Em um dos últimos testes antes da Copa, Brasil goleia Panamá, com show de Neymar
Eliminação da Copa do Mundo, desastre na Copa América, troca de treinador, ascensão na Copa das Confederações e confiança para a Copa no Brasil. Nos últimos quatro anos, a Seleção Brasileira passou por altos e baixos, viveu momentos de crise, foi desacreditada e chega às vésperas da Copa do Mundo como favorita. Um caminho árduo em favor de um bem maior. Ser campeão na Copa realizada no Brasil virou obrigação.
O fim de um ciclo
A derrota sofrida pelo Brasil para a Holanda nas quartas-de-finais da Copa do Mundo na África do Sul foi um balde de água fria ao torcedor brasileiro. Começou uma procura por culpados, muitos viraram vilões e foi a Comissão Técnica liderada pelo técnico Dunga, os responsabilizados. Todos sabiam que o próximo mundial seria em casa e a pressão pelo Hexa, começava a ficar mais forte. Era necessário começar um novo trabalho sem perder tempo. Visto como um dos melhores treinadores do Brasil, o técnico Muricy Ramalho foi o convidado a assumir o comando da amarelinha. O contrato vigente com o Fluminense, porém, foi um empecilho para que Muricy largasse o clube. Segunda opção, o então treinador do Corinthians, Mano Menezes, recebeu o convite recusado por Muricy e aceitou o desafio.
O Começo Decepcionante
Ninguém imaginava que a "era Mano Menezes" na Seleção seria tão desanimadora. Até porque ao assumir a Seleção, o treinador teve uma sequência de três vitórias e no ano de 2010 perdeu apenas para a grande rival, Argentina. Foram quatro jogos com três vitórias.
Com a proposta de renovação, o treinador trouxe à Seleção os jovens que seu antecessor havia ignorado. Neymar, Ganso, Pato e Lucas eram unanimidade entre os torcedores. Caiu a média de idade e medalhões de outras Copas, perderam o espaço.
A terrível Copa América de 2011
Esse é um episódio que muitos torcedores gostariam de esquecer. A campanha vergonhosa da Seleção Brasileira na Copa América de 2011 começou a levantar questionamentos sobre a competência do treinador. O grupo era talentoso, mas os resultados não apareciam.
Na primeira fase da Copa América, o Brasil empatou 2 jogos e venceu apenas o Equador. Já na fase seguinte, empatou de zero a zero com o Paraguai e na cobrança de pênaltis, um desastre. O time brasileiro perdeu todas as penalidades e foi desclassificado.
Depois disso, em 2011, o Brasil disputou 10 amistosos. Ganhou 7, contra países considerados fracos ou fraquíssimos (Romênia, Egito e Gana, por exemplo). Empatou contra a Seleção de Países Baixos. E perdeu para França e Alemanha.
Em 2012 a desconfiança aumenta
A relação do técnico da Seleção Brasileira com a torcida não andava boa. Questionamentos de todos os lados assombravam o treinador. Em 2012, mais uma decepção. O segundo lugar nas Olimpíadas de Londres foi outro baque. O trabalho não satisfazia. Durante o ano, houve 12 amistosos, o Brasil venceu 9 disputas. Os placares eram elásticos, teve algumas goleadas inacreditáveis.
Mas o número não correspondiam com o que se apresentava dentro de campo, e aumentava a insatisfação da torcida. Os testes com times fracos, pareciam não ajudar na preparação para a Copa do Mundo.
Saí Mano, volta Felipão
A desconfiança era enorme. Poucos brasileiros acreditavam que aquele grupo conquistaria a próxima Copa do Mundo. O treinador era o principal culpado. Sem acreditar no trabalho de Mano Menezes, a CBF desfez o contrato com o técnico no fim de 2012. Mano Menezes deixou a Seleção Brasileira, sem conseguir mostrar o trabalho que o levou ao posto.
Na última semana de 2012, veio o substituto. A CBF anuncia Luiz Felipe Scolari como novo técnico da Seleção. O treinador que conquistou o Pentacampeonato em 2002, voltava com o desafio de vencer mais uma Copa, dessa vez, no Brasil. O novo treinador não foi unanimidade, muitos o questionavam, mas a maioria confiava na "estrela" de Felipão.
