Romildo Bolzan Júnior em entrevista coletiva (foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA)
Romildo Bolzan Júnior é o novo presidente do Grêmio após eleição feita pelos sócios gremistas, no dia 18 de outubro. Com 71,4% dos votos, o mandatário não escondeu a felicidade em assumir a presidência do seu time de coração durante o biênio 2015/16. Em entrevista exclusiva ao Esporte Interativo, o sucessor de Fábio Koff ressaltou que fará de tudo para gerir o clube gaúcho com extrema competência e levar o Tricolor ao maior número de títulos possíveis.
Além de ter Fábio Koff como vice-presidente da sua gestão, Bolzan terá seis nomes de peso no Conselho de Administração: Adalberto Preis, Antônio Dutra Júnior, Claudio Oderich, Marcos Hermann, Odorico Roman e Sergei Ignácio da Costa. Romildo teve experiência na política como vereador em Osório (RS), tornou-se vice-prefeito e foi prefeito durante dois mandatos. Além disso, Bolzan é sócio do clube desde 1963 e foi conselheiro das cores azul, preto e branco por mais de 20 anos.
Renato Lima – EI: Como estão sendo os seus dias após ser eleito o novo presidente do Grêmio?
Romildo Bolzan Jr: Essa é a parte boa da eleição, porque na verdade a gente ainda não assumiu a responsabilidade administrativa e nem a responsabilidade de governança, então fica a parte da comemoração. Estamos dando satisfações e agradecendo às pessoas que colaboraram e ao mesmo tempo construindo uma forma de governança que no dia 10 de dezembro será instalada. Mas na verdade é a continuidade do presidente Koff. Nós estamos no processo de transição das próprias coisas que o Grêmio tem: saída do Olímpico, ida para Arena e criando uma condição negociável para a própria aquisição da Arena. O Grêmio tem uma pauta muito importante, que é uma pauta estrutural, de futuro, e nessa pauta que a gente está trabalhando nos dias de hoje. O pós- eleição tem sido basicamente de realizar aquelas questões que o presidente já vinha fazendo e depois fazer o andamento nessa orientação que o presidente tem e também colocando as questões no ponto de vista do clube, estruturais que é exatamente a performance na nossa melhoria de receitas. Essa é uma questão importante e a gente já está trabalhando isso também.
EI: Um assunto que é de extrema importância, não só para a diretoria, como também para os torcedores gremistas, é a compra dos direitos de aquisição da Arena. Como está sendo feita essa negociação? A OAS realmente concordou com os valores? Está tudo encaminhado para a Arena ser definitivamente do Grêmio?
RB: O presidente Koff remeteu um documento com a construtora OAS, que fixado a todas as bases do negócio, encaminhou ao Conselho Deliberativo. Da mesma forma, a OAS também trabalhou essa situação junto com a sua organização. O negócio do ponto de vista das partes já está feito, em relação a toda sistematização. As questões desavenças, tudo isso está ajustado, mas as partes ainda tem que vencer algumas situações que fazem parte dos ritos internos de cada organização, tanto do Grêmio quanto da OAS. E aí, depois disso concluído, talvez poderemos consolidar o negócio.
EI: Como o Grêmio vai fazer para pagar a Arena e ao mesmo tempo renovar contratações ou negociar com novos atletas? O Grêmio vai ter condições financeiras para fazer isso?
RB: Todos os clubes brasileiros vivem em crise, mas todos os clubes brasileiros são extremamente criativos para buscar soluções. A nossa perspectiva é a classificação para a Libertadores. Isso acontecendo, o Grêmio vai ter que ser um pouco mais ousado, não resta a menor dúvida sobre isso. Se tivermos que enfrentar só os campeonatos brasileiros que vem pela frente ou Gaúcho e talvez uma Sul-Americana, aí nós podemos trabalhar de uma maneira um pouco diferente, consolidar e apostar cada vez mais na política que hoje é a preferência do clube, que é a base. Mas é claro, que pontualmente, nós vamos buscar sim atletas que possam complementar nosso plantel, caso a gente não tenha na base. E as sugestões e formas preferidas são várias. O Grêmio tem ativos, tem jogadores fora, tem jogadores que estão aguardando negócios, jogadores que podem ser trabalhados como moeda de troca, enfim, essa questão toda depende muito do tipo de negócio, do interesse da outra parte e da nossa capacidade de colocar os jogadores na nossa capacidade de fazer parcerias. E com isso certamente nós poderemos fazer um time muito competitivo. O que importa nesse momento é nós termos condições de avaliar e acertar muito bem a avaliação dos jogadores que queremos para a posições que queremos, caso não tenhamos no plantel. Isso que vai determinar a nossa capacidade de competição no ano que vem.
