
Ataque gremista virou o grande dilema do início de ano do Grêmio (Foto: Fernando Rech)
O grande dilema que sacode o dia a dia gremista antes do início do Gauchão é capaz de causar divergência até entre ídolos. Unidos para sempre na história do Grêmio pelo inato talento de marcar gols, Alcindo e Jardel têm opiniões diferentes sobre o futuro do ataque tricolor.
Procurados pelo GloboEsporte.com para discorrer sobre a melhor alternativa, com um ou dois centroavantes, os eternos artilheiros apontam caminhos diferentes para Felipão definir o futuro de Barcos e Moreno.
Máximo goleador gremista na história, com 231 gols, Alcindo marcou época sobretudo nos anos 1960, quando rumou para o Santos a pedido do Rei Pelé. Com estilo inconfundível, de muita força física e arremates potentes, o "Bugre Xucro", como também era conhecido, não se recorda de ter atuado ao lado de outro centroavante. Nem por isso é contra a opção de testar argentino e boliviano juntos.
- Nunca joguei porque, na minha época, era diferente. Havia os pontas. O futebol está muito diferente, eles se preocupam mais com a marcação. Eu poderia jogar hoje com outro centroavante - avalia o ex-atacante.
Alcindo faz uma ressalva. Para a dupla de centroavantes render frutos, um dos integrantes precisará deixar a área e buscar mais o jogo. Na sua visão, Barcos seria o mais indicado a se juntar aos meias na armação.
- Depende muito do Luiz Felipe. Não pode colocar os dois na área, acabam colidindo. Tem que ser um mais à frente e um mais atrás. O Moreno deveria ficar mais fincado. São dois goleadores. Quando se tem bons jogadores, como Barcos e Moreno, tem que aproveitar - defende.

Alcindo é o maior artilheiro da história do Grêmio
(Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)
Artilheiro da Libertadores de 1995 sob comando de Felipão e jogador com melhor média de gols marcados da história do Olímpico, Jardel se apega no histórico de seu mestre para defender uma ideia diferente à do Alcindo. Para o ex-centroavante, dono de exímio cabeceio, e hoje deputado estadual eleito no Rio Grande do Sul, Scolari só usava dois homens de área juntos em momentos de exceção.
- O Felipão vai jogar só com um, é claro. Não tenho dúvida. No Grêmio, em Portugal, na seleção brasileira, foi assim. O Felipão é um dos melhores treinadores do mundo e sempre jogou com um centroavante. Ele vai avaliar durante esse Gauchão, que é um campeonato muito importante para o Grêmio hoje - argumenta. - Quando era necessário, ele colocava no segundo tempo. Mas não era normal, não. Só eu na área dava mais certo, com dois pontas, num 4-3-3. Ficava mais difícil para os zagueiros me marcar.
Jardel confidenciou ainda que irá conversar com Felipão nesta sexta-feira para lhe desejar sorte nesta temporada com o Grêmio. Quem sabe, pode aproveitar o contato para dar umas dicas, nessa perseguição a um "novo Jardel", busca quase sempre sem sucesso desde a saída do ex-centroavante do Tricolor, em meados de 1996.
- Agora, sim, tem duas boas opções. Vou falar com o Felipão amanhã (sexta-feira), vou desejar toda a sorte para ele ver se encontra um novo Jardel. Mas é difícil, viu? (risos). Quem me dera eu ter meus 22 anos e poder estar na área de novo para cabecear e ajudar o Grêmio com meus colegas de 1995 - lembrou.

