Entre presidentes de federação,Del Nero é cumprimentado por Marin em sua posse na CBF
Presidente da CBF, Marco Polo Del Nero defendeu a decisão da última gestão, de José Maria Marin, de remunerar mensalmente os presidentes de federações do país. Com salário de R$ 11 mil por mês, os dirigentes têm liberdade para utilizarem a verba da forma como quiserem.
Uma das justificativas do mandatário é de que eles recebem muitos convites, como de casamentos, por representarem o futebol brasileiro, e precisam de recursos para se deslocarem. Além desse valor, as entidades estaduais recebem ainda mais duas ajudas: uma mesada fixa mensal de R$ 50 mil e uma variante, que depende do projeto apresentado.
Sobre o seu próprio salário, que é de cerca de R$ 200 mil, o mandatário da confederação afirmou que é "muito pouco" diante de toda a "dedicação" ao trabalho.
Veja abaixo trecho da entrevista exclusiva com o presidente da CBF:
Vocês começaram agora a remunerar presidentes de federações, como foi tomada essa decisão?
Na reunião de diretoria, com o Marin. Na primeira e única que teve na época do Marin.
Você acha isso certo?
Institucionalmente, sim. O ruim é quando você faz remuneração por baixo do pano, escondido. É uma remuneração independente. Isso é institucional.
O presidente de um clube e um diretor de futebol de um time não recebem nenhum salário. Não é estranho a CBF pagar isso para os seus filiados?
Não, não acho estranho. A gente segue um padrão internacional.
Que padrão é esse?
Um padrão internacional. Do mundo do futebol, de todas as confederações do mundo.
E qual é o valor? R$ 11 mil?
Não vou te dar valor, mas é insignificante. É como uma verba de representação.
E fora essa verba, ainda tem a mesada que vocês pagam para as federações...
Sim. Tem uma verba fixa e uma verba variante. Quando há algum projeto, por exemplo, de uma reforma de federação, é um outro valor, que você estuda e que você ajuda. Isso acontece com a Fifa também. Isso acontece em todas as federações do mundo. Tudo para fomentar o futebol.
Essa remuneração mensal também aumenta os gastos com salários, não é?
É muito insignificante perto de todas as obrigações do dia a dia. É bem justa para eles, porque eles representam a entidade. A gente tem de tornar as coisas mais profissionais. Essa remuneração é para diversas utilidades. Eles recebem convites de casamento, recebem convites de não sei o que, é pra esse tipo de coisa. Eles têm a liberdade pra gastar. Se eles não usarem esse dinheiro que estamos dando, eles vão tirar da federação. Nós não queremos que eles tirem das federações dinheiro para esse tipo de coisa.
E eles têm de provar como gastaram?
Não. É uma verba fixa e eles usam como precisam.
A partir do momento que vocês decidem dar essa remuneração, o que vocês esperam das federações?
A gente vai buscar que elas prestem contas de todos os valores da federação. Quando há uma reforma, a gente já tem todas as contas. Mas não temos o do valor fixo. Queremos ver no que eles estão gastando.
Com essa remuneração mensal aos presidentes, não se pode criticar a CBF por estar em uma tentativa de aliciamento das federações?
Não, não tem nada a ver. Se fosse isso, a gente teria feito no ano eleitoral. E não fizemos. Fizemos nesse ano, depois que eu fui eleito.
E não foi uma promessa de campanha?
Não, não. De forma alguma. Foi uma surpresa.
Surpresa?
Surpresa pra eles. Eles não sabiam que a entidade pensava assim, que pensava em remunerá-los. Estamos pensando em nível internacional.
E você concordou com essa decisão?
Sim, claro.
E o Marin?
Também. Ele era o presidente.
Você também é remunerado. Há quem critique os salários dos jogadores. Não é muito alto o que você recebe?
É muito pouco, né? Perto do que eu deixo de... Na verdade eu não deixo, eu continuo tendo minha remuneração no meu escritório. Mas eu tenho me dedicado muito no esporte, profundamente, totalmente. Eu praticamente não dou atenção ao escritório. Quase nada. Mas eu recebo também do escritório.
NR: Seu salário é de cerca de R$ 200 mil.