Romildo Bolzan novo presidente do Grêmio para o biênio 2015/16 (foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA)
EI: Você tocou nesse assunto das categorias de base, eu achei muito importante, inclusive o Grêmio tem diversos atletas que são pratas da casa e que estão indo muito bem no futebol profissional. Por exemplo, o Tiago (goleiro reserva) que ajudou muito o Grêmio nas partidas enquanto o Marcelo Grohe esteve representado a seleção brasileira, tem o Erik também que subiu recentemente para o futebol profissional, tem o Biteco, Luan, jogadores que foram convocados para a Seleção Sub-20. Ou seja, o Grêmio tem grandes promessas que podem embalar de vez no futebol brasileiro. Durante a sua gestão, qual será o investimento na categoria de base para o Grêmio continuar revelando grandes atletas?
RB: Nós temos uma capacidade de formação importante. O Grêmio trabalhou muito bem a base nesses dois últimos anos. Continua trabalhando metodologicamente com uma situação de incrementar, de capacitar a formação, isso é fundamental para nós. Queremos melhorar a nossa infraestrutura de jogadores, criar uma condição de hotelaria própria, melhorar a nossa rede de informação, melhorar os nossos bancos de base, criar uma condição melhor de acompanhamento das carreiras dos atletas. Tudo isso faz parte da programação do Grêmio em relação à perspectiva de formação cada vez melhor da base. E o Grêmio, hoje, já tem praticamente metade do seu plantel principal com jogadores da base. O que faz o time praticamente também é formá-los na base, e eu creio que com a política que está sendo desenvolvida e na medida em que ela vai sendo aperfeiçoada, nós vamos mirar já pelo menos um plantel de 70% da base e também o time, portanto com a mesma capacidade de serem titulares, a partir da base. Essa é uma política que a gente vai levar com muita seriedade, com muita capacidade de formação e com muito mais estruturação. Esse, talvez, seja o principal foco do clube em relação à prática do futebol.
EI: Qual vai ser o planejamento para o Grêmio manter os principais jogadores? O Felipão chegou a conversar com você sobre isso?
RB: O Grêmio tem nessa transição para o ano que vem vários jogadores com contratos que já estão estendidos até 2015/2016, então o Grêmio na verdade não tem grandes renovações a fazer. O Grêmio está com um plantel bem estabilizado nesse sentido, então o Grêmio já pode partir de uma base que há muito tempo não tinha. Ou seja, vários jogadores permanecerão. Quem não permanecer, terá exatamente a visão de quem vem da base, quem não vier da base, vem jogadores que estão hoje emprestados. Temos 19 jogadores que estão fora, emprestados, que poderão ser reavaliados. E partir daí, então, a formação do plantel, não havendo uma composição equilibrada do elenco, e esse é o critério que nós estamos usando hoje, com toda a comissão técnica, direção. Nós vamos, talvez, buscar fora e aí, podemos complementar o nosso plantel.
EI: Independente da colocação do Grêmio na reta final do Brasileirão, o Grêmio vai continuar com o Felipão e sua comissão técnica?
RB: O Felipão já é um treinador escolhido para os próximos dois anos. Ele tem contrato conosco até final de 2016. Essa é uma questão que não está no objeto de discussão entre nós. Ao contrário, o planejamento que já tem uma comissão técnica, é um planejamento dos próximos dois anos.
EI: Durante os próximos dois anos, você pretende permanecer com o diretor-executivo Rui Costa ou essa possibilidade está descartada?
RB: Não está descartada, é uma possibilidade concreta e real. O presidente Koff, que vai ser o nosso vice de futebol, junto com o diretor Duda, formarão essa equipe. Creio que o Rui, se depender de mim, vai continuar nesses próximos dois anos para trabalhar no Grêmio.
EI: Qual vai ser a sua estratégia para buscar novos sócios para o clube?
RB: Essa questão dos sócios passa exatamente pela aquisição da Arena e pela questão do Grêmio ofertar mais vantagens para o sócio frequentar o estádio. Esse é um processo que depende muito da aquisição do estádio. Como é um processo que está adiantado, nós vamos fazer essa conclusão, nós vamos fazer o processo à parte desta visão. Faz parte da programação do clube o processo de ampliação dos seus quadros sociais, a partir da aquisição da Arena, inclusive como forma de novas receitas.