Jardel foi artilheiro da Libertadores 95 e tem melhor média da história do Olímpico (Foto: Hélder Rafael)
Alcindo e Jardel concordam num ponto. Questionados sobre qual dos dois centroavantes escolheriam para um esquema mais tradicional, de apenas um homem de área, ambos entram em sintonia e optam por ficar "em cima do muro".
- É difícil. Cada torcedor tem um tipo de opinião. Acho que o Moreno é jogador mais de frente do que o Barcos, que sai muito para os lados. O Grêmio precisava de um centroavante como o Moreno. Com ele, o Barcos vai render mais. Vai ter com quem tocar a bola, conversar, abrir caminhos. Acho que vai dar certo. Os bons jogadores se adaptam - define Alcindo.
- Barcos ou Moreno... (risos). Os dois fizeram 15 gols no ano passado (Moreno,15, e Barcos, 14, no Brasileirão). O Grêmio está bem servido - contemporiza Jardel. - É uma pergunta que tem que fazer para o Felipão, não para o Jardel (risos). Acho difícil escolher entre os dois, terá que ser o mais eficaz. É um bom problema para resolver.
Felipão tem até as 17h de sábado para anunciar a sua decisão. É quando o Grêmio entra em campo diante do União Frederiquense, na Arena, para a estreia no Gauchão. Por enquanto, parece que Jardel vai levando essa disputa com Alcindo. Nos dois últimos treinamentos, Scolari optou por testar a equipe com apenas um centroavante.
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O grande dilema que sacode o dia a dia gremista antes do início do Gauchão é capaz de causar divergência até entre ídolos. Unidos para sempre na história do Grêmio pelo inato talento de marcar gols, Alcindo e Jardel têm opiniões diferentes sobre o futuro do ataque tricolor.
Procurados pelo GloboEsporte.com para discorrer sobre a melhor alternativa, com um ou dois centroavantes, os eternos artilheiros apontam caminhos diferentes para Felipão definir o futuro de Barcos e Moreno.
Máximo goleador gremista na história, com 231 gols, Alcindo marcou época sobretudo nos anos 1960, quando rumou para o Santos a pedido do Rei Pelé. Com estilo inconfundível, de muita força física e arremates potentes, o "Bugre Xucro", como também era conhecido, não se recorda de ter atuado ao lado de outro centroavante. Nem por isso é contra a opção de testar argentino e boliviano juntos.
- Nunca joguei porque, na minha época, era diferente. Havia os pontas. O futebol está muito diferente, eles se preocupam mais com a marcação. Eu poderia jogar hoje com outro centroavante - avalia o ex-atacante.
Alcindo faz uma ressalva. Para a dupla de centroavantes render frutos, um dos integrantes precisará deixar a área e buscar mais o jogo. Na sua visão, Barcos seria o mais indicado a se juntar aos meias na armação.
- Depende muito do Luiz Felipe. Não pode colocar os dois na área, acabam colidindo. Tem que ser um mais à frente e um mais atrás. O Moreno deveria ficar mais fincado. São dois goleadores. Quando se tem bons jogadores, como Barcos e Moreno, tem que aproveitar - defende.

Alcindo é o maior artilheiro da história do Grêmio
(Foto: Lucas Rizzatti/Globoesporte.com)
Artilheiro da Libertadores de 1995 sob comando de Felipão e jogador com melhor média de gols marcados da história do Olímpico, Jardel se apega no histórico de seu mestre para defender uma ideia diferente à do Alcindo. Para o ex-centroavante, dono de exímio cabeceio, e hoje deputado estadual eleito no Rio Grande do Sul, Scolari só usava dois homens de área juntos em momentos de exceção.
- O Felipão vai jogar só com um, é claro. Não tenho dúvida. No Grêmio, em Portugal, na seleção brasileira, foi assim. O Felipão é um dos melhores treinadores do mundo e sempre jogou com um centroavante. Ele vai avaliar durante esse Gauchão, que é um campeonato muito importante para o Grêmio hoje - argumenta. - Quando era necessário, ele colocava no segundo tempo. Mas não era normal, não. Só eu na área dava mais certo, com dois pontas, num 4-3-3. Ficava mais difícil para os zagueiros me marcar.
Jardel confidenciou ainda que irá conversar com Felipão nesta sexta-feira para lhe desejar sorte nesta temporada com o Grêmio. Quem sabe, pode aproveitar o contato para dar umas dicas, nessa perseguição a um "novo Jardel", busca quase sempre sem sucesso desde a saída do ex-centroavante do Tricolor, em meados de 1996.
- Agora, sim, tem duas boas opções. Vou falar com o Felipão amanhã (sexta-feira), vou desejar toda a sorte para ele ver se encontra um novo Jardel. Mas é difícil, viu? (risos). Quem me dera eu ter meus 22 anos e poder estar na área de novo para cabecear e ajudar o Grêmio com meus colegas de 1995 - lembrou.

Jardel foi artilheiro da Libertadores 95 e tem melhor média da história do Olímpico (Foto: Hélder Rafael)
Alcindo e Jardel concordam num ponto. Questionados sobre qual dos dois centroavantes escolheriam para um esquema mais tradicional, de apenas um homem de área, ambos entram em sintonia e optam por ficar "em cima do muro".
- É difícil. Cada torcedor tem um tipo de opinião. Acho que o Moreno é jogador mais de frente do que o Barcos, que sai muito para os lados. O Grêmio precisava de um centroavante como o Moreno. Com ele, o Barcos vai render mais. Vai ter com quem tocar a bola, conversar, abrir caminhos. Acho que vai dar certo. Os bons jogadores se adaptam - define Alcindo.
- Barcos ou Moreno... (risos). Os dois fizeram 15 gols no ano passado (Moreno,15, e Barcos, 14, no Brasileirão). O Grêmio está bem servido - contemporiza Jardel. - É uma pergunta que tem que fazer para o Felipão, não para o Jardel (risos). Acho difícil escolher entre os dois, terá que ser o mais eficaz. É um bom problema para resolver.
Felipão tem até as 17h de sábado para anunciar a sua decisão. É quando o Grêmio entra em campo diante do União Frederiquense, na Arena, para a estreia no Gauchão. Por enquanto, parece que Jardel vai levando essa disputa com Alcindo. Nos dois últimos treinamentos, Scolari optou por testar a equipe com apenas um centroavante.
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