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Foto: Diego Guichard
A confusão generalizada que marcou o Gre-Nal 417, vencido por 1 a 0 pelo Inter, não foi originada no intervalo, quando jogadores das duas equipes se desentenderam na ida para o vestiário. Ela tem início há pelo menos dois anos e acumula desdobramentos até chegar ao túnel de acesso do Beira-Rio, na tarde de domingo.
O final da partida, válida pela 24ª rodada do Brasileirão, foi marcado por uma troca de empurrões dentro de campo. As discussões acaloradas tomaram o túnel de acesso, com rusgas entre dirigentes, seguranças e até uma suposta tentativa de invasão de Renato Gaúcho no vestiário colorado, num clima bélico como poucos vistos na história dos clássicos.
Tudo começou com a valsa
Na final do Gauchão de 2016, o Inter venceu o Juventude por 3 a 0 e sagrou-se campeão. O atacante Eduardo Sasha, ao marcar o primeiro gol da partida, ergueu a bandeira de escanteio e dançou uma valsa, em alusão ao momento do Grêmio de 15 anos sem títulos de expressão. A resposta veio alguns meses depois.
No Gre-Nal do primeiro turno do Brasileirão, o Grêmio venceu por 1 a 0 no Beira-Rio. O lateral-direito Edílson tomou a bandeira de escanteio e foi comemorar com a torcida. Os tricolores ainda lembraram que o "trator" do Inter fundiu, em referência a um áudio do técnico Argel vazado nas redes sociais.
Mas a ferida aberta por Sasha ainda não havia cicatrizado. No fim de 2016, o Grêmio levantou o penta da Copa do Brasil, e o atacante Luan soltou um palavrão direcionado ao rival.
A mesma expressão voltou à tona no tri da Libertadores, em novembro de 2017. Ainda durante a celebração, os jogadores tricolores gravaram um vídeo com a provocação: "um minuto de silêncio para o Inter que está morto". A sentença voltaria a ser repetida nos títulos da Recopa e do Gauchão de 2018.
Ainda no Gauchão do ano passado, Grêmio e Inter se encontraram pela primeira vez após o rebaixamento colorado. Na Arena, os donos da casa saíram na frente, sofreram a virada, mas empataram em 2 a 2. Na saída de campo, D'Alessandro provocou: "acharam que teria festa". E entrou no vestiário colorado aos gritos.
Rivalidade esquenta em 2018
O primeiro Gre-Nal de 2018 já apresentou um aperitivo do que seriam os clássicos da temporada. Antes mesmo de a bola rolar, Maicon e D’Alessandro discutiram durante o cara ou coroa. Conforme a leitura labial do GloboEsporte.com, o capitão gremista se dirigiu para o árbitro com a frase:
– Se o D’Ale começar a apitar, a gente vai ter problema. A gente já conhece.
A vitória por 2 a 1 classificou o Grêmio para as quartas de final do Gauchão, fase em que as duas equipes voltariam a se enfrentar. No primeiro jogo, vitória tranquila do Tricolor na Arena por 3 a 0. Mesmo com um triunfo por 2 a 0, no duelo de volta, o Inter acabou desclassificado.
Em momento completamente diferente, o Inter apostou em uma postura defensiva no Gre-Nal válido pelo primeiro turno do Brasileirão. Após um 0 a 0 morno, no qual o Tricolor gaúcho reclamou de três penalidades não marcadas, o clima esquentou no pós-jogo do vestiário. Na saída de campo, D’Alessandro acertou uma pancada em Luan, o que revoltou gremistas. O atacante ainda tentou ir para cima do argentino na sala de antidoping.
Em entrevista coletiva, Renato Gaúcho reclamou da retranca colorada a ponto de alegar uma postura de “segunda divisão”, enquanto o presidente Romildo Bolzan disparou contra a arbitragem e chamou D’Ale de "arruaceiro".
No domingo, confusão até no intervalo
A verdade é que o clássico 417 iniciou muito antes deste domingo. O clima de tensão ficava evidente, principalmente quando a bola não rolava. No intervalo, por exemplo, houve troca de empurrões entre Cuesta e Ramiro. No banco de reservas, Rossi empurrou Bruno Cortez e foi aparado pelo segurança Fernandão. Na volta, Cuesta, Ramiro e Rossi receberam o cartão amarelo.
