Da sina caseira à seca, Grêmio detona mitos e ensaia nova era após Gre-Nal

Clássico 403 de domingo altera rotina do time de Felipão, que passa a marcar muitos gols, depender menos de Barcos, usar bola parada e vencer com seu estádio lotado


Fonte: Globo Esporte

Da sina caseira à seca, Grêmio detona mitos e ensaia nova era após Gre-Nal
Grêmio de Pará manda para longe alguns mitos (Foto: Jefferson Bernardes/ Agência Preview)

O que uma vitória em Gre-Nal não é capaz de fazer? No caso do Grêmio, o 4 a 1 sobre o Inter no domingo, na Arena, surgiu como uma espécie de "efeito dominó". A goleada, histórica por si só, detonou, ao menos por 90 minutos, mitos que, aos poucos, estavam se tornando verdadeiros postulados ou dogmas nos últimos tempos no Tricolor.

O GloboEsporte.com lista ao menos cinco tópicos que caíram por terra no Gre-Nal 403 e que, de acordo com os próprios integrantes do elenco e da comissão técnica, agora precisam virar mais rotineiros. Tudo pela tão sonhada vaga à Libertadores - no momento, o Grêmio é terceiro colocado, com 57 pontos e, no sábado, visita o Criciúma, pela 34ª rodada do Brasileirão.

- A gente voltou a dar confiança ao torcedores, estamos vindo numa crescente. Quando se ganha um Gre-Nal, tudo é melhor, modifica um vestiário. É para o torcedor vibrar. Mas não para nós - destacou Felipão, entre euforia e cautela.

> Confira mitos derrubados pelo Grêmio:

GRÊMIO NÃO MARCA GOLS


Grêmio conseguiu pela primeira vez mais de dois gols (Foto: Jefferson Bernardes/ Agência Preview)

O Grêmio começou a 33ª rodada com o quarto pior ataque. Das dez vitórias de Felipão, seis haviam saído por escore mínimo, empurrado pelo lema "1 a 0 é goleada". Para completar, o time ainda não havia feito mais de dois gols em nenhuma das 33 partidas. Diante do Inter, foram quatro gols. Até então, desde a chegada de Scolari haviam sido 16 gols. Num só jogo, portanto, a equipe anotou um quarto do total.

- A gente precisava de uma vitória com essa característica, ainda mais com quatro gols - desabafou Barcos.

GRÊMIO NÃO VIVE SEM GOLS DE BARCOS

Barcos comemora gols dos companheiros (Foto: Wesley Santos/Agência PressDigital)

Por falar no argentino, a dependência de seus gols se tornou marca registrada do Grêmio no Brasileirão. Antes do Gre-Nal, o centroavante era responsável por 48% dos gols do time - 13 de 27. Diante do maior rival, contra o qual Barcos já havia marcado três vezes, curiosamente, o Tricolor não precisou da pontaria de seu capitão. Os meias Luan e Alan Ruiz e o volante Ramiro foram às redes.

- O gol do Ramiro é um milagre… eles sabem que estou brincando. A equipe foi bem. Se nós vencêssemos por 1 a 0, também estaríamos satisfeitos - minimizou Felipão.

GRÊMIO NÃO APROVEITA BOLA PARADA

Alan Ruiz marca de cabeça contra o Inter (Foto: Diego Guichard)

O Grêmio só havia marcado um gol de cabeça em todo o Nacional, no sofrido 1 a 1 com o Coritiba, com Riveros. Tento de bola parada? Também difícil. No clássico, o time conseguiu reunir os dois fundamentos tão custosos de serem concebidos pelos lados da Arena. Em cruzamento de Zé Roberto, Alan Ruiz desviou e fez o terceiro - o argentino, aliás, fora o autor do único gol de falta direta, na segunda rodada, contra o Atlético-MG. Houve ainda um tento solitário de escanteio, completado por Barcos, na quarta rodada, diante da Chapecoense.

GRÊMIO NÃO VENCE COM ARENA CHEIA

Arena cheia comemorou o resultado positivo (Foto: Jefferson Bernardes/ Agência Preview)

A história de quase dois anos da Arena carrega uma mácula. Os números mostram que, quando o estádio praticamente lota, a vitória ou objetivo final não são alcançados. Ou melhor, mostravam. Antes do Gre-Nal, nos dez maiores públicos, o Grêmio só havia saído vencedor em três oportunidades - uma delas resultou na eliminação da Libertadores, nos pênaltis. Agora, os 46.437 fãs que foram ao estádio tornaram o clássico 403 o terceiro maior público, elevando para quatro sucessos no top 10 de casa cheia.

GRÊMIO NÃO VENCE GRE-NAIS

Defesa do Inter lamenta erro em gol do Grêmio (Foto: Diego Guichard)

Para o final, fica a estatística mais combatida após o 4 a 1. O Grêmio não vencia um clássico desde agosto de 2010 - eram nove sem sucesso e, se chegasse ao décimo, igualaria jejum obtido entre 1979 e 1981. Depois, não marcava quatro gols no maior rival desde embate de 2001, num triunfo por 4 a 2. Para completar, conseguiu vencer seu primeiro Gre-Nal na Arena, após dois empates em 1 a 1 e uma dolorosa virada sofrida no clássico histórico de número 400. Motivos para o assessor de futebol Duda Kroeff extravasar:

- Embora o Felipão tenha falado que Gre-Nal vale só três pontos, eu digo que não. Vale muito mais do que três pontos. Eu fico de bom humor por uma semana quando ganho.

Os torcedores também. Ainda mais se os mitos continuarem soterrados.

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