
Montagem sobre fotos / Félix Zucco/Agência RBS
O técnico Renato Portaluppi tem uma grande definição a fazer antes de enfrentar o Lanús na final da Libertadores: quem será o extrema esquerda do Grêmio. Fernandinho tem sido o titular na posição pelo Grêmio, mas Everton desponta como uma alternativa. Os comentaristas do Grupo RBS debatem as opções.
André Baibich
Everton. Até entendo Renato quando insiste com Fernandinho. Saber recompor e dar segurança ao lado esquerdo não é tarefa menor. Ainda mais quando o Grêmio se prepara para enfrentar o Lanús, time em que joga o bom lateral José Luis Gómez, jogador que se projeta de trás e combina jogadas perigosas com Alejandro Silva e Roman Martínez.
Sem Everton, porém, Renato corre outro risco, talvez tão ou mais importante do que o de desguarnecer sua defesa. A linha de três meias da equipe tem funcionado bem para controlar o jogo e fazer a bola rodar, mas perde em agressividade quando Fernandinho é escalado à esquerda. Ramiro, desgastado por uma temporada com ares de maratona, não tem mostrado o mesmo ímpeto para invadir a área rival. Com a honrosa exceção do jogo de Guayaquil, Luan, desde que retornou da lesão, ainda tem alguma dificuldade para ultrapassar os marcadores no um contra um.
Compensa com o brilho na distribuição da bola, tarefa na qual tem companhia qualificada de Arthur. Por fim, Fernandinho envereda em direção à linha de fundo, em previsíveis e, muitas vezes, improdutivas jogadas individuais. Everton é veloz, tem drible e não tem medo de se meter na área. É uma bela solução para fazer com que o Grêmio consiga traduzir, sem dramas, posse de bola em chances de gols.
Diogo Olivier
Os técnicos pensam e planificam uma partida pensando em 13 ou 14 jogadores, e não apenas 11. No futebol de hoje, as substituições são praticamente obrigatórias, seja para mudar algo que não está funcionando ou por mero cansaço. Neste sentido, Everton já é titular. Mas voto sim para ele continuar no time por outro motivo. Uma sequência de jogos pode, neste conjunto de rodadas até a final da Libertadores, pode fazer de Everton um novo Pedro Rocha. Este é o ponto: encontrar um extrema pela esquerda que entregue ao time a mesma qualidade individual e tática que Pedro Rocha oferecia. Seria um belíssimo reforço para a final, se der certo.
Cleber Grabauska
Depois do jogo contra o Flamengo, fica fácil apostar em Everton. Mas o episódio de domingo talvez tenha marcado definitivamente aquilo que já se observa há muito tempo. Fernandinho estagnado, e Everton em ascensão. Fernandinho foi escolhido por Renato para ser o substituto de Pedro Rocha. Esta decisão ocorreu em agosto, e a entrada de Fernandinho coincidiu com um momento de queda do time. Não exatamente por causa da troca, mas também porque vários titulares se transformaram em desfalques. Fernandinho começou bem, fez uma grande atuação na goleada sobre o Sport. Parecia que Renato havia resolvido o problema.
Mas isso não se confirmou. Por outro lado, Everton vem se mostrando mais efetivo. Geralmente entra no segundo tempo e muda a cara do jogo. E foi exatamente o que aconteceu diante do Flamengo. Mas vale lembrar que Everton foi bem quando entrou no segundo tempo contra o Corinthians, fez um excelente primeiro tempo diante do Avaí e, junto com Jael, deu a força ofensiva que faltou nos primeiros 45 minutos diante do Barcelona. Ou seja, o momento é de Everton. Ainda mais que o Lanús virá a Porto Alegre para repetir a estratégia que utilizou no Monumental contra o River Plate, e o Grêmio precisará de um homem agudo para superar a forte marcação. A justificativa para a permanência de Fernandinho é a sua contribuição tática. Mas eu não vejo tanto valor nisso. Ele não consegue repetir o que Pedro Rocha fazia. E, além disso, jogando pela esquerda, não é tão decisivo quanto o time precisa. Já Everton tem se mostrado decisivo. E, caso se sacrifique um pouco, pode dar esse reforço tático que Renato exige.
