Pacotão do Gre-Nal: Nilmar The Flash, festa do penta e 'dia não' de F. Bastos

Inter venceu o Grêmio e sagrou-se pentacampeão gaúcho (Foto: infoesporte)

Mais uma vez, o Rio Grande do Sul foi pintado de vermelho. Neste domingo, o Inter venceu o Grêmio por 2 a 1, no Beira-Rio, para comemorar o pentacampeonato gaúcho com a torcida, no recorde de público do estádio remodelado. Um triunfo maiúsculo diante do maior rival, para consolidar o desempenho da equipe de Diego Aguirre ao longo do Gauchão: o Colorado foi dono da melhor campanha da primeira fase da competição. E para comprovar o sucesso da torcida mista, com torcedores rivais vibrando em paz diante de três gols e da conquista de uma taça.

A vitória no Gre-Nal 406 foi construída com um início avassalador da equipe, em especial, da dupla Valdívia e Nilmar, que balançou a rede duas vezes - um gol de cada - em 18 minutos. E poderia ter sido mais, não fosse grande defesa de Marcelo Grohe em cabeçada de Rodrigo Dourado. Pior para Fellipe Bastos, que mandou uma bola na trave e, na sequência, armou o contra-ataque rival, idealizado na alta velocidade do camisa 7 colorado. O Grêmio até teve as esperanças renovadas, com o gol de Giuliano no último lance do primeiro tempo, mas não seria suficiente. O Tricolor parou na falta de inspiração de seus meias e na boa defesa adversária. A segunda etapa ficou marcada por poucas chances dos dois lados e por algumas entradas duras. Nada que atrapalhasse a festa colorada pelo pentacampeonato gaúcho.

> Confira todos esses momentos abaixo:

DEFESAÇA DE GROHE

O Inter poderia ter construído vantagem ainda maior nos minutos iniciais, não fosse Marcelo Grohe. Logo aos 4 da primeira etapa, D'Alessandro lançou bola na área, em jogada ensaiada com Eduardo Sasha. O atacante completou para o meio da área, onde encontrou Rodrigo Dourado. Da risca da pequena área, o volante cabeceou à queima-roupa. O camisa 1 voou e, com muito reflexo, espalmou a bola, que ainda bateu no travessão.

ENDIABRADOS

A desorganização do Grêmio em seu sistema defensivo com muitos espaços para os rivais foi um prato cheio para que Valdívia e Nilmar formassem uma dupla endiabrada e explosiva dentro de campo. Tanto que os dois construíram a vitória colorada em 18 minutos. No primeiro gol, Nilmar invadiu a área a dribles e tocou para Valdívia. O meia devolveu para o atacante, que encobriu Grohe com um toquinho. Depois, o camisa 7 roubou a bola e disparou em velocidade até invadir a área e tocar para o companheiro completar para as redes.

DO QUASE CÉU AO INFERNO

Fellipe Bastos quase se tornou o herói do empate gremista ao cobrar falta na trave, aos 17 do segundo tempo. Viu seu protagonismo ruir. Na sequência do lance, ao dominar a bola no meio-campo, o volante tentou recuar para Matías Rodríguez, mas tocou muito curto. Nilmar aproveitou o erro infantil para roubar a bola e tocar para Valdívia aumentar a vantagem. Desorientado em campo, Bastos foi substituído aos 26 do primeiro tempo para o ingresso de Walace.

NILMAR THE FLASH

O segundo gol do Inter foi marcado por Valdívia, mas o que impressionou foi a velocidade de Nilmar no lance. Atento, o atacante aproveitou a bobeira de Bastos para roubar a bola. Na sequência, aplicou um drible da vaca em Matías e saiu em disparada até invadir a área e tocar para Valdívia mandar para as redes. O camisa 7 alcançou 38 km/h na arrancada.

ESPERANÇA GREMISTA

O Grêmio até teve seu suspiro de esperança na partida. No último lance da primeira etapa, Douglas cobrou falta na cabeça de Rhodolfo, que completou para boa defesa de Alisson. No rebote, Giuliano completou para as redes. O empate em 2 a 2 daria o título ao Tricolor.

FERROLHO COLORADO

O Inter não ganhou o jogo e o título apenas por seus ataques fulminantes com a velocidade de Valdívia e de Nilmar. Os colorados demonstraram segurança com um sistema defensivo sólido, que neutralizou as investidas gremistas com certa facilidade ao longo da partida. Um exemplo da boa atuação colorada e das dificuldades do Grêmio ocorreu no primeiro tempo: Braian Rodríguez foi lançado dentro da área para finalizar, mas se atrapalhou com a bola. O centroavante ainda tentou tocar para Giuliano, que marcado por quatro rivais, foi desarmado.

SARRAFOS EM SÉRIE

O clássico deste domingo também foi marcado por algumas entradas duras. E em sequência. Foram quatro sarrafos seguidos entre os 21 e os 27 minutos do segundo tempo. Valdívia foi um dos que mais sofreu, primeiro com Marcelo Oliveira, depois com Walace. O mesmo Valdívia faria falta violenta em Luan. Para completar, Geferson levantou a perna e acertou o rosto de Matías Rodríguez, em disputa na lateral.

TORCIDA MISTA

Após dois empates sem gols em clássicos anteriores, havia certa expectativa sobre como reagiriam os torcedores diante de um gol ou da conquista de um título na zona mista. E eles deram um exemplo de civilidade. Gremistas e colorados conviveram pacificamente em meio a comemorações pelos três tentos do clássico e, no caso dos vermelhos, pelo pentacampeonato gaúcho.

FESTA DO INTER

Após o apito final, os colorados irromperam em festa pelo pentacampeonato gaúcho dentro de campo, com direito a homenagens ao ex-dirigente Luiz Fernando Costa, morto em fevereiro, e D'Alessandro como "mestre de cerimônia" ao comandar a cantoria com um bumbo. Depois de D'Ale e Alex levarem a taça para celebrar com a torcida, à beira das arquibancadas, os colorados ainda voltaram para o campo para festejar com seus familiares.

MAU EXEMPLO

Mesmo diante dos pedidos de paz e do clima de civilidade na torcida mista, os gremistas que foram no setor dos visitantes deram um mau exemplo nas arquibancadas. Após a derrota por 2 a 1, os torcedores arrancaram ao menos 140 cadeiras e arremessaram contra os colorados.

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