
Nos anos 1970, o Inter de Falcão foi superior em termos de títulos estaduais (Foto: Agência RBS)
Está tudo calmo demais para ser verdade. Para ser Gre-Nal. Um exemplo dessa tranquilidade é que Grêmio e Inter vivem a expectativa pela decisão do Gauchão em boa fase e invictos há bom tempo. Mas tudo deve mudar após o apito final de Leandro Vuaden, no domingo. A velha gangorra do clássico sairá do "stand by" e voltará com tudo. Isso porque o título vale sequência histórica ou esperança de reprisar uma retomada.
Caso o Inter faça valer o fator local e vença por qualquer placar, será pentacampeão estadual, em série iniciada em 2011. Para se ter uma ideia da raridade do feito, a última vez que o Colorado chegou à tamanha sequência foi em 1973, há 42 anos (não há imagem em vídeo disponível). Antes da década de 1970, o Inter só conseguira o penta uma outra vez, em 1944. Há mais um alento na estatística. Nas duas oportunidades em que surgiu o pentacampeonato, o Inter não parou por aí. Ou seja, engatou sequência ainda maior.
Após 1944, ainda seria hexa em 1945, no auge do célebre time denominado como Rolo Compressor. Nos anos 1970, a superioridade foi ainda mais contundente. Após 1973, o Colorado conquistaria mais três estaduais, alcançando o octa, algo que ainda não foi repetido. O último time a ser penta no Gauchão foi o Grêmio, em 1989 - ainda seria hexa, em 1990, antes de ser destronado no ano seguinte.
Não há símbolo maior da década dourada do Inter, de 1970, do que Elias Figueroa. Dois oito títulos consecutivos, esteve presente nos seis últimos. Mais do que isso: em 24 clássicos, o zagueiro chileno só perdeu dois - um legítimo homem Gre-Nal.
Ajudou o Colorado a permanecer 17 embates sem perder, a maior série até hoje. Questionado sobre os segredos de tamanho retrospecto, o apreciador de vinhos é modesto.
- Quem chega no Inter sabe a pressão. Em time grande, sempre vai ter pressão. Os jogadores têm que estar acostumados. A torcida é muito exigente. Tem que ter uma parte psicológica muito boa. Quase nunca perdi Gre-Nal. Eu acho que isso ficou muito marcado. Eu gostava muito de jogar Gre-Nal. Tem que respeitar o rival, o Grêmio é sempre um rival de respeito. Mas também tem que saber que tem ganhar. Nunca entrar para empatar. É importante que o jogador entenda isso. Para mim, sempre foi especial, sempre dava algo a mais - receita, ao GloboEsporte.com.

Com o Grêmio, a história é inversa. Sem títulos há cinco anos, trata esse Gauchão como verdadeira Copa do Mundo. O presidente Romildo Bolzan Júnior inclusive reconhece que uma taça no próximo domingo pode significar uma retomada da dimensão vista em 1977. Na ocasião, o Tricolor impediu o nono título estadual do Inter.
Para tanto, brotou das entranhas do Olímpico uma verdadeira operação de guerra. Até porque não estava fácil a vida do Grêmio. O presidente Hélio Dourado não apenas concluiria as obras do Olímpico. Fez estádio. E montou time. A reconquista começou a tomar forma em 1976, com a contratação de Telê Santana. A ideia era conceber uma equipe experiente, capaz de mesclar raça e técnica. Uma equipe com o poder de desbancar o Inter.
Do Flamengo, surgiu o cerebral Tadeu Ricci. De Minas Gerais, o ainda jovem Éder trazia o seu chute potente. O último a chegar ao grupo é, hoje, o primeiro a ser lembrado. André Catimba deixou o Guarani para fazer um dos gols mais importantes da história do Grêmio, no embate decisivo, vencido por 1 a 0 em 25 de setembro de 1977.
Mas Telê manteve nomes como Ancheta, Yura e Tarciso. Este último, após um clássico em 1975, tascou frase até hoje lembrada: "Não aguento mais perder Gre-Nal". E não é que o Flecha Negra, tão machucado pelo Inter, perderia um pênalti durante a decisão? Menos mal que Catimba prometeu a ele: "vou fazer o gol e te salvar".
- O Grêmio nasceu ali, naquele jogo. Essa que é a verdade. O Grêmio vitorioso de hoje, forte contra todos os times, temido, campeão brasileiro, da América e do mundo surgiu ali, naquele gol, naquele jogo. Foi a virada do Grêmio. Para mim, o ano de 1977 é tão marcante quanto o ano de 1983 (dos títulos da Libertadores e do Mundial, com o próprio Tarciso de titular) - confidencia o ex-ponteiro, atleta que mais vestiu a camiseta tricolor.

