
Felipão comanda Grêmio em campanha de relevo (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)
Demorou um turno inteiro, mas, enfim, o Grêmio voltou ao G-4 do Brasileirão. Beneficiado pelo empate do Atlético-MG com o Fluminense, o time de Felipão fecha uma rodada entre os quatro melhores pela primeira vez desde a sétima rodada. Tempo suficiente para uma verdadeira revolução ocorrer no grupo. Que pode muito bem explicar a evolução.
Soa curioso lembrar que a partida que fez o Grêmio sair do G-4 na oitava rodada fora justamente diante do Sport - rival derrotado na quarta-feira, na Arena. O insosso empate em 0 a 0 com os pernambucanos na Ilha do Retiro custou caro à equipe ainda comandada por Enderson Moreira, que conseguiu se sustentar por três rodadas seguidas na elite da tabela.
Desde então, muita coisa mudou. A começar pelo treinador. E o GloboEsporte.com relembra essa mutação tricolor.
EFEITO FELIPÃO
Depois dessa partida, Enderson duraria mais quatro confrontos. Foi o começo do fim, prova de que o estilo de jogo empregado pelo treinador não estava agradando. Felipão desembarcou em 30 de julho para mudar o cenário e devolver o que, na avaliação da direção, estava faltando: a velha garra tricolor. A estreia no Gre-Nal foi com derrota, mas a sequência se mostrou promissora. Hoje, Felipão tem, em 14 jogos no Nacional, tem 27 pontos. Em 12 partidas, Enderson atingiu 19.
- Nós tínhamos 13 jogos quando eu cheguei, a gente saiu de 19 para 46. Quase o mesmo número de jogos com 27 pontos. Sinal de que a equipe evoluiu. Vamos tentar um mínimo de quatro pontos para a equipe se manter lá em cima, na briga - defende o treinador.