EI: Você pretende diminuir os custos do clube ou reduzir a folha salarial?
RB: Receitas e despesas devem estar equilibradas. Nós vamos trabalhar com esses dois conceitos, podendo fazer uma governança mais racionalizada e também trabalhando a questão de aumento das receitas.
EI: Durante a sua gestão, o Grêmio terá grandes reforços ou o foco será na categoria de base?
RB: O foco vai ser destinado nas categorias de base, mas poderemos trabalhar nos negócios de trazer reforços importantes. Se tivermos em competições importantes a serem disputadas, nos criaremos um plantel qualificado. Mas trabalharemos com as duas situações.
EI: Qual é o legado que você pretende deixar para o Grêmio daqui a dois anos? Com quais melhoras?
RB: Consolidar a aquisição que o presidente Fábio Koff vem fazendo da Arena. Fazer uma governança absolutamente adequada para capacidade de pagamentos e rentabilidades do clube. Encaminhar questões de títulos, que eu acho fundamental nós trabalharmos muito bem a questão de títulos. E trabalhar toda a estruturação do clube na questão de desrespeito à formação. Para isso, nós temos todo um projeto praticamente pronto que vamos tentar reabilitá-lo no CT Eldorado.
EI: Está tendo muita especulação do meia-atacante Dudu para atuar em outros clubes. O Dudu vem sendo um dos grandes destaques do clube nos últimos jogos. O Grêmio pretende permanecer com o jogador?
RB: O Felipão gosta do Dudu. Ele é um jogador importante, que cresceu muito nesse semestre. Vamos fazer de tudo para mantê-lo no elenco.
EI: O Grêmio vai permanecer com o material esportivo da Topper ou já está analisando outros patrocinadores?
RB: Essa questão negocial o Grêmio está trabalhando. Possivelmente nós teremos uma solução até o final do ano e está bem encaminhada.
Bolzan é o sucessor de Fábio Koff, que será vice-presidente (foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA)
EI: Então para concluir, como você já sabe, o Dr. Fábio Koff é um mandatário muito querido pelo Grêmio, contratou jogadores importantes e fez uma grande gestão pelo clube. Como você se sente sendo o sucessor do atual presidente?
RB: Compromisso dobrado, capacidade de tentar superá-los em várias coisas. Mas me dou muito por contente se tiver próximo da capacidade do presidente Fábio Koff, em relação a sua visão de futebol, de clube, sua autoridade política e moral dentro do clube. O crédito que ele ganhou aqui no Rio Grande do Sul como dirigente de futebol, no Brasil também, se eu tiver próximo dele no final da gestão, eu vou me dar como um homem extremamente realizado no futebol brasileiro e no futebol gaúcho.
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Além de ter Fábio Koff como vice-presidente da sua gestão, Bolzan terá seis nomes de peso no Conselho de Administração: Adalberto Preis, Antônio Dutra Júnior, Claudio Oderich, Marcos Hermann, Odorico Roman e Sergei Ignácio da Costa. Romildo teve experiência na política como vereador em Osório (RS), tornou-se vice-prefeito e foi prefeito durante dois mandatos. Além disso, Bolzan é sócio do clube desde 1963 e foi conselheiro das cores azul, preto e branco por mais de 20 anos.
Renato Lima – EI: Como estão sendo os seus dias após ser eleito o novo presidente do Grêmio?
Romildo Bolzan Jr: Essa é a parte boa da eleição, porque na verdade a gente ainda não assumiu a responsabilidade administrativa e nem a responsabilidade de governança, então fica a parte da comemoração. Estamos dando satisfações e agradecendo às pessoas que colaboraram e ao mesmo tempo construindo uma forma de governança que no dia 10 de dezembro será instalada. Mas na verdade é a continuidade do presidente Koff. Nós estamos no processo de transição das próprias coisas que o Grêmio tem: saída do Olímpico, ida para Arena e criando uma condição negociável para a própria aquisição da Arena. O Grêmio tem uma pauta muito importante, que é uma pauta estrutural, de futuro, e nessa pauta que a gente está trabalhando nos dias de hoje. O pós- eleição tem sido basicamente de realizar aquelas questões que o presidente já vinha fazendo e depois fazer o andamento nessa orientação que o presidente tem e também colocando as questões no ponto de vista do clube, estruturais que é exatamente a performance na nossa melhoria de receitas. Essa é uma questão importante e a gente já está trabalhando isso também.
