Beira-Rio remodelado conhecerá, no domingo, seu primeiro campeão (Foto: Anderson Kbelo/Divulgação Inter)
Na hora da decisão, o torcedor se apega aos números e às crenças que mais lhe convém. O Gre-Nal do próximo domingo, que definirá o campeão gaúcho de 2015, traz um elemento novo para esse imaginário. Será a primeira taça a ser disputada no novo Beira-Rio, desde a reforma realizada para a Copa do Mundo. Ao Inter, caberá tentar repetir a história da decisão da versão original do estádio, enquanto o Grêmio precisará inverter a lógica das finais longe de casa, apoiando-se na última briga por título que se viu na Avenida Padre Cacique.
É inegável que essa novidade no Gre-Nal 406 apimenta ainda mais o clássico. Assim como ocorrera em 1969. Na ocasião, o Inter recebia o Grêmio para a decisão do Gauchão com a pressão de não perder o primeiro título da história do Beira-Rio, inaugurado meses antes. Curiosamente, o Gre-Nal da abertura do palco fora muito nervoso, com direito à briga generalizada, 20 expulsões e, claro, término antes dos 90 minutos.
Aquela noite de 17 de dezembro, uma incomum quarta-feira, não testemunhou tamanha algazarra, mas, notadamente, o nervosismo estava escorrendo pelos poros do estádio, muito em função das feridas abertas do clássico da pancadaria, empatado em 0 a 0. Qualquer igualdade, aliás, dava o título ao Inter, que ansiava por impedir o inédito octacampeonato do Grêmio.

Time campeão gaúcho pelo Inter em 1969, na primeira taça do Beira-Rio (Foto: Reprodução)
O criticado ponteiro Valdomiro teve um gol anulado por Zeno Escobar Barbosa. O protesto do lado vermelho foi geral, a ponto de o dirigente Ibsen Pinheiro cuspir ameaças ao árbitro, até contra a vida do assustado homem de preto. Invadiu o campo e tudo. Mas o 0 a 0 se manteve, e o Inter entraria na sua dourada década de 1970 embalado por um título.
Agora, 46 anos depois, jogadores jovens, como Eduardo Sasha, esperam repetir o feito do tempo em que não era nem nascido. Ou seja, ser campeão na primeira oportunidade em casa. Até porque a equipe de Diego Aguirre ainda não perdeu no Beira-Rio em 2015. Em 12 jogos, tem nove vitórias e empatou em três oportunidades. Foram 24 gols marcados e apenas 10 sofridos, com um aproveitamento de 83,33%.
- Motiva, com certeza. Buscamos o título. Não será diferente. Trabalhamos bem. Vamos seguir nesse caminho. O Inter é muito forte em casa. A torcida tem comparecido e o estádio estará lotado. Isso será importante para sairmos com o título - avalia Sasha.
Com o Grêmio, a história é outra. De pegar inspiração em raros momentos de comemoração na casa do rival. Desde os anos 1960, quando a dupla Gre-Nal começou a se enfrentar diretamente pela taça estadual. o Tricolor só fez a festa no Beira-Rio em duas oportunidades.
A primeira foi em 1980, no bicampeonato. Comandado em campo pelo Artilheiro de Deus, Baltazar, o Grêmio até poderia empatar com o Inter fora de casa. E assim aconteceu. O Tricolor segurou os mandantes e arrancou o necessário 0 a 0.

Pedro Júnior entrou para a história com gol no Beira-Rio, em 2006 (Foto: Reprodução/RBS TV)
A segunda vez que tal cenário ocorreu ainda mexe com o imaginário dos gremistas. Isso devido às semelhanças com o contexto atual. Em 2006, o Inter era favorito e dividia as atenções com a Libertadores. O primeiro jogo terminou sem gols na casa tricolor e qualquer empate com gols daria o título ao time de Mano Menezes. Caso o Grêmio levasse a taça, evitaria o pentacampeonato do rival. Até o árbitro será o mesmo no domingo, Leandro Vuaden.
Egresso do banco de reservas, Pedro Júnior empatou em 1 a 1 no segundo tempo, após gol inaugural de Fernandão, valendo-se do saldo qualificado. O Grêmio se tornou campeão. Outra curiosidade: foi a última decisão de título em Gre-Nal no Beira-Rio. Em 2014, o Inter poderia ter realizado a final já no estádio remodelado, mas optou pelo Centenário, em Caxias do Sul, sede do histórico 4 a 1.
- Nosso elenco mudou muito no ano passado, maioria dos jogadores não jogou lá. Estamos em uma crescente boa e acho que a gente merece. Fomos contestados, falaram que a gente nem classificaria. E estamos jogando uma final - valoriza o capitão Rhodolfo, remanescente da decisão do ano passado, na Serra.
Agora, é uma outra história. Ou uma nova velha história? Se for assim, os colorados sonham com 1969. Já os gremistas farão de tudo para reprisar 2006. Um empate sem gols leva aos pênaltis. Ao Grêmio, basta qualquer igualdade com gols, enquanto o Inter precisa vencer para se sagrar penta. O Gre-Nal 406 no Beira-Rio começa às 16h de domingo.
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Na hora da decisão, o torcedor se apega aos números e às crenças que mais lhe convém. O Gre-Nal do próximo domingo, que definirá o campeão gaúcho de 2015, traz um elemento novo para esse imaginário. Será a primeira taça a ser disputada no novo Beira-Rio, desde a reforma realizada para a Copa do Mundo. Ao Inter, caberá tentar repetir a história da decisão da versão original do estádio, enquanto o Grêmio precisará inverter a lógica das finais longe de casa, apoiando-se na última briga por título que se viu na Avenida Padre Cacique.
É inegável que essa novidade no Gre-Nal 406 apimenta ainda mais o clássico. Assim como ocorrera em 1969. Na ocasião, o Inter recebia o Grêmio para a decisão do Gauchão com a pressão de não perder o primeiro título da história do Beira-Rio, inaugurado meses antes. Curiosamente, o Gre-Nal da abertura do palco fora muito nervoso, com direito à briga generalizada, 20 expulsões e, claro, término antes dos 90 minutos.
Aquela noite de 17 de dezembro, uma incomum quarta-feira, não testemunhou tamanha algazarra, mas, notadamente, o nervosismo estava escorrendo pelos poros do estádio, muito em função das feridas abertas do clássico da pancadaria, empatado em 0 a 0. Qualquer igualdade, aliás, dava o título ao Inter, que ansiava por impedir o inédito octacampeonato do Grêmio.

