Fora do G4, o Grêmio viu a possibilidade de marcar pontos fora de casa escapar nos detalhes. Por mais que estivesse jogando no Maracanã, o tricolor conseguiu dominar o jogo e impôs o ritmo da partida enquanto o placar estava 0x0. Entretanto, por seus próprios erros, permitiu o gol sofrido, e com ele, a perda do controle da partida.
Tenho observado isso do Grêmio há algum tempo: o time tem tudo sob controle enquanto nada foge do planejado, ou seja, enquanto não sofre o gol. O time tem ciência do que fazer, de quais jogadas trabalhar, por onde dar a saída de bola, para quem tocar... tudo muito bem treinado. No entanto, não está preparado para fazer isso quando está atrás no placar, menos ainda quando está sob pressão. Parece que acontece um apagão! Fica tudo preto, ninguém sabe para onde correr! A equipe demonstrou isso não só nesse jogo, mas contra Chapecoense e Criciúma também, quando estes dois apertaram a marcação. Significa que ela não tem a dita cuja maturidade que retratei em algum texto de dias atrás. Compreensível, porque ainda está em formação, mas precisa acelerar esse processo e corrigir seu comportamento em situações como essa.
Tanto isso é verdade que os erros aumentaram após o gol sofrido, muito embora eles já existissem antes dele. O lance do gol do Flamengo foi uma sucessão de falhas: a falta completamente desnecessária de Pedro Rocha (quase igual àquela que originou o gol da Chapecoense), o erro da zaga e a omissão de Grohe, que mais uma vez não saiu do gol numa bola que seria sua, na pequena área. Calma, Grohe é um grande jogador, sim, de fazer defesaças, mas isso não torna inexistente sua falha – e ele falhou. Depois disso, o Grêmio se perdeu, como vem se perdendo quando precisa correr atrás do prejuízo, e simplesmente desmantela-se em campo. Se desorganiza, se desespera.
Se não bastasse, Marcelo Oliveira tem feito uma falta gigantesca! Não que Marcelo Hermes seja um jogador ruim, apenas não está preparado. E, mesmo que muitos avaliem Galhardo como um bom jogador por causa dos seus lances de ataque, defensivamente ele compromete demais. Ele não tem aqueles erros gritantes, do tipo de dar uma rosca na bola e fazer um gol contra, por exemplo. Ele erra sutilmente, no seu posicionamento, no desalinhamento. Explico: o Grêmio tem um sistema de jogo no qual o lateral direito apoia e faz o ponta direita, enquanto o lateral esquerdo fica na linha de zaga e sobe muito eventualmente. Com Marcelo Oliveira, isso vinha dando certo, já sem ele a zaga tem ficado exposta e, por causa disso, vulnerável.
Com dois laterais que se posicionam mal defensivamente e estando mais ofensivo pela necessidade de correr atrás do resultado, acaba que o time fica desorganizado e desestabilizado em campo. Uma zaga só estará sólida quando confia nos laterais e volantes, assim como um goleiro, que só será seguro, com uma dupla de zaga bem estabilizada. Bem, isso é o que eu acredito, é uma opinião minha, então pode ser que eu esteja errada. Mas a harmonia de um time só se consegue com a estabilidade de todos seus setores – e assim é com a defesa também.
Mas não foi só isso. As substituições de Roger foram mal pensadas. É sabido que ele quase não tem opções, que não temos elenco e blá blá blá. Porém, a verdade é que após a saída de Douglas o Grêmio não teve mais nenhum poderio ofensivo. Não conseguiu prender a bola no campo adversário e, com isso, o Flamengo cresceu. Embora Douglas pouco tivesse feito em campo, a saída dele foi sentida. Mas por quê? Porque ele atraía dois marcadores para ele, talvez por designação de Cristóvão, sei lá, mas ele atraía. Pode ter feito quase nada com a bola, no entanto deixava nosso principal jogador, o Luan, livre. Giuliano, que também teve espaço, sentia mordidas da bola cada vez que ela encostava em seu pé: não é fácil dominar tubarões, eu entendo.
Ainda sobre as mexidas de Roger no time: a estratégia de colocar quatro milhões de atacantes quando o time está perdendo me lembra Abel Braga e eu não curto o Abelão. É preciso dar confiança ao time para que ele continue executando o planejado, O PLANEJADO! Aquilo que fazem quando está 0x0! Esse time precisa aprender a viver sob pressão! Está na hora de passar dessa fase de ter medo do escuro. Vamos, Grêmio, amadurece, Grêmio. Tu tá parecendo um bebê chorão.