EI: Um assunto que é de extrema importância, não só para a diretoria, como também para os torcedores gremistas, é a compra dos direitos de aquisição da Arena. Como está sendo feita essa negociação? A OAS realmente concordou com os valores? Está tudo encaminhado para a Arena ser definitivamente do Grêmio?
RB: O presidente Koff remeteu um documento com a construtora OAS, que fixado a todas as bases do negócio, encaminhou ao Conselho Deliberativo. Da mesma forma, a OAS também trabalhou essa situação junto com a sua organização. O negócio do ponto de vista das partes já está feito, em relação a toda sistematização. As questões desavenças, tudo isso está ajustado, mas as partes ainda tem que vencer algumas situações que fazem parte dos ritos internos de cada organização, tanto do Grêmio quanto da OAS. E aí, depois disso concluído, talvez poderemos consolidar o negócio.
EI: Como o Grêmio vai fazer para pagar a Arena e ao mesmo tempo renovar contratações ou negociar com novos atletas? O Grêmio vai ter condições financeiras para fazer isso?
RB: Todos os clubes brasileiros vivem em crise, mas todos os clubes brasileiros são extremamente criativos para buscar soluções. A nossa perspectiva é a classificação para a Libertadores. Isso acontecendo, o Grêmio vai ter que ser um pouco mais ousado, não resta a menor dúvida sobre isso. Se tivermos que enfrentar só os campeonatos brasileiros que vem pela frente ou Gaúcho e talvez uma Sul-Americana, aí nós podemos trabalhar de uma maneira um pouco diferente, consolidar e apostar cada vez mais na política que hoje é a preferência do clube, que é a base. Mas é claro, que pontualmente, nós vamos buscar sim atletas que possam complementar nosso plantel, caso a gente não tenha na base. E as sugestões e formas preferidas são várias. O Grêmio tem ativos, tem jogadores fora, tem jogadores que estão aguardando negócios, jogadores que podem ser trabalhados como moeda de troca, enfim, essa questão toda depende muito do tipo de negócio, do interesse da outra parte e da nossa capacidade de colocar os jogadores na nossa capacidade de fazer parcerias. E com isso certamente nós poderemos fazer um time muito competitivo. O que importa nesse momento é nós termos condições de avaliar e acertar muito bem a avaliação dos jogadores que queremos para a posições que queremos, caso não tenhamos no plantel. Isso que vai determinar a nossa capacidade de competição no ano que vem.
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RB: Nós temos uma capacidade de formação importante. O Grêmio trabalhou muito bem a base nesses dois últimos anos. Continua trabalhando metodologicamente com uma situação de incrementar, de capacitar a formação, isso é fundamental para nós. Queremos melhorar a nossa infraestrutura de jogadores, criar uma condição de hotelaria própria, melhorar a nossa rede de informação, melhorar os nossos bancos de base, criar uma condição melhor de acompanhamento das carreiras dos atletas. Tudo isso faz parte da programação do Grêmio em relação à perspectiva de formação cada vez melhor da base. E o Grêmio, hoje, já tem praticamente metade do seu plantel principal com jogadores da base. O que faz o time praticamente também é formá-los na base, e eu creio que com a política que está sendo desenvolvida e na medida em que ela vai sendo aperfeiçoada, nós vamos mirar já pelo menos um plantel de 70% da base e também o time, portanto com a mesma capacidade de serem titulares, a partir da base. Essa é uma política que a gente vai levar com muita seriedade, com muita capacidade de formação e com muito mais estruturação. Esse, talvez, seja o principal foco do clube em relação à prática do futebol.
EI: Qual vai ser o planejamento para o Grêmio manter os principais jogadores? O Felipão chegou a conversar com você sobre isso?
RB: O Grêmio tem nessa transição para o ano que vem vários jogadores com contratos que já estão estendidos até 2015/2016, então o Grêmio na verdade não tem grandes renovações a fazer. O Grêmio está com um plantel bem estabilizado nesse sentido, então o Grêmio já pode partir de uma base que há muito tempo não tinha. Ou seja, vários jogadores permanecerão. Quem não permanecer, terá exatamente a visão de quem vem da base, quem não vier da base, vem jogadores que estão hoje emprestados. Temos 19 jogadores que estão fora, emprestados, que poderão ser reavaliados. E partir daí, então, a formação do plantel, não havendo uma composição equilibrada do elenco, e esse é o critério que nós estamos usando hoje, com toda a comissão técnica, direção. Nós vamos, talvez, buscar fora e aí, podemos complementar o nosso plantel.