Time campeão gaúcho pelo Inter em 1969, na primeira taça do Beira-Rio (Foto: Reprodução)
O criticado ponteiro Valdomiro teve um gol anulado por Zeno Escobar Barbosa. O protesto do lado vermelho foi geral, a ponto de o dirigente Ibsen Pinheiro cuspir ameaças ao árbitro, até contra a vida do assustado homem de preto. Invadiu o campo e tudo. Mas o 0 a 0 se manteve, e o Inter entraria na sua dourada década de 1970 embalado por um título.
Agora, 46 anos depois, jogadores jovens, como Eduardo Sasha, esperam repetir o feito do tempo em que não era nem nascido. Ou seja, ser campeão na primeira oportunidade em casa. Até porque a equipe de Diego Aguirre ainda não perdeu no Beira-Rio em 2015. Em 12 jogos, tem nove vitórias e empatou em três oportunidades. Foram 24 gols marcados e apenas 10 sofridos, com um aproveitamento de 83,33%.
- Motiva, com certeza. Buscamos o título. Não será diferente. Trabalhamos bem. Vamos seguir nesse caminho. O Inter é muito forte em casa. A torcida tem comparecido e o estádio estará lotado. Isso será importante para sairmos com o título - avalia Sasha.
Com o Grêmio, a história é outra. De pegar inspiração em raros momentos de comemoração na casa do rival. Desde os anos 1960, quando a dupla Gre-Nal começou a se enfrentar diretamente pela taça estadual. o Tricolor só fez a festa no Beira-Rio em duas oportunidades.
A primeira foi em 1980, no bicampeonato. Comandado em campo pelo Artilheiro de Deus, Baltazar, o Grêmio até poderia empatar com o Inter fora de casa. E assim aconteceu. O Tricolor segurou os mandantes e arrancou o necessário 0 a 0.

Pedro Júnior entrou para a história com gol no Beira-Rio, em 2006 (Foto: Reprodução/RBS TV)
A segunda vez que tal cenário ocorreu ainda mexe com o imaginário dos gremistas. Isso devido às semelhanças com o contexto atual. Em 2006, o Inter era favorito e dividia as atenções com a Libertadores. O primeiro jogo terminou sem gols na casa tricolor e qualquer empate com gols daria o título ao time de Mano Menezes. Caso o Grêmio levasse a taça, evitaria o pentacampeonato do rival. Até o árbitro será o mesmo no domingo, Leandro Vuaden.
Egresso do banco de reservas, Pedro Júnior empatou em 1 a 1 no segundo tempo, após gol inaugural de Fernandão, valendo-se do saldo qualificado. O Grêmio se tornou campeão. Outra curiosidade: foi a última decisão de título em Gre-Nal no Beira-Rio. Em 2014, o Inter poderia ter realizado a final já no estádio remodelado, mas optou pelo Centenário, em Caxias do Sul, sede do histórico 4 a 1.
- Nosso elenco mudou muito no ano passado, maioria dos jogadores não jogou lá. Estamos em uma crescente boa e acho que a gente merece. Fomos contestados, falaram que a gente nem classificaria. E estamos jogando uma final - valoriza o capitão Rhodolfo, remanescente da decisão do ano passado, na Serra.
Agora, é uma outra história. Ou uma nova velha história? Se for assim, os colorados sonham com 1969. Já os gremistas farão de tudo para reprisar 2006. Um empate sem gols leva aos pênaltis. Ao Grêmio, basta qualquer igualdade com gols, enquanto o Inter precisa vencer para se sagrar penta. O Gre-Nal 406 no Beira-Rio começa às 16h de domingo.
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