O clima voltou a ferver com o apito final, quando um bolo de jogadores da Dupla armou-se no centro de campo, com direito a empurrões e trocas de ofensas. A tensão continuou no túnel de acesso, com Renato Portaluppi à porta do vestiário colorado. Mas ele acabou interpelado por seguranças do Inter, e a troca de empurrões se intensificou.
"As provocações vieram do outro lado. Não têm moral nenhuma para tirar onda, dando letrinhas pelo que aconteceu cinco, seis meses atrás". (Renato Gaúcho, técnico do Grêmio)
Seguranças de lado a lado se envolveram, enquanto jogadores e dirigentes colorados comemoraram a vitória aos gritos de "vamos, Inter". Maicon, que sequer jogou o clássico por conta de uma lesão muscular, apareceu e tentou ir para cima dos rivais:
– Depois não vem pedir arrego – gritava o volante.
Após a partida, visivelmente irritado, Renato esbravejou: "não têm moral nenhuma para tirar onda". E ainda deixou no ar um suposto acordo entre os clubes de "cinco, seis meses antes", ainda no Gauchão, sem entrar em detalhes. Os atletas do Inter, por sua vez, negaram a reunião. O capitão Rodrigo Dourado falou em "soberba" tricolor pelos títulos conquistados recentemente.
"Perdemos lá de 3 a 0 e teve alguma confusão? Alguém invadiu o vestiário? Perdemos, lambemos as feridas e seguimos em frente. É normal. Vocês alguma vez viram um treinador entrar no vestiário antes dos jogadores? Quero valorizar nossa vitória, mas o Renato tem que aprender a perder". (Roberto Melo, vice de futebol do Inter)
A partir de agora, os clássicos saem de cena e entra a "secação". Enquanto os tricolores ainda têm esperanças de buscar o maior rival no Brasileirão, os colorados querem ver os gremistas fora da Libertadores. No Brasileirão, o Inter chegou aos 49 pontos e voltou à liderança. A equipe de Renato Gaúcho segue em quinto, com 41.
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O final da partida, válida pela 24ª rodada do Brasileirão, foi marcado por uma troca de empurrões dentro de campo. As discussões acaloradas tomaram o túnel de acesso, com rusgas entre dirigentes, seguranças e até uma suposta tentativa de invasão de Renato Gaúcho no vestiário colorado, num clima bélico como poucos vistos na história dos clássicos.
Tudo começou com a valsa
Na final do Gauchão de 2016, o Inter venceu o Juventude por 3 a 0 e sagrou-se campeão. O atacante Eduardo Sasha, ao marcar o primeiro gol da partida, ergueu a bandeira de escanteio e dançou uma valsa, em alusão ao momento do Grêmio de 15 anos sem títulos de expressão. A resposta veio alguns meses depois.
No Gre-Nal do primeiro turno do Brasileirão, o Grêmio venceu por 1 a 0 no Beira-Rio. O lateral-direito Edílson tomou a bandeira de escanteio e foi comemorar com a torcida. Os tricolores ainda lembraram que o "trator" do Inter fundiu, em referência a um áudio do técnico Argel vazado nas redes sociais.
Mas a ferida aberta por Sasha ainda não havia cicatrizado. No fim de 2016, o Grêmio levantou o penta da Copa do Brasil, e o atacante Luan soltou um palavrão direcionado ao rival.
A mesma expressão voltou à tona no tri da Libertadores, em novembro de 2017. Ainda durante a celebração, os jogadores tricolores gravaram um vídeo com a provocação: "um minuto de silêncio para o Inter que está morto". A sentença voltaria a ser repetida nos títulos da Recopa e do Gauchão de 2018.
Ainda no Gauchão do ano passado, Grêmio e Inter se encontraram pela primeira vez após o rebaixamento colorado. Na Arena, os donos da casa saíram na frente, sofreram a virada, mas empataram em 2 a 2. Na saída de campo, D'Alessandro provocou: "acharam que teria festa". E entrou no vestiário colorado aos gritos.
