
Centro de operações da Arena: mais de 240 câmeras (Foto: Omas Freitas/Agência RBS)
Além de prometer "fiscalizar" ofensas em outros jogos do futebol nacional, o Grêmio também olha para dentro de si próprio, após a eliminação da Copa do Brasil por injúrias raciais de torcedores, confirmada em julgamento na sexta-feira no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O clube estuda fazer um novo investimento em câmeras na Arena. Embora o estádio tenha mais de 240 equipamentos que filmam em HD, nenhuma é específica para identificação de pessoas.
A proposta foi confirmada ao GloboEsporte.com pelo advogado Gabriel Vieira após fazer a defesa do clube gaúcho no STJD. O Grêmio acabou punido com perda de pontos, e não exclusão da Copa do Brasil. Mas o resultado, na prática, foi o mesmo. Por conta de atos racistas de torcedores na arquibancada, o prejuízo foi grande o suficiente para fazer o clube pensar, de imediato, em aprimorar o sistema de câmeras da Arena. Na Copa do Mundo, por exemplo, foi usado um esquema inovador no Brasil, com identificação facial.
Imagens do sistema de segurança da Arena, entregues pelo Grêmio, também fizeram parte do processo e foram observadas pelos auditores durante a sessão nesta sexta-feira. O GloboEsporte.com teve acesso às imagens mostradas aos auditores na sessão - elas foram exibidas somente aos auditores no computador do relator do processo no Pleno uma vez que o aparelho de DVD para apreciação geral estava com defeito. No vídeo, um grupo pequeno de torcedores se manifesta e gesticula (assista acima).
Ao todo, cinco torcedores foram identificados pelo Grêmio, que entregou os dados à polícia. Dois deles eram sócios e foram suspensos. Os auditores mencionaram as imagens e entenderam se tratar de um caso grave, assim tipificado no artigo com o qual o clube foi punido. Após os julgamento, os dirigentes do Grêmio consideram que o clube foi injustiçado e o vice-presidente Nestor Hein chegou a chamar o tribunal de "teatro".
- Temos um sistema de câmeras, mas são câmeras de segurança, não de identificação. Precisam, para isso, ter uma resolução mais alta. A ideia é ver isso de imediato porque o Grêmio vem sofrendo. Mas não temos custo ainda, será estudado, isso foi dito em uma reunião há três semanas - afirmou o advogado Gabriel Vieira, lembrando que, como o estádio é administrado em parceria com uma empresa, essa ideia precisa passar por várias esferas.
Antes da eclosão do "caso Aranha" em 28 de agosto, a Arena tinha 240 câmeras de vídeo, sendo 25 capazes de captar imagens com 720p de resolução. Depois do episódio envolvendo o goleiro santista, somado a cânticos racistas contra o Inter da torcida Geral diante do Bahia, a administração do estádio, em conjunto com o Grêmio, aumentou em 30% o número de câmeras - algumas ganharam microfones especiais para diminuir o tempo de análises de leitura labial.
O Grêmio também aumentou o cerco sobre a organizada Geral, que ocupa o espaço de onde saíram as manifestações racistas contra Aranha. A direção decidiu pela suspensão de direitos da torcida, como usar instrumentos e adereços que a ligassem ao clube. A própria Geral optou por evitar o termo "macaco" de seus cânticos, embora tenha deixado claro a sua contrariedade.
Na semana passada, no retorno de Aranha e Santos à Arena, foi restringido a compra de ingressos no setor - apenas um por CPF - e foram colocados orientadores e seguranças infiltrados no espaço. A assessoria da arena informou que de fato não há câmeras próprias para identificação, mas pediu um prazo maior para envio de informações mais técnicas sobre o aparato atualmente disponível no estádio.
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A proposta foi confirmada ao GloboEsporte.com pelo advogado Gabriel Vieira após fazer a defesa do clube gaúcho no STJD. O Grêmio acabou punido com perda de pontos, e não exclusão da Copa do Brasil. Mas o resultado, na prática, foi o mesmo. Por conta de atos racistas de torcedores na arquibancada, o prejuízo foi grande o suficiente para fazer o clube pensar, de imediato, em aprimorar o sistema de câmeras da Arena. Na Copa do Mundo, por exemplo, foi usado um esquema inovador no Brasil, com identificação facial.
Imagens do sistema de segurança da Arena, entregues pelo Grêmio, também fizeram parte do processo e foram observadas pelos auditores durante a sessão nesta sexta-feira. O GloboEsporte.com teve acesso às imagens mostradas aos auditores na sessão - elas foram exibidas somente aos auditores no computador do relator do processo no Pleno uma vez que o aparelho de DVD para apreciação geral estava com defeito. No vídeo, um grupo pequeno de torcedores se manifesta e gesticula (assista acima).
Ao todo, cinco torcedores foram identificados pelo Grêmio, que entregou os dados à polícia. Dois deles eram sócios e foram suspensos. Os auditores mencionaram as imagens e entenderam se tratar de um caso grave, assim tipificado no artigo com o qual o clube foi punido. Após os julgamento, os dirigentes do Grêmio consideram que o clube foi injustiçado e o vice-presidente Nestor Hein chegou a chamar o tribunal de "teatro".
- Temos um sistema de câmeras, mas são câmeras de segurança, não de identificação. Precisam, para isso, ter uma resolução mais alta. A ideia é ver isso de imediato porque o Grêmio vem sofrendo. Mas não temos custo ainda, será estudado, isso foi dito em uma reunião há três semanas - afirmou o advogado Gabriel Vieira, lembrando que, como o estádio é administrado em parceria com uma empresa, essa ideia precisa passar por várias esferas.
Antes da eclosão do "caso Aranha" em 28 de agosto, a Arena tinha 240 câmeras de vídeo, sendo 25 capazes de captar imagens com 720p de resolução. Depois do episódio envolvendo o goleiro santista, somado a cânticos racistas contra o Inter da torcida Geral diante do Bahia, a administração do estádio, em conjunto com o Grêmio, aumentou em 30% o número de câmeras - algumas ganharam microfones especiais para diminuir o tempo de análises de leitura labial.
O Grêmio também aumentou o cerco sobre a organizada Geral, que ocupa o espaço de onde saíram as manifestações racistas contra Aranha. A direção decidiu pela suspensão de direitos da torcida, como usar instrumentos e adereços que a ligassem ao clube. A própria Geral optou por evitar o termo "macaco" de seus cânticos, embora tenha deixado claro a sua contrariedade.
Na semana passada, no retorno de Aranha e Santos à Arena, foi restringido a compra de ingressos no setor - apenas um por CPF - e foram colocados orientadores e seguranças infiltrados no espaço. A assessoria da arena informou que de fato não há câmeras próprias para identificação, mas pediu um prazo maior para envio de informações mais técnicas sobre o aparato atualmente disponível no estádio.
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