Cronologia da Ascensão e Queda de Renato no Grêmio


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Cronologia da Ascensão e Queda de Renato no Grêmio

Após um segundo semestre repleto de percalços dentro e fora de campo, o técnico Renato Portaluppi e o Grêmio decidiram encerrar o trabalho que já durava dois anos e três meses em sua quarta passagem pelo clube. O vínculo entre as partes se encerra oficialmente em 31 de dezembro. O treinador se reuniu no fim da manhã desta segunda-feira com o presidente Alberto Guerra no hotel onde mora em Porto Alegre. O Grêmio comunicou, em nota oficial, que Renato informou o desejo de deixar o clube. – Vou embora com a consciência tranquila, procurei fazer sempre o melhor para o clube. Não posso agradar a todos, mas sempre vesti a camisa. Fica aqui meu registro, assumo toda responsabilidade de qualquer incidente, toda responsabilidade é minha. De mais ninguém. Torcedor, muito obrigado por tudo – disse o técnico, emocionado, em vídeo divulgado no Instagram. Torcedor gremista, quem deve ser o novo técnico do Grêmio? VOTE AQUI

Das consequências da enchente de maio no Rio Grande do Sul às discussões com a imprensa, aos poucos o maior ídolo da história do clube deixou de ser unanimidade e dividiu a opinião da torcida em 2024. Abaixo, o ge revisita pontos que culminaram na saída de Renato: Ainda em 2023... O desgaste na relação com os fãs tem origem ainda em 2023. E tudo tem a ver também com a passagem emblemática de Luis Suárez por Porto Alegre. Renato mostrou toda habilidade e linguagem certeiras para convencer o craque uruguaio a permanecer no Grêmio até o fim do ano depois que ele estava decidido a ir embora para atuar nos Estados Unidos com o amigo Lionel Messi, ainda na metade da temporada brasileira.

Ali, o treinador provou mais uma vez à torcida como é abnegado para resolver as questões do time do coração. A idolatria só aumentou. Por outro lado, parte da torcida não estava satisfeita com o rendimento defensivo da equipe, que sofreu 56 gols no Brasileirão e só teria chegado ao vice-campeonato por conta de Suárez, eleito craque da competição e responsável por 17 gols e 11 assistências. O Grêmio também teve o segundo melhor ataque. Problemas na Libertadores e a enchente Sem a maior estrela de 2023, o Tricolor conquistou o heptacampeonato gaúcho sem maiores sustos. Porém, o clima voltou a ficar hostil na Conmebol Libertadores, com derrotas nas duas primeiras partidas, contra The Strongest e Huachipato. A vitória sobre o Estudiantes fora de casa retomou a confiança. Então, veio a enchente. O futebol – e a vida de uma parcela dos gaúchos – parou por praticamente um mês devido à tragédia climática que vitimou 183 pessoas, deixou dezenas de desaparecidos e rastros de destruição em mais de 400 cidades. O Grêmio viu as águas do Guaíba invadirem seu centro de treinamentos e a Arena, algo até aquele momento impensável. O clube precisou se refugiar em São Paulo, no CT do Corinthians, para retomar as atividades. Os campeonatos não foram totalmente paralisados. O período itinerante deixou o elenco longe de casa e da torcida por 40 dias, ainda que neste momento alguns jogos disputados em Curitiba tiveram lotação máxima e "clima de Olímpico", como quem esteve presente no Couto Pereira descreveu. Da goleada por 4 a 0 sobre o The Strongest, em 29 de maio, até a vitória sobre o Criciúma por 1 a 0, em 25 de agosto, o Grêmio fez 26 jogos longe de Porto Alegre, sendo 14 como mandante. Além da capital paranaense, fez partidas "em casa" em Caxias do Sul, Chapecó e até Cariacica, no Espírito Santo. No período, contabilizou 10 vitórias, seis empates e 10 derrotas, um aproveitamento de 46%. Em uma situação hipotética, o desempenho é o mesmo do Bahia, oitavo colocado no Campeonato Brasileiro, que conquistou vaga na fase prévia da Conmebol Libertadores. Pipoca, Z-4, justificativas Entre junho e julho, Renato viveu o momento mais nebuloso à frente da equipe. Foi apenas uma vitória em 10 jogos, com direito a quatro derrotas seguidas, uma delas o Gre-Nal no Couto Pereira. No dia 10 de julho, após uma derrota constrangedora para o Cruzeiro em Caxias, torcedores jogaram pipoca no treinador. Dali em diante, o clima se tornaria hostil externamente até os momentos finais da temporada. O comandante gremista perdia a paciência a cada pergunta nas entrevistas coletivas e colecionava frases polêmicas. Tudo isso sem explicar de fato os motivos para o mau rendimento da equipe. As consequências da enchente para o Grêmio guiaram seu discurso para justificar atuações que nada tinham a ver com questões de fora do campo. Era o time que jogava mal. Não havia explicações, apenas confronto. Contabilize as eliminações nos pênaltis para Corinthians e Fluminense na fase oitavas de final de Copa do Brasil e Libertadores, respectivamente. Após o duelo contra o tricolor carioca no Maracanã, Portaluppi sugeriu a um repórter que assumisse seu lugar como treinador. No Brasileirão, a equipe patinava do meio para baixo na tabela, sempre flertando com a zona de rebaixamento. Depois da derrota na Arena para o futuro rebaixado Criciúma, em jogo atrasado que poderia dar fôlego ao time, desafiou que se colocasse Pep Guardiola, do Manchester City, no comando. Aliás, pela enésima vez Renato também comparou o nível de investimento do Grêmio com quem tem "500 milhões, 1 bilhão" para gastar. Sobre estratégias de jogo que poderiam mudar o contexto complicado, parcas e rasas frases. Nas redes sociais, virou brincadeira aguardar as coletivas para verificar o "bingo do Renato": quais assuntos novamente se repetiriam para explicar os resultados? Vaias, discussões e 148 gols sofridos Antes da vitória sobre o Atlético-GO, no dia 26 de outubro, parte dos fãs vaiou quando o nome do técnico foi anunciado nos alto-falantes da Arena. Em enquete que esteve no ar entre outubro e novembro no ge, a torcida se dividiu quase pela metade em relação à permanência do técnico para 2025. Foram cerca de 100 mil votos. A última polêmica envolveu até o presidente Alberto Guerra, que proferiu ofensas a um jornalista. Questionado sobre o ambiente de tensão, Renato chegou a falar em tom de intimidação à imprensa, apesar de depois afirmar que fora mal interpretado. Após a vitória sobre o São Paulo na antepenúltima rodada, retirou o volante Villasanti de uma entrevista que concedia na zona mista da Arena. Para fe)/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2024/8/w/HcvoGIT2Wr5avdycZ0hw/agif24112721232725.jpg"/>

Renato Portaluppi em empate do Grêmio com o Cruzeiro — Foto: Gilson Lobo/AGIF


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