André Catimba salta após marcar gol do fim de jejum (Foto: Armênio Abascal Meireles/Agência RBS)
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Está tudo calmo demais para ser verdade. Para ser Gre-Nal. Um exemplo dessa tranquilidade é que Grêmio e Inter vivem a expectativa pela decisão do Gauchão em boa fase e invictos há bom tempo. Mas tudo deve mudar após o apito final de Leandro Vuaden, no domingo. A velha gangorra do clássico sairá do "stand by" e voltará com tudo. Isso porque o título vale sequência histórica ou esperança de reprisar uma retomada.
Caso o Inter faça valer o fator local e vença por qualquer placar, será pentacampeão estadual, em série iniciada em 2011. Para se ter uma ideia da raridade do feito, a última vez que o Colorado chegou à tamanha sequência foi em 1973, há 42 anos (não há imagem em vídeo disponível). Antes da década de 1970, o Inter só conseguira o penta uma outra vez, em 1944. Há mais um alento na estatística. Nas duas oportunidades em que surgiu o pentacampeonato, o Inter não parou por aí. Ou seja, engatou sequência ainda maior.
Após 1944, ainda seria hexa em 1945, no auge do célebre time denominado como Rolo Compressor. Nos anos 1970, a superioridade foi ainda mais contundente. Após 1973, o Colorado conquistaria mais três estaduais, alcançando o octa, algo que ainda não foi repetido. O último time a ser penta no Gauchão foi o Grêmio, em 1989 - ainda seria hexa, em 1990, antes de ser destronado no ano seguinte.
Não há símbolo maior da década dourada do Inter, de 1970, do que Elias Figueroa. Dois oito títulos consecutivos, esteve presente nos seis últimos. Mais do que isso: em 24 clássicos, o zagueiro chileno só perdeu dois - um legítimo homem Gre-Nal.
Ajudou o Colorado a permanecer 17 embates sem perder, a maior série até hoje. Questionado sobre os segredos de tamanho retrospecto, o apreciador de vinhos é modesto.
- Quem chega no Inter sabe a pressão. Em time grande, sempre vai ter pressão. Os jogadores têm que estar acostumados. A torcida é muito exigente. Tem que ter uma parte psicológica muito boa. Quase nunca perdi Gre-Nal. Eu acho que isso ficou muito marcado. Eu gostava muito de jogar Gre-Nal. Tem que respeitar o rival, o Grêmio é sempre um rival de respeito. Mas também tem que saber que tem ganhar. Nunca entrar para empatar. É importante que o jogador entenda isso. Para mim, sempre foi especial, sempre dava algo a mais - receita, ao GloboEsporte.com.

Com o Grêmio, a história é inversa. Sem títulos há cinco anos, trata esse Gauchão como verdadeira Copa do Mundo. O presidente Romildo Bolzan Júnior inclusive reconhece que uma taça no próximo domingo pode significar uma retomada da dimensão vista em 1977. Na ocasião, o Tricolor impediu o nono título estadual do Inter.
Para tanto, brotou das entranhas do Olímpico uma verdadeira operação de guerra. Até porque não estava fácil a vida do Grêmio. O presidente Hélio Dourado não apenas concluiria as obras do Olímpico. Fez estádio. E montou time. A reconquista começou a tomar forma em 1976, com a contratação de Telê Santana. A ideia era conceber uma equipe experiente, capaz de mesclar raça e técnica. Uma equipe com o poder de desbancar o Inter.
Do Flamengo, surgiu o cerebral Tadeu Ricci. De Minas Gerais, o ainda jovem Éder trazia o seu chute potente. O último a chegar ao grupo é, hoje, o primeiro a ser lembrado. André Catimba deixou o Guarani para fazer um dos gols mais importantes da história do Grêmio, no embate decisivo, vencido por 1 a 0 em 25 de setembro de 1977.
Mas Telê manteve nomes como Ancheta, Yura e Tarciso. Este último, após um clássico em 1975, tascou frase até hoje lembrada: "Não aguento mais perder Gre-Nal". E não é que o Flecha Negra, tão machucado pelo Inter, perderia um pênalti durante a decisão? Menos mal que Catimba prometeu a ele: "vou fazer o gol e te salvar".
- O Grêmio nasceu ali, naquele jogo. Essa que é a verdade. O Grêmio vitorioso de hoje, forte contra todos os times, temido, campeão brasileiro, da América e do mundo surgiu ali, naquele gol, naquele jogo. Foi a virada do Grêmio. Para mim, o ano de 1977 é tão marcante quanto o ano de 1983 (dos títulos da Libertadores e do Mundial, com o próprio Tarciso de titular) - confidencia o ex-ponteiro, atleta que mais vestiu a camiseta tricolor.

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