EI: Independente da colocação do Grêmio na reta final do Brasileirão, o Grêmio vai continuar com o Felipão e sua comissão técnica?
RB: O Felipão já é um treinador escolhido para os próximos dois anos. Ele tem contrato conosco até final de 2016. Essa é uma questão que não está no objeto de discussão entre nós. Ao contrário, o planejamento que já tem uma comissão técnica, é um planejamento dos próximos dois anos.
EI: Durante os próximos dois anos, você pretende permanecer com o diretor-executivo Rui Costa ou essa possibilidade está descartada?
RB: Não está descartada, é uma possibilidade concreta e real. O presidente Koff, que vai ser o nosso vice de futebol, junto com o diretor Duda, formarão essa equipe. Creio que o Rui, se depender de mim, vai continuar nesses próximos dois anos para trabalhar no Grêmio.
EI: Qual vai ser a sua estratégia para buscar novos sócios para o clube?
RB: Essa questão dos sócios passa exatamente pela aquisição da Arena e pela questão do Grêmio ofertar mais vantagens para o sócio frequentar o estádio. Esse é um processo que depende muito da aquisição do estádio. Como é um processo que está adiantado, nós vamos fazer essa conclusão, nós vamos fazer o processo à parte desta visão. Faz parte da programação do clube o processo de ampliação dos seus quadros sociais, a partir da aquisição da Arena, inclusive como forma de novas receitas.
EI: Você pretende diminuir os custos do clube ou reduzir a folha salarial?
RB: Receitas e despesas devem estar equilibradas. Nós vamos trabalhar com esses dois conceitos, podendo fazer uma governança mais racionalizada e também trabalhando a questão de aumento das receitas.
EI: Durante a sua gestão, o Grêmio terá grandes reforços ou o foco será na categoria de base?
RB: O foco vai ser destinado nas categorias de base, mas poderemos trabalhar nos negócios de trazer reforços importantes. Se tivermos em competições importantes a serem disputadas, nos criaremos um plantel qualificado. Mas trabalharemos com as duas situações.
EI: Qual é o legado que você pretende deixar para o Grêmio daqui a dois anos? Com quais melhoras?
RB: Consolidar a aquisição que o presidente Fábio Koff vem fazendo da Arena. Fazer uma governança absolutamente adequada para capacidade de pagamentos e rentabilidades do clube. Encaminhar questões de títulos, que eu acho fundamental nós trabalharmos muito bem a questão de títulos. E trabalhar toda a estruturação do clube na questão de desrespeito à formação. Para isso, nós temos todo um projeto praticamente pronto que vamos tentar reabilitá-lo no CT Eldorado.
EI: Está tendo muita especulação do meia-atacante Dudu para atuar em outros clubes. O Dudu vem sendo um dos grandes destaques do clube nos últimos jogos. O Grêmio pretende permanecer com o jogador?
RB: O Felipão gosta do Dudu. Ele é um jogador importante, que cresceu muito nesse semestre. Vamos fazer de tudo para mantê-lo no elenco.
EI: O Grêmio vai permanecer com o material esportivo da Topper ou já está analisando outros patrocinadores?
RB: Essa questão negocial o Grêmio está trabalhando. Possivelmente nós teremos uma solução até o final do ano e está bem encaminhada.
Bolzan é o sucessor de Fábio Koff, que será vice-presidente (foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA)
EI: Então para concluir, como você já sabe, o Dr. Fábio Koff é um mandatário muito querido pelo Grêmio, contratou jogadores importantes e fez uma grande gestão pelo clube. Como você se sente sendo o sucessor do atual presidente?
RB: Compromisso dobrado, capacidade de tentar superá-los em várias coisas. Mas me dou muito por contente se tiver próximo da capacidade do presidente Fábio Koff, em relação a sua visão de futebol, de clube, sua autoridade política e moral dentro do clube. O crédito que ele ganhou aqui no Rio Grande do Sul como dirigente de futebol, no Brasil também, se eu tiver próximo dele no final da gestão, eu vou me dar como um homem extremamente realizado no futebol brasileiro e no futebol gaúcho.
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