Maurício Saraiva
O campo está mostrando a Renato que Everton vive melhor momento e merece estar entre os onze na decisão da Libertadores. Há tempo suficiente para incutir no jovem atacante a necessidade de recompor como sempre fizeram Pedro Rocha e Fernandinho. Everton é capaz de aprender, sim, sem perder sua qualidade maior, a verticalidade. Treinadores costumam ser conservadores, é parte do seu patrimônio de fazer escolhas. Mesmo Renato, um homem moderno, demora em revisar convicções. A convicção em Fernandinho está perdendo força pelo desempenho do jogador. Aí, não se pode brigar com o campo. Everton merece ganhar a posição de titular.
Luiz Zini Pires
Nem sempre os números ajudam a entender um atacante. Fernandinho, 31 anos, titular, fez 52 jogos na temporada. Marcou 10 gols.Com 54, o reserva Everton, 21 anos, fez 11.
Fernandinho é o preferido de Renato. O treinador erra ao oferecer o lado esquerdo ao habilidoso canhoto. Está certo que ele ajuda o lateral, mas seu trabalho como homem de flanco não agrada. Dribla muito. Assiste pouco. Seria mais útil no lado direito.
Everton é o substituto natural de Pedro Rocha. Se colabora menos com a marcação, é mais letal no ataque. Entra na área e conclui com mais certeza. O time fica mais ofensivo, o ataque ganha mobilidade e o que mais interessa, gols.
David Coimbra
Quando Renato escala Fernandinho na esquerda, ele perde Everton e o próprio Fernandinho. Porque Fernandinho se tornou o goleador do time no Campeonato Brasileiro exatamente quando entrava no segundo tempo PELA DIREITA. Fernandinho disputa posição com Ramiro. Pode entrar no lugar dele ou fazer uma composição, com a saída do lateral-direito ou um dos volantes.
Tendo uma espingarda na perna esquerda, Fernandinho é perigosíssimo quando deriva para o meio, fazendo com que o gol se abra para ele. Na esquerda, ele é obrigado a ir em direção à linha de fundo para cruzar. Torna-se um jogador comum. Essa característica de Fernandinho é tão forte que a jogada ensaiada que o Grêmio tem nos escanteios do lado direito, em que ele recebe a bola e leva-a para o bico da área, podendo chutar ou cruzar, é um dos lances mais insinuantes do time.
Ao mesmo tempo, Everton é um dos jogadores que mais arremata no time. Ele arrisca, ele chuta e tem velocidade para se impor ao defensor. É verdade que não tem a mesma capacidade de marcação de Pedro Rocha, mas quem tem? Everton tem que sair jogando e Fernandinho tem que entrar no segundo tempo, como sempre deu certo.
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Sem Everton, porém, Renato corre outro risco, talvez tão ou mais importante do que o de desguarnecer sua defesa. A linha de três meias da equipe tem funcionado bem para controlar o jogo e fazer a bola rodar, mas perde em agressividade quando Fernandinho é escalado à esquerda. Ramiro, desgastado por uma temporada com ares de maratona, não tem mostrado o mesmo ímpeto para invadir a área rival. Com a honrosa exceção do jogo de Guayaquil, Luan, desde que retornou da lesão, ainda tem alguma dificuldade para ultrapassar os marcadores no um contra um.
Compensa com o brilho na distribuição da bola, tarefa na qual tem companhia qualificada de Arthur. Por fim, Fernandinho envereda em direção à linha de fundo, em previsíveis e, muitas vezes, improdutivas jogadas individuais. Everton é veloz, tem drible e não tem medo de se meter na área. É uma bela solução para fazer com que o Grêmio consiga traduzir, sem dramas, posse de bola em chances de gols.
Diogo Olivier
Os técnicos pensam e planificam uma partida pensando em 13 ou 14 jogadores, e não apenas 11. No futebol de hoje, as substituições são praticamente obrigatórias, seja para mudar algo que não está funcionando ou por mero cansaço. Neste sentido, Everton já é titular. Mas voto sim para ele continuar no time por outro motivo. Uma sequência de jogos pode, neste conjunto de rodadas até a final da Libertadores, pode fazer de Everton um novo Pedro Rocha. Este é o ponto: encontrar um extrema pela esquerda que entregue ao time a mesma qualidade individual e tática que Pedro Rocha oferecia. Seria um belíssimo reforço para a final, se der certo.
Cleber Grabauska
Depois do jogo contra o Flamengo, fica fácil apostar em Everton. Mas o episódio de domingo talvez tenha marcado definitivamente aquilo que já se observa há muito tempo. Fernandinho estagnado, e Everton em ascensão. Fernandinho foi escolhido por Renato para ser o substituto de Pedro Rocha. Esta decisão ocorreu em agosto, e a entrada de Fernandinho coincidiu com um momento de queda do time. Não exatamente por causa da troca, mas também porque vários titulares se transformaram em desfalques. Fernandinho começou bem, fez uma grande atuação na goleada sobre o Sport. Parecia que Renato havia resolvido o problema.
