
A tensão toma conta do ambiente do Grêmio às vésperas do primeiro Gre-Nal do ano. O Tricolor chega ao clássico pressionado pela sequência negativa de três jogos sem vencer dentro de casa e pela má arrancada no Gauchão. Ainda vê o técnico Felipão clamar por contratações. Enquanto aguarda os "três a quatro" reforços prometidos pela diretoria, Scolari encontra na pouca idade de seus comandados, em relação aos demais rivais no Campeonato Gaúcho, uma das razões para atenuar as cobranças diante do desempenho abaixo do esperado, que o leva à oitava colocação. Uma tese confirmada pelos números. De acordo com levantamento do GloboEsporte.com, o elenco gremista é o que apresenta a menor média de idade entre os 16 clubes que integram o estadual (confira a tabela abaixo).
Os números estão aí para provar. Recheado por garotos recém promovidos das categorias de base, o grupo do Tricolor, composto por 33 integrantes, tem média de 21,9 anos. É o único que conta com apenas um jogador com mais de 30 anos, o meia Douglas, que festejou o 33º aniversário na vitória por 2 a 0 sobre o Passo Fundo, na última quarta-feira. Não para por aí. O Grêmio conta com o atleta mais jovem da competição, Lincoln, nascido em novembro de 1998, com 16 anos. O goleiro Thiago Rodrigues, do Caxias, também tem 16 anos, mas nasceu em outubro. O mais veterano é Dida, do Inter, com 41.

De acordo com Scolari, a diferença de idade acaba explicando a disparidade de biotipos entre os garotos e jogadores mais experientes na competição. Ao menos foi essa a justificativa encontrada pelo treinador após o 0 a 0 com o Juventude, na segunda-feira, na Arena. Na ocasião, jovens como Pedro Rocha, 20 anos, e Everaldo, 23, sofreram diante de um rival bem fechado e liderado pelo experiente zagueiro Pereira, de 35 anos.
- É preciso ter um pouco mais de experiência. Os jogos do Gauchão, se fizerem uma estatística de média de alturas, o biotipo escolhido é muito interessante. Há muitos anos, não via as equipes do interior com biotipos tão bom e com possibilidades de rivalizar com a dupla como estão fazendo. Nós estamos precisando organizar a nossa equipe com jogadores que já têm bagagem para enfrentar esse tipo de situação. Não se pode cobrar dos meninos que entrem contra jogadores de 30 anos, que já jogaram em tudo que é time e que eles sejam o diferencial. Eles são os acessórios - avaliou Felipão.
Há, porém, ressalvas à teoria lançada pelo treinador gremista. A começar pelo São José, líder do campeonato, que é a segunda equipe com a menor média de idade, ao lado do Aimoré, décimo colocado, com 23,5. O próprio Juventude, rival da segunda, embora apresenta veteranos, ainda tem o terceiro elenco mais jovem. A favor de Felipão, no entanto, está a diferença considerável da média entre Grêmio e Zequinha, de 1,6. O Inter tem grupo com média de 25,3 anos.
Em comparação, o elenco mais velho, por média, é o do Brasil de Pelotas, que se mantém praticamente inalterado há três temporadas. Somadas as idades dos 25 atletas do elenco xavante, a média fica em 29 anos. Não à toa, o grupo comandado por Rogério Zimmermann recebeu elogios de Scolari após bater o Grêmio na Arena por 1 a 0.
Sem dinheiro, aposta foi nos jovens

Após o fim do Brasileirão e a não classificação à Libertadores, Felipão foi um dos entusiastas do novo projeto, encabeçado pelo presidente Romildo Bolzan Júnior, de corte profundo nos gastos, com expectativa de reduzir em até 40% a folha salarial. O Grêmio chegou a liberar 11 atletas do elenco principal do ano passado, sem contar os jogadores que não estavam sendo aproveitados e que também deixaram o clube. Em contrapartida, houve quatro contratações. Tudo parecia no caminho certo até os resultados de campo e as vendas surpresas de Barcos e Moreno para a China darem fim à calmaria.
Em meio às cobranças por parte da torcida, o treinador procura tomar para si e para a diretoria as responsabilidades pelo momento conturbado neste início de temporada. Scolari aguarda a chegada dos reforços e o retorno de atletas que seguem em recuperação no departamento médico para "encorpar" a equipe no Gauchão. A direção acelerou o garimpo e já admite ter lançado propostas oficiais para reforçar, sobretudo, o ataque.
- Daqui a 15 ou 20 dias, vou ter uma equipe com jogadores que vão dar mais sustentação aos jovens. (O momento) Preocupa um pouco, porque a torcida pode cobrar mais. Mas quem tem que ser cobrado agora sou eu, o presidente Romildo Bolzan, e o (diretor executivo) Rui Costa. Fomos nós que investimos nesse projeto - ressalta.
O Grêmio volta aos treinos na tarde desta quarta-feira. O duelo com o Inter, válido pela oitava rodada, é no domingo, às 18h30, no Beira-Rio.
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Os números estão aí para provar. Recheado por garotos recém promovidos das categorias de base, o grupo do Tricolor, composto por 33 integrantes, tem média de 21,9 anos. É o único que conta com apenas um jogador com mais de 30 anos, o meia Douglas, que festejou o 33º aniversário na vitória por 2 a 0 sobre o Passo Fundo, na última quarta-feira. Não para por aí. O Grêmio conta com o atleta mais jovem da competição, Lincoln, nascido em novembro de 1998, com 16 anos. O goleiro Thiago Rodrigues, do Caxias, também tem 16 anos, mas nasceu em outubro. O mais veterano é Dida, do Inter, com 41.