Rivalidade esquenta em 2018
O primeiro Gre-Nal de 2018 já apresentou um aperitivo do que seriam os clássicos da temporada. Antes mesmo de a bola rolar, Maicon e D’Alessandro discutiram durante o cara ou coroa. Conforme a leitura labial do GloboEsporte.com, o capitão gremista se dirigiu para o árbitro com a frase:
– Se o D’Ale começar a apitar, a gente vai ter problema. A gente já conhece.
A vitória por 2 a 1 classificou o Grêmio para as quartas de final do Gauchão, fase em que as duas equipes voltariam a se enfrentar. No primeiro jogo, vitória tranquila do Tricolor na Arena por 3 a 0. Mesmo com um triunfo por 2 a 0, no duelo de volta, o Inter acabou desclassificado.
Em momento completamente diferente, o Inter apostou em uma postura defensiva no Gre-Nal válido pelo primeiro turno do Brasileirão. Após um 0 a 0 morno, no qual o Tricolor gaúcho reclamou de três penalidades não marcadas, o clima esquentou no pós-jogo do vestiário. Na saída de campo, D’Alessandro acertou uma pancada em Luan, o que revoltou gremistas. O atacante ainda tentou ir para cima do argentino na sala de antidoping.
Em entrevista coletiva, Renato Gaúcho reclamou da retranca colorada a ponto de alegar uma postura de “segunda divisão”, enquanto o presidente Romildo Bolzan disparou contra a arbitragem e chamou D’Ale de "arruaceiro".
No domingo, confusão até no intervalo
A verdade é que o clássico 417 iniciou muito antes deste domingo. O clima de tensão ficava evidente, principalmente quando a bola não rolava. No intervalo, por exemplo, houve troca de empurrões entre Cuesta e Ramiro. No banco de reservas, Rossi empurrou Bruno Cortez e foi aparado pelo segurança Fernandão. Na volta, Cuesta, Ramiro e Rossi receberam o cartão amarelo.
O clima voltou a ferver com o apito final, quando um bolo de jogadores da Dupla armou-se no centro de campo, com direito a empurrões e trocas de ofensas. A tensão continuou no túnel de acesso, com Renato Portaluppi à porta do vestiário colorado. Mas ele acabou interpelado por seguranças do Inter, e a troca de empurrões se intensificou.
"As provocações vieram do outro lado. Não têm moral nenhuma para tirar onda, dando letrinhas pelo que aconteceu cinco, seis meses atrás". (Renato Gaúcho, técnico do Grêmio)
Seguranças de lado a lado se envolveram, enquanto jogadores e dirigentes colorados comemoraram a vitória aos gritos de "vamos, Inter". Maicon, que sequer jogou o clássico por conta de uma lesão muscular, apareceu e tentou ir para cima dos rivais:
– Depois não vem pedir arrego – gritava o volante.
Após a partida, visivelmente irritado, Renato esbravejou: "não têm moral nenhuma para tirar onda". E ainda deixou no ar um suposto acordo entre os clubes de "cinco, seis meses antes", ainda no Gauchão, sem entrar em detalhes. Os atletas do Inter, por sua vez, negaram a reunião. O capitão Rodrigo Dourado falou em "soberba" tricolor pelos títulos conquistados recentemente.
"Perdemos lá de 3 a 0 e teve alguma confusão? Alguém invadiu o vestiário? Perdemos, lambemos as feridas e seguimos em frente. É normal. Vocês alguma vez viram um treinador entrar no vestiário antes dos jogadores? Quero valorizar nossa vitória, mas o Renato tem que aprender a perder". (Roberto Melo, vice de futebol do Inter)
A partir de agora, os clássicos saem de cena e entra a "secação". Enquanto os tricolores ainda têm esperanças de buscar o maior rival no Brasileirão, os colorados querem ver os gremistas fora da Libertadores. No Brasileirão, o Inter chegou aos 49 pontos e voltou à liderança. A equipe de Renato Gaúcho segue em quinto, com 41.
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