Vice do Grêmio detona STJD em 'caso Petros': 'Teatro, palhaçada, marmelada, nojeira'


Fonte: Espn

Vice do Grêmio detona STJD em caso Petros: Teatro, palhaçada, marmelada, nojeira
Auditores inocentaram Corinthians em caso Petros na última segunda

Clube mais atingido pelo STJD em 2014, depois de ter sido excluído da Copa do Brasil por conta de atitudes racistas de alguns torcedores contra o goleiro Aranha, do Santos, em jogo em Porto Alegre, o Grêmio segue inconformado com o Tribunal. Em conversa com o ESPN.com.br na noite desta quarta-feira, o vice-presidente Nestor Hein detonou o julgamento do caso Petros, ocorrido na última segunda, que poderia interferir diretamente nas primeiras posições do Campeonato Brasileiro.

"Nosso inquisidor-mor, o senhor Paulo Schmitt, abriu um inquérito contra o Corinthians. Pois o Grêmio foi punido sem inquérito (no caso Aranha). O Corinthians escala um jogador irregular e dizem que tem inquérito. E aí armaram um teatro: puniram o Guerrero na semana anterior e não julgaram o Valdívia antes do clássico (Corinthians x Palmeiras, no sábado) para dizer que são isentos. Chega na segunda e vemos aquela palhaçada na audiência", analisou o dirigente.

Na última segunda-feira, o Corinthians foi julgado e absolvido por unanimidade em primeira instância, em audiência que poderia redefinir a briga pelas primeiras posições do Campeonato Brasileiro. O STJD julgou que não houve erro no registro de Petros, o que poderia tirar quatro pontos da equipe alvinegra na Série A. O Grêmio, envolvido na disputa pelo G-4 com o clube paulista, enviou advogado como parte interessada no caso.

"Foi marmelada, pois agora é o seguinte: a orientação é registrar os caras na federação e não na CBF, para depois dizer que o engano foi na federação. Com o Cruzeiro não foi a mesma coisa, o tribunal não tem jurisprudência. Se julga Corinthians de um jeito, o Grêmio de outro, o Atlético-MG de outro, o Atlético-PR de outro... É uma vergonha para o futebol ter um tribunal com esta forma de proceder", continuou.

Petros teria atuado de forma irregular no Brasileiro

A confusão envolvendo Petros ocorreu em imbróglio no registro do jogador. Foi verificada uma divergência nas datas apresentadas no contrato do atleta. Apesar de o vínculo iniciar no dia 2 de agosto, o registro de Petros no BID da CBF foi efetuado um dia antes do início da vigência. Dessa forma, Petros não poderia ter atuado contra o Coritiba, dia 3, já que seu vínculo com o Corinthians só valeria no primeiro dia útil após o registro, portanto dia 4. O STJD, entretanto, julgou que o erro foi da FPF e da CBF.

"Ficamos inseguros com esse tipo de procedimento no caso Petros e a ausência de qualquer providência. E o Grêmio não pode recorrer de nada, pois o STJD é contra o Grêmio. Se o Grêmio fizer qualquer reclamação sobre isso no fim do campeonato é capaz de perder 20 pontos e nos mandarem à segunda divisão", reclamou Nestor Hein.

"É só ver a indignação que tiveram com o Grêmio (no caso Aranha). Apresentaram julgadores indignados que não entendiam o racismo, não sabem que o Brasil é um país que tem raízes racistas pelo seu passado. É lamentável, mas o auditor que era racista foi tolerado, aí fica tudo bem. Essa é a gente que regula e faz justiça", ironizou o vice, relembrando a presença do auditor Ricardo Graiche na ocasião. O jurista teria postado fotos, em 2012, em que tratava negros de forma preconceituosa em suas redes sociais.

"O Grêmio não tem liberdade na justiça desportiva brasileira, está com o direito cerceado. E falo tudo isso pois sou um dirigente que vai embora, eu vou para minha casa porque não quero participar dessa nojeira. Não quero que prejudiquem o Grêmio com isso, ou o Fábio Koff ou o jurídico do Grêmio. Eu falo tudo isso porque sou só um indignado que vai embora do futebol", finalizou o vice de Fábio Koff, que já prometeu anteriormente se afastar do esporte após a repercussão do caso Aranha contra o clube gaúcho.

Eliminado da Copa do Brasil por meio dos tribunais, o Grêmio está atualmente em sétimo no Campeonato Brasileiro, com 51 pontos e a três do G-4. O Corinthians, em quinto, tem 53, e teria ficado atrás do time tricolor gaúcho caso fosse punido no caso Petros. A equipe de Porto Alegre volta a campo no sábado, quando encara o Vitória, dentro de casa.

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