De acordo com Scolari, a diferença de idade acaba explicando a disparidade de biotipos entre os garotos e jogadores mais experientes na competição. Ao menos foi essa a justificativa encontrada pelo treinador após o 0 a 0 com o Juventude, na segunda-feira, na Arena. Na ocasião, jovens como Pedro Rocha, 20 anos, e Everaldo, 23, sofreram diante de um rival bem fechado e liderado pelo experiente zagueiro Pereira, de 35 anos.
- É preciso ter um pouco mais de experiência. Os jogos do Gauchão, se fizerem uma estatística de média de alturas, o biotipo escolhido é muito interessante. Há muitos anos, não via as equipes do interior com biotipos tão bom e com possibilidades de rivalizar com a dupla como estão fazendo. Nós estamos precisando organizar a nossa equipe com jogadores que já têm bagagem para enfrentar esse tipo de situação. Não se pode cobrar dos meninos que entrem contra jogadores de 30 anos, que já jogaram em tudo que é time e que eles sejam o diferencial. Eles são os acessórios - avaliou Felipão.
Há, porém, ressalvas à teoria lançada pelo treinador gremista. A começar pelo São José, líder do campeonato, que é a segunda equipe com a menor média de idade, ao lado do Aimoré, décimo colocado, com 23,5. O próprio Juventude, rival da segunda, embora apresenta veteranos, ainda tem o terceiro elenco mais jovem. A favor de Felipão, no entanto, está a diferença considerável da média entre Grêmio e Zequinha, de 1,6. O Inter tem grupo com média de 25,3 anos.
Em comparação, o elenco mais velho, por média, é o do Brasil de Pelotas, que se mantém praticamente inalterado há três temporadas. Somadas as idades dos 25 atletas do elenco xavante, a média fica em 29 anos. Não à toa, o grupo comandado por Rogério Zimmermann recebeu elogios de Scolari após bater o Grêmio na Arena por 1 a 0.
Sem dinheiro, aposta foi nos jovens

Após o fim do Brasileirão e a não classificação à Libertadores, Felipão foi um dos entusiastas do novo projeto, encabeçado pelo presidente Romildo Bolzan Júnior, de corte profundo nos gastos, com expectativa de reduzir em até 40% a folha salarial. O Grêmio chegou a liberar 11 atletas do elenco principal do ano passado, sem contar os jogadores que não estavam sendo aproveitados e que também deixaram o clube. Em contrapartida, houve quatro contratações. Tudo parecia no caminho certo até os resultados de campo e as vendas surpresas de Barcos e Moreno para a China darem fim à calmaria.
Em meio às cobranças por parte da torcida, o treinador procura tomar para si e para a diretoria as responsabilidades pelo momento conturbado neste início de temporada. Scolari aguarda a chegada dos reforços e o retorno de atletas que seguem em recuperação no departamento médico para "encorpar" a equipe no Gauchão. A direção acelerou o garimpo e já admite ter lançado propostas oficiais para reforçar, sobretudo, o ataque.
- Daqui a 15 ou 20 dias, vou ter uma equipe com jogadores que vão dar mais sustentação aos jovens. (O momento) Preocupa um pouco, porque a torcida pode cobrar mais. Mas quem tem que ser cobrado agora sou eu, o presidente Romildo Bolzan, e o (diretor executivo) Rui Costa. Fomos nós que investimos nesse projeto - ressalta.
O Grêmio volta aos treinos na tarde desta quarta-feira. O duelo com o Inter, válido pela oitava rodada, é no domingo, às 18h30, no Beira-Rio.
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