Rivais e unidos: família Gre-Nal diz que faz apostas: "quem perder faz o jantar"

Arlete Vaccari e Polyana são gremistas. Vladmir Pagnoncelli e Danyelli são colorados. No domingo, vão se reunir com pipoca, chimarrão, zoeira e muito amo


Fonte: GE

Rivais e unidos: família Gre-Nal diz que faz apostas: quem perder faz o jantar
Família Gre-Nal de Rondônia (Foto: Arlete Vaccari/Arquivo Pessoal)

O município de Vilhena, interior de Rondônia, fica distante cerca de 700km da capital Porto Velho. E fica mais longe ainda (2.284km) de Porto Alegre (RS). Mas, é considerada um pedacinho do Sul na Amazônia. Com clima ameno, é possível ver churrasco com rodas de chimarrão. E as semelhanças se estendem ao futebol. Os corações da família Vaccari Pagnoncelli (mãe, pai e duas filhas gêmeas) tem espaço reservado para Grêmio e Internacional. Os dois times decidem o campeão gaúcho, no Beira Rio, neste domingo e, no Sul de Rondônia, os quatro não vão perder nenhum detalhe.

Naturais do Paraná, Arlete Vaccari e Vladmir Pagnoncelli trouxeram na bagagem o amor pelos times gaúchos. Eles se conheceram em Vilhena na década de 1980 e de lá pra cá colecionam memórias Gre-Nais. Torcer para times opostos nunca foi problema para o casal, até porque, no caso de Arlete, sua família já se dividia em torcedores dos dois times.

- Minha mãe é gremista, meu pai é Internacional, meu irmão Grêmio e minha irmã colorado. Eu gremista, e veio mais um Internacional. Casamos e vieram mais duas (as filhas gêmeas). E ele quis levar as duas para o "mau caminho", mas só foi uma – explica Arlete.


Família Gre-Nal de Rondônia (Foto: Arlete Vaccari/Arquivo Pessoal)

E em dia de Gren-Nal, a casa fica dividida. Junto com a mãe está Polyana, enquanto Danyelli completa o time colorado com o pai. Mas, Vladmir garante que as duas nasceram coloradas, mas foi convencida pela mãe a mudar de lado.

- Na verdade elas duas eram coloradas e uma ficou com dó da mãe e passou para o Grêmio - diz Vladmir Pagnoncelli,que tem na família o pai é santista, a mãe palmeirense, uma avó vascaína, um avô corintiano, e outro avô colorado, do qual herdou a paixão pelo clube aos 10 anos de idade. Antes chegou torcer para Flamengo e Corinthians.

E a zoeira em família vem de longa data. Arlete lembra que a paixão pelo Grêmio começou pelas cores do time e também por ver as comemorações dentro de casa, quando ainda era criança.

- Desde que eu me conheço por gente eu sou gremista. Tá no sangue. Meu pai chamava todos os vizinhos e fazia aquela janta para a gente assistir o Gre-Nal. Aí como minha mãe era do Grêmio ela chamava os amigos gremistas dela e o meu pai do Inter chamava os amigos dele que torciam para o Inter. Comecei a assistir futebol também, e eu era encantada pela cor azul, comecei a me apaixonar e a torcer pelo Grêmio - lembra a torcedora.

Em Rondônia, a família também se reúne em dias de Gre-Nais para ver quem se sai melhor no duelo. E é claro, apostas acontecem.

- A gente faz diversas apostas. Vamos supor, tem um Gre-Nal, e quem perder faz o jantar – diz Danyelli, a gêmea colorada, que segundo os pais, é mais esquentadinha em dia de jogo.

Rindo o pai lembra ainda que está devendo um jantar para a sogra gremista. E diz que, mesmo alfinetando quando o adversário perde, a rivalidade é sadia.

- Não dá pra assistir jogo com a Danyelli, ela é muito estressada. Começa a xingar os jogadores pela televisão - diz Vladmir, e Arlete completa: - Um dia da caça e outro do caçador.

No domingo, 3, a família acompanha a final do Gauchão, com direito a rivalidade, pipoca, chimarrão e muito amor. Quem perder, segundo Arlete, abaixa a cabeça e aguenta calado até a próxima partida.

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19/9/2024