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O Grêmio encontrou o "homem gol" para o desfecho decisivo da temporada. Carlos Vinicius balançou a rede três vezes em cinco jogos e tornou conhecida por aqui a comemoração que lhe rendeu o apelido de Vini da Pose na Europa. E a alegria da torcida gremista com o centroavante é recíproca, dele para com o Tricolor. Na manhã seguinte a marcar os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, Carlos Vinicius recebeu o ge para uma entrevista exclusiva no CT Luiz Carvalho, na zona norte de Porto Alegre. Entre outros assuntos, ele comentou sobre a virada de fase do time, com a chegada das contratações na última janela. Além de ser um dos reforços, foi importante para convencer Willian a deixar a Inglaterra rumo a Porto Alegre. – Se juntar os contratados e mais aqueles jogadores que aqui estavam e começar a ver o nível subindo, há quem diz até que, se fosse antes, (o time) poderia brigar por título – comenta. Carlos Vinícius destaca contribuições dos técnicos europeus no futebol brasileiro Carlos Vinicius construiu toda a carreira na Europa. Em 2017, saiu do Grêmio Anápolis para o Rio Ave, de Portugal, sem nunca ter jogada o Brasileirão. Nos anos seguintes, passou por times como Benfica, Tottenham, PSV, Fulham e Galatasaray. Com oito anos seguidos de Europa, o centroavante defende a importação de técnicos estrangeiros para o Brasil, mas rejeita a ideia de que os brasileiros são fracos. E mais do que trazer a experiência europeia para dentro do vestiário gremista, quer saber mesmo é de se afirmar na terra natal ao lado dos companheiros de time. Leia, abaixo, a entrevista completa. Confira trechos da entrevista
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Você teve três jogos pelo Grêmio e, depois, precisou parar por conta do edema na coxa. Ficou angustiado voltar e finalmente ter sequência? Na verdade, tive a primeira pausa com a expulsão contra Atlético Mineiro. Depois, retorno do cartão. E é onde acontece a lesão. Como eu falei ontem, para além dos gols, para além dos três pontos, eu estou bem, muito contente por sair bem fisicamente. Sem lesão. E agora, acredito que até o final vou estar bem fisicamente, 100% recuperado. São cinco jogos e três gols pelo Grêmio. Você quebrou um jejum de um ano e meio e ainda fez os primeiros gols pela Série A, na qual nunca havia jogado. Qual é a importância desse momento pra ti? Estou muito feliz. Já tinha estreado com um gol no Gre-Nal. E agora, mais dois gols. Ficamos felizes. No fundo, a nossa função ali, de ser centroavante ou atacante, é fazer gol quando. Isso é o que a equipe espera, que o ataque funcione, que o ataque faça gol, porque também vai concluir o trabalho de toda a equipe. E fico feliz. Fico feliz de fazer gols no Brasileirão. Isso era um sonho que eu tinha. Era um sonho que a minha família tinha. E graças a Deus, estou realizando, esse sonho meu e de todos os meus familiares. Veja os gols de Carlos Vinicius contra o São Paulo
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O Grêmio tem uma virada de chave nesta temporada, que é a última janela de contratações, da qual você faz parte. E você teve uma papel diferente nesse contexto: ajudou a convencer o Willian a sair da Inglaterra e vir para o Grêmio. Como foi essa conversa? Na verdade, o Grêmio já tinha feito alguma sondagem, alguns anos atrás, com o William. E como a gente tem ali uma boa relação, passamos alguns anos juntos na Inglaterra, eu falei para ele sobre o clube, sobre a grandeza que é o Grêmio. E ele fez algumas perguntas, e eu pude ali responder, e graças a Deus não saí como mentiroso quando ele chegou. Ele viu toda a grandeza do clube, o que é o Grêmio, o que é a história do Grêmio, e ele está muito feliz aqui. E a gente conta muito e gosta muito de ter, e sabemos a diferença que esse tipo de jogador traz, dentro e fora de campo. Isso tem se mostrado não só com o William, mas com todos os contratados que chegaram, e mais aqueles que já estavam aqui. Aumentou o nível do Grêmio. Todos têm visto, o próprio professor Mano tem apontado isso, que mesmo nas derrotas, o nível do Grêmio vem aumentando.
Jogadores como mais experiência de Europa, como você, Willian e Arthur, conseguir trazer algo para cá em termos de organização, dentro ou fora de campo? Obviamente que a experiência dentro da Europa, de grandes clubes, traz, e agrega muito. Só que eu também não vou muito por aí, porque no fundo a gente precisa da experiência de quem joga e jogou o Brasileirão. Precisa juntar toda essa experiência, dentro do Brasileirão e fora, em nível de Europa, para subir esse nível que a gente tem comentado nos últimos jogos do Grêmio. Cada um dentro das suas funções, dentro do seu conhecimento e dentro das suas culturas.
