
Foto: André Ávila / Agencia RBS
Foram 10 segundos e duas meias-luas entre a arrancada, ainda no campo do Grêmio, até a queda dentro da área do Coritiba. A disparada de Everton lembrou as de Tarciso e Luís Mário, que encantaram duas gerações de gremistas.
Em janeiro, no primeiro amistoso da temporada, contra o uruguaio Danubio, Everton havia marcado um gol em arrancada pela direita iniciada na intermediária do Grêmio. Sua velocidade impressiona até mesmo o ex-ponteiro Tarciso, recordista de jogos pelo Grêmio, com 721 partidas entre 1973 e 1986.
— Ele está pronto para a Olimpíada — brinca.
Apelidado de Flecha Negra, Tarciso conta que tornou-se ainda mais rápido a partir de uma sugestão de Eduardo de Rose, na época médico do Grêmio. O atual membro da agência mundial antidoping recomendou ao ex-jogador e hoje vereador que baixasse um pouco a cabeça na hora de correr.
— Com essa orientação, minha marca melhorou alguns milésimos de segundo — diz o ex-atacante, que, em seus melhores momentos, chegou a fazer 100 metros em 10,9 segundos.
Tarciso passa a Everton um de seus segredos. Diz que o atacante precisa aprender a ser veloz com a bola. Se perder o contato com ela, permite que o marcador o desarme
— Também precisa aprender a chegar na linha de fundo, dar o corte para dentro e chutar c om a esquerda. Isso foi Paulo Lumumba (ex-atacante e ex-treinador do Grêmio) quem me ensinou. Marquei muitos gols assim — recorda.
O ex-atacante Luís Mário estava na Arena domingo. Quando Everton disparou em velocidade a partir do meio de campo, sorriu ao ouvir torcedores ao seu lado dizendo que se tratava do novo Papa-Léguas. O mesmo apelido recebido por ele em 2001, quando, com sua velocidade, virou peça decisiva no tetracampeonato da Copa do Brasil.
— Foi até engraçado. Ele deu o estirão, colocou a bola na frente, aplicou a meia-lua no zagueiro e sofreu pênalti. Se souber usar essa velocidade mais perto do gol, vai ser dar muito bem — aposta.
Trazido do Corinthians como meia, Luís Mário conta ter virado atacante no Grêmio por recomendação de Tite, que impressionou-se com sua velocidade. Sua estratégia, conta, consistia em ficar lado a lado com o zagueiro e, então, dar "um tapa longo" na bola, para evitar o choque.
— Às vezes, por ser ainda um menino, Everton usa a velocidade na hora errada. Mas tem tudo para ser um novo Papa-Léguas — aposta Luís Mário.
De tão veloz, Euller, ex-atacante de clubes como São Paulo, Atlético-MG e Vasco, ganhou de Milton Naves, narrador da Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, o apelido de Filho do Vento. Para ele, a velocidade é ferramenta indispensável para uma equipe que quer vencer.
— Não dá para ter jogadores lentos pelos lados do campo. Fico triste por ver poucos jogadores com essa característica no futebol brasileiro. Everton pode ser uma exceção — diz.
Aos 45 anos, ele hoje é dono de uma escolinha de futebol em Belo Horizonte, chamada de Filhos do Vento.
Everton foi sempre um velocista. Aos 15 anos, ainda jogador do Fortaleza, deixava para trás os marcadores em suas arrancadas rumo à área adversária. Com 16 a nos, despertou a atenção dos empresários com sua performance na Copa São Paulo.
— Ele sempre driblou em velocidade, de cabeça erguida. E sempre em direção ao gol — conta Jorge Veras, ex-atacante do Grêmio e seu primeiro treinador.
A vinda para o Grêmio foi a custo. Everton temia que, ao deixar Fortaleza, poderia perder a namorada de infância. Jorge Veras o convenceu com um argumento definitivo:
— Tem tanta moça bonita em Porto Alegre que suas vistas vão doer.
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— Ele está pronto para a Olimpíada — brinca.
Apelidado de Flecha Negra, Tarciso conta que tornou-se ainda mais rápido a partir de uma sugestão de Eduardo de Rose, na época médico do Grêmio. O atual membro da agência mundial antidoping recomendou ao ex-jogador e hoje vereador que baixasse um pouco a cabeça na hora de correr.
— Com essa orientação, minha marca melhorou alguns milésimos de segundo — diz o ex-atacante, que, em seus melhores momentos, chegou a fazer 100 metros em 10,9 segundos.
Tarciso passa a Everton um de seus segredos. Diz que o atacante precisa aprender a ser veloz com a bola. Se perder o contato com ela, permite que o marcador o desarme
— Também precisa aprender a chegar na linha de fundo, dar o corte para dentro e chutar c om a esquerda. Isso foi Paulo Lumumba (ex-atacante e ex-treinador do Grêmio) quem me ensinou. Marquei muitos gols assim — recorda.
O ex-atacante Luís Mário estava na Arena domingo. Quando Everton disparou em velocidade a partir do meio de campo, sorriu ao ouvir torcedores ao seu lado dizendo que se tratava do novo Papa-Léguas. O mesmo apelido recebido por ele em 2001, quando, com sua velocidade, virou peça decisiva no tetracampeonato da Copa do Brasil.
— Foi até engraçado. Ele deu o estirão, colocou a bola na frente, aplicou a meia-lua no zagueiro e sofreu pênalti. Se souber usar essa velocidade mais perto do gol, vai ser dar muito bem — aposta.
Trazido do Corinthians como meia, Luís Mário conta ter virado atacante no Grêmio por recomendação de Tite, que impressionou-se com sua velocidade. Sua estratégia, conta, consistia em ficar lado a lado com o zagueiro e, então, dar "um tapa longo" na bola, para evitar o choque.
— Às vezes, por ser ainda um menino, Everton usa a velocidade na hora errada. Mas tem tudo para ser um novo Papa-Léguas — aposta Luís Mário.
De tão veloz, Euller, ex-atacante de clubes como São Paulo, Atlético-MG e Vasco, ganhou de Milton Naves, narrador da Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, o apelido de Filho do Vento. Para ele, a velocidade é ferramenta indispensável para uma equipe que quer vencer.
— Não dá para ter jogadores lentos pelos lados do campo. Fico triste por ver poucos jogadores com essa característica no futebol brasileiro. Everton pode ser uma exceção — diz.
Aos 45 anos, ele hoje é dono de uma escolinha de futebol em Belo Horizonte, chamada de Filhos do Vento.
Everton foi sempre um velocista. Aos 15 anos, ainda jogador do Fortaleza, deixava para trás os marcadores em suas arrancadas rumo à área adversária. Com 16 a nos, despertou a atenção dos empresários com sua performance na Copa São Paulo.
— Ele sempre driblou em velocidade, de cabeça erguida. E sempre em direção ao gol — conta Jorge Veras, ex-atacante do Grêmio e seu primeiro treinador.
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