Um Começo Fora do Script
O começo de Felipão em seu segundo trabalho na Seleção não foi um dos mais animadores. Nos três primeiros jogos, perdeu para Inglaterra e empatou com Itália e Rússia. Todos sabiam que o tempo era curto até a Copa, então, a grande chance era essa. O Felipão precisava da confiança da torcida e a torcida precisava confiar no técnico. O técnico então, começou um trabalho para essa troca com a torcida, exalava confiança e pedia para a torcida apoiar. Sob nova direção, o Brasil jogou 12 amistosos, venceu 6, empatou 4 e perdeu duas vezes. Mas foi na Copa das Confederações que a desconfiança perdeu de vez o espaço e o grupo passou a ser respeitado.
A Ascensão
A grande final era com a atual Campeã do Mundo. A Seleção de Felipão teria que passar pela toda-poderosa Espanha para tornar-se campeão da Copa das Confederações. Depois de passar por Japão, México, Itália e Uruguai, era vez de medir forçar contra a Fúria. Mas antes disso, o Brasil já tinha ganhado o maior prêmio para uma seleção que almeja a Copa do Mundo. O apoio da torcida em todos os jogos da Copa das Confederações era uma conquista a ser comemorada e uma arma que fazia a diferença.
Um Brasil vibrante disputou aquela competição, tida como teste para o Mundial, o Brasil era forte outra vez, corria muito, marcava muito e com o talento de seus principais jogadores sufocava os rivais. Felipão trouxe de volta à Seleção, a raça e o amor à camisa. E a vitória inquestionável sobre a Espanha, por um placar de 3 a 0, foi só consequência de um trabalho bem feito.
Torcida Acredita
A conquista da Copa das Confederações era o que a torcida precisava para respirar tranquila outra vez. Mais do que o título, a torcida podia comemorar uma Seleção confiável. A confiança, tão demonstrada pelo comandante, começava a surgir dos torcedores. A Seleção reconquistou sua torcida com um trabalho sério, com jogadores humildes. O sentimento é o de que essa seleção merece ganhar!
A tão esperada Copa do Mundo já vai começar
O caminho foi difícil, mas agora, há pouco mais de uma semana para começar a maior festa do Futebol mundial, a Seleção dá sinais de que está preparada para o desafio. A torcida joga junto. Os adversários começam a temer o confronto com os pentacampeões mundiais. O Brasil volta ao lugar de protagonista do futebol e a campanha questionada no início, chegou ao amadurecimento. O trabalho de quatro anos, será testado em um mês, onde o Brasil vai parar, esperando o grito de campeão.A Seleção Brasileira mostra estar preparada. Que comece a Festa!
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Eliminação da Copa do Mundo, desastre na Copa América, troca de treinador, ascensão na Copa das Confederações e confiança para a Copa no Brasil. Nos últimos quatro anos, a Seleção Brasileira passou por altos e baixos, viveu momentos de crise, foi desacreditada e chega às vésperas da Copa do Mundo como favorita. Um caminho árduo em favor de um bem maior. Ser campeão na Copa realizada no Brasil virou obrigação.
O fim de um ciclo
A derrota sofrida pelo Brasil para a Holanda nas quartas-de-finais da Copa do Mundo na África do Sul foi um balde de água fria ao torcedor brasileiro. Começou uma procura por culpados, muitos viraram vilões e foi a Comissão Técnica liderada pelo técnico Dunga, os responsabilizados. Todos sabiam que o próximo mundial seria em casa e a pressão pelo Hexa, começava a ficar mais forte. Era necessário começar um novo trabalho sem perder tempo. Visto como um dos melhores treinadores do Brasil, o técnico Muricy Ramalho foi o convidado a assumir o comando da amarelinha. O contrato vigente com o Fluminense, porém, foi um empecilho para que Muricy largasse o clube. Segunda opção, o então treinador do Corinthians, Mano Menezes, recebeu o convite recusado por Muricy e aceitou o desafio.