VELHO NOVO ESQUEMA
Fellipe Bastos é homem de confiança de Felipão (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)
Com Felipão, mais mudanças aconteceram. A começar pelo esquema. Passou a vencer com três volantes, em sistema semelhante ao usado por Renato. No entanto, Scolari nega semelhança:
- O Renato jogava com três zagueiros e três volantes. Nós não jogamos com três zagueiros. O melhor chute do jogo foi do nosso volante, Fellipe. O mesmo Ramiro teve diversas oportunidades. O que nós encontramos é um estilo de jogo, parecido com o do Renato. Que é o estilo do Grêmio, não é meu nem do Renato, é o estilo do Grêmio.
Pouco aproveitado desde sua chegada, ao ser trocado por Kleber Gladiador, que rumou ao Vasco, Fellipe Bastos se tornou homem de confiança. O mesmo vale para Dudu, que, ao lado de Rhodolfo, atuara em todas as partidas de Scolari.
A REINVENÇÃO DE ZÉ ROBERTO
Zé Roberto hoje é lateral, como fora em 1996 (Foto: Diego Guichard)
O que poucos esperavam era uma reviravolta na carreira de Zé Roberto, aos 40 anos. Com Wendell vendido para o futebol alemão, Felipão optou por não usar Breno nem Marquinhos Pedroso. Transformou o experiente meia em lateral-esquerdo, função com a qual surgira para o futebol e fora rival de Scolari, pela Portuguesa, na final do Brasileirão de 1996. Resultado: Zé nunca mais saiu do time.
- Falam que o atleta que passa dos 30 já está velho. Eu estou mostrando que quando o atleta se prepara, a idade passa ser só um número. A cada jogo, procuro sempre me empenhar cada vez mais para a minha equipe. Hoje, tive a felicidade de fazer um grande jogo e sair com a vitória - afirma o jogador, que costuma ser eficaz nos desarmes.
O RENASCIMENTO DE BARCOS
Barcos está com a bola toda com Felipão (Foto: Diego Guichard)
A última rodada em que o Grêmio havia finalizado no G-4 foi traumática para Barcos. Já sofrendo com a desconfiança da torcida, o centroavante errou gol cara a cara com Rogério Ceni e viu o time de Enderson sair derrotado no Morumbi. As críticas se avolumaram com direito a piadas nas redes sociais. Com o antigo treinador, o argentino havia marcado quatro gols em 11 jogos. Com Felipão, a conta é outra: seis gols em dez jogos - desde a chegada de Scolari, o time, no total, anotou 13 tentos no Brasileirão. Não estão computados o gol diante do Vitória, em duelo sob comando do interino André Jardine.
- Todo mundo conhece o Barcos. É um jogador de grande qualidade num espaço curto. Colocamos a ideia a ele e aos jogadores que ele se preocupasse com aquele espaço, na área, que ali ele sabe fazer. Alguém tem que correr um pouco mais e isso é feito para que a bola chegue com qualidade ao Barcos - explica o comandante, que já havia trabalhado com Barcos no Palmeiras.
DEFESA APERFEIÇOADA
Ainda com Enderson, a defesa já era um esteio do time, que o fez frequentar o G-4 por três rodadas consecutivas. Tanto que, em 12 partidas, foram oito gols sofridos e uma série invicta de quatro duelos. Mas Felipão foi além. São apenas cinco gols sofridos em 14 partidas e o dobro da invencibilidade. Foram oito rodadas sem ser vazado no Brasileirão, a melhor defesa, com 15 gols em 27 jogos. Desempenho que levou Marcelo Grohe à Seleção. Mas não foi só o goleiro que se destacou. Pouco aproveitado desde sua contratação no início do ano, Pedro Geromel vem formando uma dupla implacável com Rhodolfo.
- Acho que é importante frisar que se temos a melhor defesa do campeonato, não é por eu ser o melhor zagueiro, ou por termos o melhor lateral, ou volante. O time todo ajuda muito. Desde o centroavante, que marca lá na frente. Ajuda para que o time se torne sólido. É uma amostra de que está todo mundo remando para o mesmo lado. Se não, não tínhamos essa condição - pondera Geromel.
Grohe na Seleção coroa grande fase da defesa gremista (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)
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Demorou um turno inteiro, mas, enfim, o Grêmio voltou ao G-4 do Brasileirão. Beneficiado pelo empate do Atlético-MG com o Fluminense, o time de Felipão fecha uma rodada entre os quatro melhores pela primeira vez desde a sétima rodada. Tempo suficiente para uma verdadeira revolução ocorrer no grupo. Que pode muito bem explicar a evolução.
Soa curioso lembrar que a partida que fez o Grêmio sair do G-4 na oitava rodada fora justamente diante do Sport - rival derrotado na quarta-feira, na Arena. O insosso empate em 0 a 0 com os pernambucanos na Ilha do Retiro custou caro à equipe ainda comandada por Enderson Moreira, que conseguiu se sustentar por três rodadas seguidas na elite da tabela.
Desde então, muita coisa mudou. A começar pelo treinador. E o GloboEsporte.com relembra essa mutação tricolor.
EFEITO FELIPÃO
Depois dessa partida, Enderson duraria mais quatro confrontos. Foi o começo do fim, prova de que o estilo de jogo empregado pelo treinador não estava agradando. Felipão desembarcou em 30 de julho para mudar o cenário e devolver o que, na avaliação da direção, estava faltando: a velha garra tricolor. A estreia no Gre-Nal foi com derrota, mas a sequência se mostrou promissora. Hoje, Felipão tem, em 14 jogos no Nacional, tem 27 pontos. Em 12 partidas, Enderson atingiu 19.
- Nós tínhamos 13 jogos quando eu cheguei, a gente saiu de 19 para 46. Quase o mesmo número de jogos com 27 pontos. Sinal de que a equipe evoluiu. Vamos tentar um mínimo de quatro pontos para a equipe se manter lá em cima, na briga - defende o treinador.

