
Adriano de Carvalho, Leandro Behs e Rafael Diverio adriano.carvalho@zerohora.com.br;leandro.behs@zerohora.com.br
Lauro Quadros está perturbado. Na segunda-feira pela manhã, caminhava pelo shopping Iguatemi quando foi abordado por um torcedor: "e a gangorra, Lauro?". A histórica frase do jornalista que definiu a rivalidade Gre-Nal como uma gangorra, porque quando um está em cima o outro está embaixo, perdeu sentido neste início de Brasileirão. Pela primeira vez desde que o campeonato deixou de ser dividido em grupos, os dois times gaúchos ocupam as duas posições de cima na competição.
— Tenho 76 anos, acompanho futebol há quase 70. É atípica esta situação de hoje. O padrão foi contrariado. A gangorra quebrou — brinca.
Ídolo de duas torcidas pelas conquistas dos últimos Brasileirões de Inter e Grêmio, o ex-zagueiro Mauro Galvão se diz surpreso com o começo da Dupla:
— Se a gente pensar bem, até demorou para acontecer isso. É bom para o RS um começo assim em um campeonato tão difícil.
De fato, até em 2016 ocorreu uma alternância de momentos. Quando embalou na Libertadores, o Grêmio esteve por cima enquanto a equipe de Argel patinava. Depois, as três eliminações do time de Roger coincidiram com a ascensão do Inter, que culminou com o título gaúcho. Agora, no Brasileirão as campanhas praticamente idênticas deixam o Estado nesta situação inédita, em que secar vale não só para ver o rival por baixo, mas, de fato, alcançar a liderança do principal torneio nacional do País.
— Lembro que, quando jogava, às vezes ouvíamos uma comemoração no estádio. Sabíamos que era gol contra o rival — recorda Galvão.
— O torcedor, normalmente, tem mais tesão para secar do que para torcer. É um pensamento medíocre de puxar o outro para baixo enquanto não se consegue atingir o objetivo. Mas nossos clubes podem mais do que isso — aponta Lauro Quadros, que vê o gás inicial da Dupla como um bom indício de que podem chegar longe.
Os dois concordam em mais um aspecto: a boa arrancada da Dupla é reflexo da manutenção do trabalho e do grupo do ano passado. Galvão lembra que além de os times serem semelhantes, ficaram com a base mantida e estão sem muitos desfalques tanto lesionados quanto convocados para seleções. Posição que ganha eco nos dirigentes.
— Corinthians, Atlético-MG e Cruzeiro, por exemplo, passam por um momento de transição, em que fazem a reformulação de seus elencos — diz Alberto Guerra, vice de futebol do Grêmio.
— Temos um grupo já montado e ter vencido o Gauchão deu confiança para ter este começo acelerado — aponta Carlos Pellegrini, vice de futebol do Inter.
Mas tanto Guerra quanto Pellegrini vão na mesma direção de Lauro Quadros e Mauro Galvão. Quatro partidas não são parâmetros para nada. O ex-zagueiro diz que só será possível medir o nível da Dupla a partir da 10ª rodada. Apesar disso, o jornalista não vê Inter e Grêmio como os tradicionais "fogos de palha" que aparecem em todos os começos de Brasileirão. Porém, ninguém nega o entusiasmo. No fim das contas, a definição de Alberto Guerra parece ser, mesmo, a mais adequada para o momento:
— A amostragem ainda é pequena, mas ter os dois times na ponta de cima fortalece o futebol do Rio Grande do Sul.
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— Tenho 76 anos, acompanho futebol há quase 70. É atípica esta situação de hoje. O padrão foi contrariado. A gangorra quebrou — brinca.
Ídolo de duas torcidas pelas conquistas dos últimos Brasileirões de Inter e Grêmio, o ex-zagueiro Mauro Galvão se diz surpreso com o começo da Dupla:
— Se a gente pensar bem, até demorou para acontecer isso. É bom para o RS um começo assim em um campeonato tão difícil.
De fato, até em 2016 ocorreu uma alternância de momentos. Quando embalou na Libertadores, o Grêmio esteve por cima enquanto a equipe de Argel patinava. Depois, as três eliminações do time de Roger coincidiram com a ascensão do Inter, que culminou com o título gaúcho. Agora, no Brasileirão as campanhas praticamente idênticas deixam o Estado nesta situação inédita, em que secar vale não só para ver o rival por baixo, mas, de fato, alcançar a liderança do principal torneio nacional do País.
— Lembro que, quando jogava, às vezes ouvíamos uma comemoração no estádio. Sabíamos que era gol contra o rival — recorda Galvão.
— O torcedor, normalmente, tem mais tesão para secar do que para torcer. É um pensamento medíocre de puxar o outro para baixo enquanto não se consegue atingir o objetivo. Mas nossos clubes podem mais do que isso — aponta Lauro Quadros, que vê o gás inicial da Dupla como um bom indício de que podem chegar longe.
Os dois concordam em mais um aspecto: a boa arrancada da Dupla é reflexo da manutenção do trabalho e do grupo do ano passado. Galvão lembra que além de os times serem semelhantes, ficaram com a base mantida e estão sem muitos desfalques tanto lesionados quanto convocados para seleções. Posição que ganha eco nos dirigentes.
— Corinthians, Atlético-MG e Cruzeiro, por exemplo, passam por um momento de transição, em que fazem a reformulação de seus elencos — diz Alberto Guerra, vice de futebol do Grêmio.
— Temos um grupo já montado e ter vencido o Gauchão deu confiança para ter este começo acelerado — aponta Carlos Pellegrini, vice de futebol do Inter.
Mas tanto Guerra quanto Pellegrini vão na mesma direção de Lauro Quadros e Mauro Galvão. Quatro partidas não são parâmetros para nada. O ex-zagueiro diz que só será possível medir o nível da Dupla a partir da 10ª rodada. Apesar disso, o jornalista não vê Inter e Grêmio como os tradicionais "fogos de palha" que aparecem em todos os começos de Brasileirão. Porém, ninguém nega o entusiasmo. No fim das contas, a definição de Alberto Guerra parece ser, mesmo, a mais adequada para o momento:
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