Gre-Nal inverte papéis após 20 anos, e Felipão vê 'Banguzinho' virar rival

Em 1995, Grêmio de Felipão jogou final do Gauchão com time misto de curioso apelido enquanto o Inter usava força máxima, situação quase inversa em 2015


Fonte: GloboEsporte

Gre-Nal inverte papéis após 20 anos, e Felipão vê Banguzinho virar rival
O mistério promovido por Diego Aguirre sobre quantos titulares absolutos podem estar no Gre-Nal 405 de domingo faz o clássico rumar a uma viagem no tempo. Há 20 anos, quando era o Grêmio que poupava peças de olho na Libertadores. Os papéis se inverteram, mas um personagem está novamente no centro das atenções: Luiz Felipe Scolari.

Ao ser campeão na tarde de 13 de agosto de 1995, Felipão consagrou o Banguzinho, apelido que surgiu nos bastidores do próprio clube para designar a equipe alternativa que atuava no Gauchão. Quem fez o batismo foi o volante reserva André Vieira.

Durante o estadual, o treinador costumava usar, no máximo, três titulares por partida, algo incomum à época. Deixava a formação principal para a Libertadores, da qual sairia campeão. Mesmo com suplentes, também chegou à decisão do estadual e com campanha superior ao do rival, o que lhe permitiu realizar a grande final em casa.

O mesmo vale para Aguirre neste ano, diante de Felipão. Elegeu um time para a Libertadores, outro para o Gauchão e aporta na decisão com mais pontos no geral do que o Tricolor. As coincidências prosseguem. Em 1995, o Inter só tinha o estadual como a salvação do semestre e, tal qual o Tricolor neste ano, passava por corte de gastos, inclusive nos reforços.

Reserva Gelson disputa bola com o titular Marcelo Rosa (Foto: Guaracy Andrade/Agência RBS)

Após empatar em 1 a 1 no jogo de ida, no Beira-Rio, Felipão ousou no Olímpico. Chegou a anunciar um time com apenas dois titulares (Rivarola e Dinho). Mas ainda colocaria mais três peças importantes (Carlos Miguel, Paulo Nunes e Roger) - recurso do qual Aguirre também deve se valer para domingo. O elemento surpresa funcionou. Nildo abriu o placar, Zé Alcino empatou, mas Carlos Miguel, um dos titulares que não iria jogar, deu números finais. O título foi mais do que merecido, com o Tricolor superior o tempo todo.

A conquista deu outro status a Felipão naquele ano e consolidou sua trajetória já ascendente desde 1994 - nem a perda da Copa do Brasil dias antes para o Corinthians foi capaz de manchar. O fato de sustentar uma boa campanha com time alternativo e suplantar o rival na decisão com equipe mista o tornou queridinho da imprensa na segunda-feira após o clássico. "Estilo Luiz Felipe se consagra no final", dizia o jornal Zero Hora, enquanto tecia críticas a Abel Braga.

- Em 95, o Grêmio foi campeão. O Inter está jogando como pode ser dito? Misto, reserva... E ganhou até aqui. Pode jogar com esse time, e ganhar. Fazendo parte do grupo do Inter, do Grêmio, disputando um campeonato, são os escolhidos com boa condição e com qualidade. Não interessa quem seja Qual o misto? Chama-se Anderson? Rever? O misto chama-se Lisandro? Quem? - minimizou Felipão, na sexta-feira, pouco à vontade em comparar momentos, embora, sem dúvida, aprovasse o mesmo final para ele, a despeito de qual time levar a campo.

> As escalações de 13 de agosto de 1995:

Grêmio: Silvio; Marco Antônio (Alexandre), Luciano, Rivarola e Roger; Dinho, Gelson, Vagner Mancini e Carlos Miguel; Paulo Nunes (Arce) e Nildo.

Inter: Goycochea; Marcão, Argel, Jonílson e César Prates; Márcio, Marcelo (Vágner), Zé Alcino (Caíco) e Nando; Mazinho Loyola e Leandro.

Felipão faz oração com jogadores no vestiário após o título do Gauchão (Foto: Julio Cordeiro/Agência RBS)

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