Mas isso não se confirmou. Por outro lado, Everton vem se mostrando mais efetivo. Geralmente entra no segundo tempo e muda a cara do jogo. E foi exatamente o que aconteceu diante do Flamengo. Mas vale lembrar que Everton foi bem quando entrou no segundo tempo contra o Corinthians, fez um excelente primeiro tempo diante do Avaí e, junto com Jael, deu a força ofensiva que faltou nos primeiros 45 minutos diante do Barcelona. Ou seja, o momento é de Everton. Ainda mais que o Lanús virá a Porto Alegre para repetir a estratégia que utilizou no Monumental contra o River Plate, e o Grêmio precisará de um homem agudo para superar a forte marcação. A justificativa para a permanência de Fernandinho é a sua contribuição tática. Mas eu não vejo tanto valor nisso. Ele não consegue repetir o que Pedro Rocha fazia. E, além disso, jogando pela esquerda, não é tão decisivo quanto o time precisa. Já Everton tem se mostrado decisivo. E, caso se sacrifique um pouco, pode dar esse reforço tático que Renato exige.
Maurício Saraiva
O campo está mostrando a Renato que Everton vive melhor momento e merece estar entre os onze na decisão da Libertadores. Há tempo suficiente para incutir no jovem atacante a necessidade de recompor como sempre fizeram Pedro Rocha e Fernandinho. Everton é capaz de aprender, sim, sem perder sua qualidade maior, a verticalidade. Treinadores costumam ser conservadores, é parte do seu patrimônio de fazer escolhas. Mesmo Renato, um homem moderno, demora em revisar convicções. A convicção em Fernandinho está perdendo força pelo desempenho do jogador. Aí, não se pode brigar com o campo. Everton merece ganhar a posição de titular.
Luiz Zini Pires
Nem sempre os números ajudam a entender um atacante. Fernandinho, 31 anos, titular, fez 52 jogos na temporada. Marcou 10 gols.Com 54, o reserva Everton, 21 anos, fez 11.
Fernandinho é o preferido de Renato. O treinador erra ao oferecer o lado esquerdo ao habilidoso canhoto. Está certo que ele ajuda o lateral, mas seu trabalho como homem de flanco não agrada. Dribla muito. Assiste pouco. Seria mais útil no lado direito.
Everton é o substituto natural de Pedro Rocha. Se colabora menos com a marcação, é mais letal no ataque. Entra na área e conclui com mais certeza. O time fica mais ofensivo, o ataque ganha mobilidade e o que mais interessa, gols.
David Coimbra
Quando Renato escala Fernandinho na esquerda, ele perde Everton e o próprio Fernandinho. Porque Fernandinho se tornou o goleador do time no Campeonato Brasileiro exatamente quando entrava no segundo tempo PELA DIREITA. Fernandinho disputa posição com Ramiro. Pode entrar no lugar dele ou fazer uma composição, com a saída do lateral-direito ou um dos volantes.
Tendo uma espingarda na perna esquerda, Fernandinho é perigosíssimo quando deriva para o meio, fazendo com que o gol se abra para ele. Na esquerda, ele é obrigado a ir em direção à linha de fundo para cruzar. Torna-se um jogador comum. Essa característica de Fernandinho é tão forte que a jogada ensaiada que o Grêmio tem nos escanteios do lado direito, em que ele recebe a bola e leva-a para o bico da área, podendo chutar ou cruzar, é um dos lances mais insinuantes do time.
Ao mesmo tempo, Everton é um dos jogadores que mais arremata no time. Ele arrisca, ele chuta e tem velocidade para se impor ao defensor. É verdade que não tem a mesma capacidade de marcação de Pedro Rocha, mas quem tem? Everton tem que sair jogando e Fernandinho tem que entrar no segundo tempo, como sempre deu certo.
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Comentários
Comentários (4)
Everton titular
com certesa
Tirar o Fernandinho e colocar o Everton, será que esse é caso? ou no próximo jogo deslocar o Fernandinho para a direita Everton pela esquerda e Luan centralizado, já que o Jael não está bem sacamos ele do time!
Ambos os dois se destacam saindo da reserva eu apostava em amistoso Arroyo ....
Everton Titular
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