Felipão valoriza torcida mista e ignora críticas: "Não tenho nada a responder"

Felipão ignorou críticas de Piffero em entrevista coletiva (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)


Em vez de um Felipão contrariado, pronto para responder às críticas do presidente do Inter, Vitorio Piffero, um Felipão tranquilo e até bem humorado na entrevista coletiva desta sexta-feira, no CT Luiz Carvalho. A dois dias do Gre-Nal decisivo pela final do Guachão, o treinador evitou reverberar a polêmica criada após a declaração do mandatário rival, que afirmou que Scolari e os gremistas tentaram condicionar a arbitragem e os jogadores do Inter antes da partida.

Optou por exaltar o clima de civilidade que deve tomar o setor de torcida mista, onde gremistas e colorados torcerão lado a lado neste domingo, a partir das 16h, no Beira-Rio.

As reclamações de Piffero têm a ver com uma rusga entre D'Alessandro e Felipão, que trocaram algumas palavras no primeiro Gre-Nal, após falta cometida por Pedro Geromel no gringo. De acordo com o mandatário, o treinador proferiu xingamentos ao argentino. Scolari, por sua vez, não se sentiu "acusado" pelo rival.

- Não me vejo acusado. Parece uma coisa de eu ir a julgamento pela polícia ou pelo STJD. Quem sabe ele tenha manifestado sua contrariedade e o respeito, mas o que eu queria dizer é que: no futebol e na vida é que não pode existir impunidade. No jogo anterior, e em jogos que já passaram, quem falta com respeito a arbitragem deve ser punido. Eu, por exemplo, quando faltei com respeito, ou hipoteticamente imaginaram que faltei com respeito, fui excluído do jogo. É o normal de um jogo de futebol.

Provavelmente, o árbitro vai fazer o mesmo. É normal de ser punido quem faltar com respeito. Eu não tenho nada para responder. Eu fui excluído quando falei com o árbitro. O árbitro vai estar lá para punir quem não cumprir a regra - afirmou o treinador.

Quem respondeu às críticas de Piffero foi o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, que minimizou a declaração do mandatário rival. Alheio à polêmica criada pelas declarações dos dirigentes, Felipão exaltou o setor de torcida mista e pediu que cada vez mais os estádios tenham presença maior de torcedores visitantes em clássicos.

- Temos um exemplo maravilhoso das torcidas mistas. A torcida mista nesse gre-nal poderá deixar de existir ou ser uma situação que não agrade a muitos depois do jogo, porque haverá um vencedor. O que eu pediria e acho que podemos dar de exemplo é de que se nós formos vencedores, a torcida do Inter seja correta e entenda que o Grêmio foi melhor e vencedor e vice-versa. Nós técnicos continuaremos nosso bom nível de amizade e de carinho. O que espero é ver o que o Romildo vem trabalhando, que vivi há muitos anos, Que possamos ter num próximo ge-nal, 60% 40%, ou 70% por 30%, porque é muito bonito. É maravilhoso. Este é o exemplo que quero passar e viver nesse domingo. Tanto dentro de campo, com o Aguirre, e fora com as torcidas. Tem que sair predisposto a ganhar ou perder - pediu Felipão.

Felipão e D'Alessandro trocaram algumas palavras no primeiro Gre-Nal logo depois da falta cometida por Pedro Geromel, que resultou no cartão amarelo ao zagueiro. Mas tarde, o zagueiro acabou expulso por falta em Valdívia

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