VELHO NOVO ESQUEMA

Com Felipão, mais mudanças aconteceram. A começar pelo esquema. Passou a vencer com três volantes, em sistema semelhante ao usado por Renato. No entanto, Scolari nega semelhança:
- O Renato jogava com três zagueiros e três volantes. Nós não jogamos com três zagueiros. O melhor chute do jogo foi do nosso volante, Fellipe. O mesmo Ramiro teve diversas oportunidades. O que nós encontramos é um estilo de jogo, parecido com o do Renato. Que é o estilo do Grêmio, não é meu nem do Renato, é o estilo do Grêmio.
Pouco aproveitado desde sua chegada, ao ser trocado por Kleber Gladiador, que rumou ao Vasco, Fellipe Bastos se tornou homem de confiança. O mesmo vale para Dudu, que, ao lado de Rhodolfo, atuara em todas as partidas de Scolari.
A REINVENÇÃO DE ZÉ ROBERTO

O que poucos esperavam era uma reviravolta na carreira de Zé Roberto, aos 40 anos. Com Wendell vendido para o futebol alemão, Felipão optou por não usar Breno nem Marquinhos Pedroso. Transformou o experiente meia em lateral-esquerdo, função com a qual surgira para o futebol e fora rival de Scolari, pela Portuguesa, na final do Brasileirão de 1996. Resultado: Zé nunca mais saiu do time.
- Falam que o atleta que passa dos 30 já está velho. Eu estou mostrando que quando o atleta se prepara, a idade passa ser só um número. A cada jogo, procuro sempre me empenhar cada vez mais para a minha equipe. Hoje, tive a felicidade de fazer um grande jogo e sair com a vitória - afirma o jogador, que costuma ser eficaz nos desarmes.
O RENASCIMENTO DE BARCOS

A última rodada em que o Grêmio havia finalizado no G-4 foi traumática para Barcos. Já sofrendo com a desconfiança da torcida, o centroavante errou gol cara a cara com Rogério Ceni e viu o time de Enderson sair derrotado no Morumbi. As críticas se avolumaram com direito a piadas nas redes sociais. Com o antigo treinador, o argentino havia marcado quatro gols em 11 jogos. Com Felipão, a conta é outra: seis gols em dez jogos - desde a chegada de Scolari, o time, no total, anotou 13 tentos no Brasileirão. Não estão computados o gol diante do Vitória, em duelo sob comando do interino André Jardine.
- Todo mundo conhece o Barcos. É um jogador de grande qualidade num espaço curto. Colocamos a ideia a ele e aos jogadores que ele se preocupasse com aquele espaço, na área, que ali ele sabe fazer. Alguém tem que correr um pouco mais e isso é feito para que a bola chegue com qualidade ao Barcos - explica o comandante, que já havia trabalhado com Barcos no Palmeiras.
DEFESA APERFEIÇOADA
Ainda com Enderson, a defesa já era um esteio do time, que o fez frequentar o G-4 por três rodadas consecutivas. Tanto que, em 12 partidas, foram oito gols sofridos e uma série invicta de quatro duelos. Mas Felipão foi além. São apenas cinco gols sofridos em 14 partidas e o dobro da invencibilidade. Foram oito rodadas sem ser vazado no Brasileirão, a melhor defesa, com 15 gols em 27 jogos. Desempenho que levou Marcelo Grohe à Seleção. Mas não foi só o goleiro que se destacou. Pouco aproveitado desde sua contratação no início do ano, Pedro Geromel vem formando uma dupla implacável com Rhodolfo.
- Acho que é importante frisar que se temos a melhor defesa do campeonato, não é por eu ser o melhor zagueiro, ou por termos o melhor lateral, ou volante. O time todo ajuda muito. Desde o centroavante, que marca lá na frente. Ajuda para que o time se torne sólido. É uma amostra de que está todo mundo remando para o mesmo lado. Se não, não tínhamos essa condição - pondera Geromel.

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