saí quando eu precisava sair e chegou a proposta do Shakhtar. Ninguém sabe o que aconteceria se eu tivesse continuado no Grêmio.
Pretende voltar ao Grêmio algum dia?
Tenho minha carreira bem planejada. Cada passo que dou é muito estudado. Mas, sem dúvida, pretendo voltar algum dia. Quero encerrar minha carreira no Grêmio.
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