Amigo de Suárez, Braian evita comparações com Barcos: "Quero construir minha história no Grêmio"

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O Grêmio foi buscar seu camisa 9 para 2015 no celeiro uruguaio de centroavantes. Nascido em Salto, mesma origem de Cavani e Luis Suárez, Braian Rodríguez traz no sangue a paixão pelo futebol e a convicção de que conseguirá se tornar a referência ofensiva da equipe de Felipão. Com um gol marcado nos seus primeiros três jogos, o centroavante está escalado para enfrentar o Novo Hamburgo, às 22h, nesta quarta-feira no Estádio do Vale.

A paixão pela bola veio do pai. Enquanto os amigos Artigas Rodríguez e Rodolfo Suárez treinavam entre os profissionais do Deportivo Artigas, os filhos Braian e Luis brincavam na beira do gramado.

— Lembro de ir aos treinamentos pequenino e ver aquela atmosfera. Isso que me chamou a atenção para o futebol. Meu pai era goleiro, mas eu fui para a outra ponta (risos) — brinca Braian.

Após as mudanças dos Suárez para Montevidéu, quando ambos tinham nove anos, a família Rodríguez se manteve nas fileiras do clube. Braian fez toda sua formação no clube que o pai defendeu. Aos 17 anos, surgiu a oportunidade e ele partiu para atuar no Cerro. O reencontro com Luisito só aconteceu mais tarde, e dentro de campo.

— Só voltamos a nos ver quando nos enfrentamos, eu no Cerro e ele no Nacional — relembra.

Após rodar por 11 clubes em seus quase 10 anos como profissional, Braian não se considera um andarilho, exalta as passagens marcadas pelos títulos nacionais no Uruguai com Peñarol, Universidad San Martín-PER e Huachipato-CHI.

— Não queria deixar passar nenhuma oportunidade de aproveitar outros países. Isso sempre me chamou a atenção e me levou a jogar também na Espanha, uma liga que eu sonhava em atuar e consegui — afirma.

Emprestado pelo Bétis até junho de 2016, Braian receberá a mulher Raquel e a filha Delfina, de apenas seis meses, neste final de semana para terminar a mudança para o apartamento adquirido em Porto Alegre. E se tudo der certo, mais do que ocupar o espaço deixado após a saída de Barcos, o uruguaio também quer garantir uma longa trajetória no futebol brasileiro.

— O que vim fazer é deixar meu nome aqui. Barcos é Barcos, sabemos o que ele fez aqui. Mas com minha dedicação nos treinos e jogos também quero construir minha história no Grêmio.

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