O Brasileirão é muito diferente da Premier League e da Liga Portuguesa, campeonatos que você jogou por bastante tempo? Cada um tem suas especialidades. Seus campeonatos, dentro dos seus campeonatos. O Brasileirão é um campeonato muito forte. São muitas equipes brigando por título, brigando por Libertadores, e essas equipes são muito fortes. É super normal ver no Brasileirão o primeiro perdendo para o último. É um campeonato muito competitivo. A Premier League tem uma competição muito alta, só que ela, logo, se divide na tabela, parte de baixo, parte do meio, parte de cima. Na Liga Portuguesa, são duas, três equipes que brigam pelo título. E aqui não. Com duas, três vitórias, tu já está brigando lá em cima. Temos aí 10, 12 equipes que podem chegar lá (na parte de cima da tabela). Isso mostra a dificuldade que é o campeonato. Obviamente que cada campeonato tem suas diferenças, suas qualidades, dentro das suas culturas futebolísticas. Mas eu tenho gostado do Brasileirão. Tem equipes grandes, jogadores de qualidade, as torcidas, o ambiente do estádio, mostra muito o que é a paixão do futebol brasileiro.
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As viagens aqui não te pegam um pouco? Ah, pega. Não só eu, mas todos comentam, esse é um ponto. Inclusive, jogamos ontem (quinta). Amanhã (sábado) já temos uma viagem a três, quatro horas daqui, que é para a Bahia. E em três, quatro horas na Europa, tu viaja aí uns três, quatro países. Então, isso conta para a recuperação, para a performance dentro de campo, mas é o que temos. Isso eu acho que não conseguimos mudar. As pessoas que estão lá sobre o comando disso não conseguem mudar porque é o nosso mapa. Até onde esse elenco do Grêmio pode chegar? Briga por Libertadores é uma realidade? Se juntar os contratados e mais aqueles jogadores que aqui estavam e começar a ver o nível subindo, há quem diz até que, se fosse antes, (o time) poderia estar brigando por título. Obviamente, a gente se encontra numa situação, que temos sim que olhar para a parte de cima, só que primeiro temos que entender o microciclo. Quando eu digo microciclo, é dois, três jogos. Essa é a conta que estamos fazendo. Sabemos que jogar em cima de vitória é diferente. Temos que pontuar, já estamos numa fase, ou seja, no último sprint da temporada. Temos que pontuar e no final vamos fazer a matemática. A gente olha para o papel e vê grandes jogadores no elenco do Grêmio. Se a gente inicia a temporada, há quem diz que a gente poderia brigar por título. E vamos mostrando isso, jogo após jogos. Não se resume em vitória ou em derrota, mas temos subido o nível do Grêmio. E vamos ver, no final fazemos as contas. Dá para ganhar no Bahia? Não só dá, como temos que ganhar. É um elenco qualificado no papel. Isso dentro do futebol não conta muito, mas temos qualidade e experiência. Temos uma história que nos impulsiona a ir lá no Bahia e fazer um grande resultado, que é a vitória. Agora, a gente sabe a dificuldade que é a do campeonato. O tudo que envolve. Quando eu digo tudo que envolve, é fazer uma viagem de três, quatro horas e ter que ir lá enfrentar o Bahia, que é uma equipe muito bem organizada, muito bem treinada, vindo aí numa crescente de ano após ano. Somos o Grêmio, temos uma grande história, somos grandes. E temos que ir lá para trazer os três pontos. Para finalizar, queria perguntar sobre algo comentado na tua apresentação: a experiência com o Mourinho, no Tottenham. É um dos melhores treinadores do mundo. O que ele tem de diferente? E, dentro disso, os treinadores estrangeiros podem agregar o quê dentro do futebol brasileiro? Falar do Mourinho é muito fácil. É um multicampeão. Para mim, é um dos maiores treinadores da história do futebol. No futebol, tu tem que ganhar títulos. E o Mourinho não só ganhou títulos, mas revolucionou o futebol. Há quem diz que o Mourinho fez a transição do futebol. É uma pessoa que eu tenho um carinho enorme. Tive ali um ano só com ele no Tottenham, mas continuamos uma amizade muito boa. Posso dizer que é um grande amigo. O Mourinho ganhou em todos os níveis. O Mourinho ganhou a Champions League, ganhou a Europa League. E mesmo a Conference League, que a gente costuma dizer que é o nível mais baixo em campeonatos europeus, o Mourinho foi lá e ganhou com a Roma. Isso mostra que verdadeiramente ele conhece o caminho. É um treinador que revolucionou, é um treinador que ganhou. É uma figura muito, muito importante, muito histórica no futebol, que ainda continua no Benfica. E eu acredito que vai ser campeão português no Benfica. Em relação a essa situação de treinadores vindo de fora, principalmente para o Brasil, a pergunta que eu faço é seguinte. A Premier League é o maior campeonato, penso eu que é o maior campeonato do mundo, mais disputado e tudo. A Premiere League tem muitos treinadores de fora. Eles recebem os treinadores de fora para aprender, cada um dentro das suas culturas, para agregar no campeonato. Então, nós não podemos se blindar, dizer que o de fora não vai agregar em nada.
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