Romildo atenua "efeito Koff" em pleito e promete unificar política do Grêmio

Romildo com Fábio Koff no momento da votação (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

Uma das principais estratégias da oposição na eleição presidencial do Grêmio foi o argumento de que Romildo Bolzan, nome da situação, era dependente do prestígio do atual mandatário Fábio Koff, em sua chapa como vice de futebol. Assim que foi eleito neste sábado com 71,4% no segundo turno, Romildo tratou de responder, em sua primeira explanação como presidente do clube para o biênio 2015/2016.

De acordo com o candidato vencedor pela Chapa 4, o resultado mostra a confiança do associado e no desejo de continuidade da atual gestão. E, segundo ele, não foi uma vitória apenas de Koff.

- Tenho absoluta noção de que ganhei. Esse resultado de hoje é de um mês atrás com pesquisas científicas. Não é um resultado da semana. O associado deu um voto de confiança a direção, a Koff, mas, principalmente, a Romildo. Nós somos pessoas com referências. Somos um conjunto de pessoas no Grêmio. Eu vou ter a minha legitimação nesse processo. Eu sei por que ganhei a eleição. Não sei se os adversários sabem por que perderam - afirmou.

Duelos à parte, Romildo também aproveitou o espaço e, em meio às comemorações na sala de conferências da Arena, anunciou que espera reunir todos as correntes políticas do clube. Sua ideia é "harmonizar" o Grêmio, que contou com cinco chapas no primeiro turno. Para tanto, pretende criar um "conselho político" e ouvir, inclusive, organizadas.

- Vou criar um organismo que não existe hoje, chamado de conselho politico. Vou dar assento e voz a torcidas organizadas para terem condições de propor, sugerir, fiscalizar. Chegou o momento da harmonização política do Grêmio. O interesse maior é a instituição. Não dá para prescindir de ninguém. Vou abrir as portas para todos que quiserem fazer parte do debate. Serei o presidente da harmonização.

Romildo foi eleito com 6.398 votos (71,4%), após votação dos sócios em segundo turno no estádio gremista neste sábado. Candidato da oposição, Homero Bellini Jr. ficou com 2.557 votos (28,6%). Aos 54 anos, será a primeira vez que Romildo comandará o clube. Ele ficará no cargo durante o biênio 2015/2016.

A eleição presidencial foi a primeira na história do clube disputada na Arena. Havia a expectativa de comparecimento recorde. No entanto, o mau tempo impediu que fossem superados os 13.491 votantes do pleito de 2012, entre os que haviam ido ao Olímpico ou votado via correspondência. A eleição deste sábado, portanto, totalizou 9.013 votos, sendo 4.649 presenciais (com dez votos brancos e 25 nulos). Outros 4.329 exerceram sua preferência pela internet (com 10 votos brancos e 13 nulos), de 5.586 cadastrados previamente.

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