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Tanto isso é verdade que os erros aumentaram após o gol sofrido, muito embora eles já existissem antes dele. O lance do gol do Flamengo foi uma sucessão de falhas: a falta completamente desnecessária de Pedro Rocha (quase igual àquela que originou o gol da Chapecoense), o erro da zaga e a omissão de Grohe, que mais uma vez não saiu do gol numa bola que seria sua, na pequena área. Calma, Grohe é um grande jogador, sim, de fazer defesaças, mas isso não torna inexistente sua falha – e ele falhou. Depois disso, o Grêmio se perdeu, como vem se perdendo quando precisa correr atrás do prejuízo, e simplesmente desmantela-se em campo. Se desorganiza, se desespera.
Se não bastasse, Marcelo Oliveira tem feito uma falta gigantesca! Não que Marcelo Hermes seja um jogador ruim, apenas não está preparado. E, mesmo que muitos avaliem Galhardo como um bom jogador por causa dos seus lances de ataque, defensivamente ele compromete demais. Ele não tem aqueles erros gritantes, do tipo de dar uma rosca na bola e fazer um gol contra, por exemplo. Ele erra sutilmente, no seu posicionamento, no desalinhamento. Explico: o Grêmio tem um sistema de jogo no qual o lateral direito apoia e faz o ponta direita, enquanto o lateral esquerdo fica na linha de zaga e sobe muito eventualmente. Com Marcelo Oliveira, isso vinha dando certo, já sem ele a zaga tem ficado exposta e, por causa disso, vulnerável.
Com dois laterais que se posicionam mal defensivamente e estando mais ofensivo pela necessidade de correr atrás do resultado, acaba que o time fica desorganizado e desestabilizado em campo. Uma zaga só estará sólida quando confia nos laterais e volantes, assim como um goleiro, que só será seguro, com uma dupla de zaga bem estabilizada. Bem, isso é o que eu acredito, é uma opinião minha, então pode ser que eu esteja errada. Mas a harmonia de um time só se consegue com a estabilidade de todos seus setores – e assim é com a defesa também.
Mas não foi só isso. As substituições de Roger foram mal pensadas. É sabido que ele quase não tem opções, que não temos elenco e blá blá blá. Porém, a verdade é que após a saída de Douglas o Grêmio não teve mais nenhum poderio ofensivo. Não conseguiu prender a bola no campo adversário e, com isso, o Flamengo cresceu. Embora Douglas pouco tivesse feito em campo, a saída dele foi sentida. Mas por quê? Porque ele atraía dois marcadores para ele, talvez por designação de Cristóvão, sei lá, mas ele atraía. Pode ter feito quase nada com a bola, no entanto deixava nosso principal jogador, o Luan, livre. Giuliano, que também teve espaço, sentia mordidas da bola cada vez que ela encostava em seu pé: não é fácil dominar tubarões, eu entendo.
Ainda sobre as mexidas de Roger no time: a estratégia de colocar quatro milhões de atacantes quando o time está perdendo me lembra Abel Braga e eu não curto o Abelão. É preciso dar confiança ao time para que ele continue executando o planejado, O PLANEJADO! Aquilo que fazem quando está 0x0! Esse time precisa aprender a viver sob pressão! Está na hora de passar dessa fase de ter medo do escuro. Vamos, Grêmio, amadurece, Grêmio. Tu tá parecendo um bebê chorão.
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Comentários
Comentários (1)
Tirando o elogio ao Marcelo Oliveira na lateral concordo com tudo.
Percebam que o Maicon sequer foi comentado, meia invisível, pois é no lugar deste cara que o Marcelo Oliveira TEM DE JOGAR. Por mais que elogiem o Marcelo hermes das vezes que vi jogar, continuo achando que quem tem FUTEBOL para jogar na lateral esquerda do Grêmio é o Junior, mas ele parece que sofre da mesma doença do Max Rodriguez e do Lincoln (tem empresário que o Rui Costa não aprova).
O Grêmio tem ótimas opções que o treinador não utiliza ou a direção bloqueia.
A direção poderia a QUALQUER MOMENTO trazer Alan Ruiz de volta ou renegociar com o Cebolla Rodriguez depois da Copa América e não o faz...
O Grêmio enquanto direção de futebol está CLARAMENTE decidido a apenas competir, para não chegar e para não cair e gastar bem pouco. É isso aí mesmo e não tem mais nada a acrescentar...
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