O Começo Decepcionante
Ninguém imaginava que a "era Mano Menezes" na Seleção seria tão desanimadora. Até porque ao assumir a Seleção, o treinador teve uma sequência de três vitórias e no ano de 2010 perdeu apenas para a grande rival, Argentina. Foram quatro jogos com três vitórias.
Com a proposta de renovação, o treinador trouxe à Seleção os jovens que seu antecessor havia ignorado. Neymar, Ganso, Pato e Lucas eram unanimidade entre os torcedores. Caiu a média de idade e medalhões de outras Copas, perderam o espaço.
A terrível Copa América de 2011
Esse é um episódio que muitos torcedores gostariam de esquecer. A campanha vergonhosa da Seleção Brasileira na Copa América de 2011 começou a levantar questionamentos sobre a competência do treinador. O grupo era talentoso, mas os resultados não apareciam.
Na primeira fase da Copa América, o Brasil empatou 2 jogos e venceu apenas o Equador. Já na fase seguinte, empatou de zero a zero com o Paraguai e na cobrança de pênaltis, um desastre. O time brasileiro perdeu todas as penalidades e foi desclassificado.
Depois disso, em 2011, o Brasil disputou 10 amistosos. Ganhou 7, contra países considerados fracos ou fraquíssimos (Romênia, Egito e Gana, por exemplo). Empatou contra a Seleção de Países Baixos. E perdeu para França e Alemanha.
Em 2012 a desconfiança aumenta
A relação do técnico da Seleção Brasileira com a torcida não andava boa. Questionamentos de todos os lados assombravam o treinador. Em 2012, mais uma decepção. O segundo lugar nas Olimpíadas de Londres foi outro baque. O trabalho não satisfazia. Durante o ano, houve 12 amistosos, o Brasil venceu 9 disputas. Os placares eram elásticos, teve algumas goleadas inacreditáveis.
Mas o número não correspondiam com o que se apresentava dentro de campo, e aumentava a insatisfação da torcida. Os testes com times fracos, pareciam não ajudar na preparação para a Copa do Mundo.
Saí Mano, volta Felipão
A desconfiança era enorme. Poucos brasileiros acreditavam que aquele grupo conquistaria a próxima Copa do Mundo. O treinador era o principal culpado. Sem acreditar no trabalho de Mano Menezes, a CBF desfez o contrato com o técnico no fim de 2012. Mano Menezes deixou a Seleção Brasileira, sem conseguir mostrar o trabalho que o levou ao posto.
Na última semana de 2012, veio o substituto. A CBF anuncia Luiz Felipe Scolari como novo técnico da Seleção. O treinador que conquistou o Pentacampeonato em 2002, voltava com o desafio de vencer mais uma Copa, dessa vez, no Brasil. O novo treinador não foi unanimidade, muitos o questionavam, mas a maioria confiava na "estrela" de Felipão.
Um Começo Fora do Script
O começo de Felipão em seu segundo trabalho na Seleção não foi um dos mais animadores. Nos três primeiros jogos, perdeu para Inglaterra e empatou com Itália e Rússia. Todos sabiam que o tempo era curto até a Copa, então, a grande chance era essa. O Felipão precisava da confiança da torcida e a torcida precisava confiar no técnico. O técnico então, começou um trabalho para essa troca com a torcida, exalava confiança e pedia para a torcida apoiar. Sob nova direção, o Brasil jogou 12 amistosos, venceu 6, empatou 4 e perdeu duas vezes. Mas foi na Copa das Confederações que a desconfiança perdeu de vez o espaço e o grupo passou a ser respeitado.
A Ascensão
A grande final era com a atual Campeã do Mundo. A Seleção de Felipão teria que passar pela toda-poderosa Espanha para tornar-se campeão da Copa das Confederações. Depois de passar por Japão, México, Itália e Uruguai, era vez de medir forçar contra a Fúria. Mas antes disso, o Brasil já tinha ganhado o maior prêmio para uma seleção que almeja a Copa do Mundo. O apoio da torcida em todos os jogos da Copa das Confederações era uma conquista a ser comemorada e uma arma que fazia a diferença.
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Torcida Acredita
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