Coluna do Cacalo: O mico do século

Hino não tocou no Beira-Rio
Foto: Diego Vara / Agencia RBS

Reconheço que o reformado Beira-Rio, na Copa do Mundo não pertence ao Internacional, estando sob o comando da Fifa. Mas é importante lembrar que ouvimos todos dias que o relacionamento entre as duas entidades é superior, tanto que veio a ser a sede dos jogos em Porto Alegre.

Começo a desconfiar dessa relação. Alguns anos atrás, a Fifa rebaixou por 24 horas o Inter, por calote. Depois, num campeonato mundial Fifa, o glorioso e tradicional campeoníssimo do continente africano Mazembe, que deu até nome para viaduto, fez a festa, no maior vexame mundial dentro do campo, justamente por ser mundial Fifa.

Agora, as duas entidades inseparáveis bateram todos os recordes possíveis, imagináveis e principalmente pelo ineditismo do fato. Não foi ouvido o mais lindo hino de uma nação, fato reconhecido mundialmente, por defeito na sonorização do reformado Beira-Rio. Jogo transmitido para mais de 200 países, fez com que o vexame Mazembe se transformasse num fato sem nenhuma significação.

E não me venham com mau humor

Se tivessem nos avisado que a reforma não incluiria a fiação ou o sistema elétrico, que acreditamos possa ser de 1969, pelo menos na condição de coirmãos, teríamos emprestado aquelas caixas de som novinhas em folha que não foram usadas na pretensa vinda Ronaldinho, e o Rio Grande amado e Porto Alegre, nossa linda capital, não voltariam para o cenário mundial com tão inesquecível mico fora de campo. O nosso som não pifa, com certeza seria Fifa. E não me venham com mau humor. "Vivre le marselleise."

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