Você acha justo o valor?
É... Vamos chamar de justo, sim.
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Presidente da CBF, Marco Polo Del Nero defendeu a decisão da última gestão, de José Maria Marin, de remunerar mensalmente os presidentes de federações do país. Com salário de R$ 11 mil por mês, os dirigentes têm liberdade para utilizarem a verba da forma como quiserem.
Uma das justificativas do mandatário é de que eles recebem muitos convites, como de casamentos, por representarem o futebol brasileiro, e precisam de recursos para se deslocarem. Além desse valor, as entidades estaduais recebem ainda mais duas ajudas: uma mesada fixa mensal de R$ 50 mil e uma variante, que depende do projeto apresentado.
Sobre o seu próprio salário, que é de cerca de R$ 200 mil, o mandatário da confederação afirmou que é "muito pouco" diante de toda a "dedicação" ao trabalho.
Veja abaixo trecho da entrevista exclusiva com o presidente da CBF:
Vocês começaram agora a remunerar presidentes de federações, como foi tomada essa decisão?
Na reunião de diretoria, com o Marin. Na primeira e única que teve na época do Marin.
Você acha isso certo?
Institucionalmente, sim. O ruim é quando você faz remuneração por baixo do pano, escondido. É uma remuneração independente. Isso é institucional.
O presidente de um clube e um diretor de futebol de um time não recebem nenhum salário. Não é estranho a CBF pagar isso para os seus filiados?
Não, não acho estranho. A gente segue um padrão internacional.
Que padrão é esse?
Um padrão internacional. Do mundo do futebol, de todas as confederações do mundo.
E qual é o valor? R$ 11 mil?
Não vou te dar valor, mas é insignificante. É como uma verba de representação.
E fora essa verba, ainda tem a mesada que vocês pagam para as federações...
Sim. Tem uma verba fixa e uma verba variante. Quando há algum projeto, por exemplo, de uma reforma de federação, é um outro valor, que você estuda e que você ajuda. Isso acontece com a Fifa também. Isso acontece em todas as federações do mundo. Tudo para fomentar o futebol.
Essa remuneração mensal também aumenta os gastos com salários, não é?
É muito insignificante perto de todas as obrigações do dia a dia. É bem justa para eles, porque eles representam a entidade. A gente tem de tornar as coisas mais profissionais. Essa remuneração é para diversas utilidades. Eles recebem convites de casamento, recebem convites de não sei o que, é pra esse tipo de coisa. Eles têm a liberdade pra gastar. Se eles não usarem esse dinheiro que estamos dando, eles vão tirar da federação. Nós não queremos que eles tirem das federações dinheiro para esse tipo de coisa.
E eles têm de provar como gastaram?
Não. É uma verba fixa e eles usam como precisam.
A partir do momento que vocês decidem dar essa remuneração, o que vocês esperam das federações?
A gente vai buscar que elas prestem contas de todos os valores da federação. Quando há uma reforma, a gente já tem todas as contas. Mas não temos o do valor fixo. Queremos ver no que eles estão gastando.
Com essa remuneração mensal aos presidentes, não se pode criticar a CBF por estar em uma tentativa de aliciamento das federações?
Não, não tem nada a ver. Se fosse isso, a gente teria feito no ano eleitoral. E não fizemos. Fizemos nesse ano, depois que eu fui eleito.
E não foi uma promessa de campanha?
Não, não. De forma alguma. Foi uma surpresa.
Surpresa?
Surpresa pra eles. Eles não sabiam que a entidade pensava assim, que pensava em remunerá-los. Estamos pensando em nível internacional.
E você concordou com essa decisão?
Sim, claro.
E o Marin?
Também. Ele era o presidente.
Você também é remunerado. Há quem critique os salários dos jogadores. Não é muito alto o que você recebe?
É muito pouco, né? Perto do que eu deixo de... Na verdade eu não deixo, eu continuo tendo minha remuneração no meu escritório. Mas eu tenho me dedicado muito no esporte, profundamente, totalmente. Eu praticamente não dou atenção ao escritório. Quase nada. Mas eu recebo também do escritório.
NR: Seu salário é de cerca de R$ 200 mil.
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