
Lucas Uebel / Grêmio, DVG
A terceira placa metálica com o escudo do Grêmio foi afixada na taça da Libertadores após a vitória por 2 a 1 sobre o Lanús, em La Fortaleza, na última quarta-feira. Mas o esqueleto do time começou a ser construído muitos anos antes quando os primeiros protagonistas do título chegaram ao clube. Dos 11 atletas principais, quatro foram formados na base e quase todos buscados a investimento baixo no mercado. Alguns estão no clube desde 2013.
Esta é a política do presidente Romildo Bolzan Júnior. É a "receita" dada pelo mandatário do Grêmio para formar equipes fortes. Ele mesmo citou exemplo de outros clubes, como Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG, presentes na Libertadores com investimento muito maior, mas sem o sucesso do Tricolor nos últimos anos. A equipe se forjou também dentro do campo, com a chegada de Renato.
Renato Portalupi com Romildo Bolzan (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)
A intenção desde o início foi de comandar um trabalho de longo prazo. Apesar de mudanças no processo, o Grêmio sempre defendeu, ao menos publicamente, a manutenção de uma diretriz de trabalho, mesmo com mudança de nomes.
- É porque tem começo, meio e fim, propostas de começo, situações que a gente imagina, organizadas, situações que não dão certo, que tu volta atrás. Um ambiente de muita efervescência, quando dá certo é fácil, quando dá errado, começa de novo. O processo de formação, competitividade e responsabilidade, trazem o Grêmio tranquilamente para frente - comentou Romildo Bolzan Júnior.
- Nós perdemos alguns jogadores por lesões, alguns jogadores até em cirurgia como o Maicon e o Douglas. A saída do Pedro Rocha. O Grêmio não fez grandes contratações, foi um dos poucos clubes do Brasil que não investiu. E mesmo assim o grupo se enfraqueceu durante a Copa do Brasil e a Libertadores. Mas eu sempre falei, esse grupo não tem palavras. Quem saia, quem entrava dava conta do recado. Foi o que aconteceu. E durante a Libertadores toda, sempre falava para estarem preparados, que as oportunidades iriam aparecer. E foi o que aconteceu. Nossa grande meta era conquistar a Libertadores - explicou Renato.
Cortez passou pelo crivo de Renato (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)
Em campo, o Grêmio se forjou em busca da América. O modelo de jogo foi mantido pelo comandante. A estratégia também semelhante a de 2016: preservar os titulares em situações prévias às partidas decisivas. Houve, também, decepções. O ano do Grêmio seria bom mesmo em caso de derrota para o Lanús e nenhum título no armário. Mas o elenco amadureceu em eliminações como do Gauchão e Copa do Brasil, além das oitavas da Libertadores, na temporada passada, para o Rosario Central.
A formação do time campeão
Quatro atletas do time que começou a vitória sobre o Lanús são oriundos da base: Marcelo Grohe, Arthur, Jailson e Luan, todos formados ou lapidados nas categorias inferiores do clube gaúcho. Ou seja, com investimento apenas de formação para todos - além, claro, de luvas e bonificações. Mas sem a necessidade de comprar direitos econômicos, geralmente o maior gasto dos clubes.
O lateral-direito Edílson foi contratado durante o ano de 2016, quando o vice de futebol era Alberto Guerra, com Roger Machado ainda no comando, por um valor próximo de R$ 1 milhão. O dirigente, inclusive, esteve em Buenos Aires como torcedor, na arquibancada, sem a pompa de ter acompanhado a delegação como antes fazia. No grupo, o camisa 2 injetou uma personalidade diferente para o time na ocasião, algo que só seria visto no argentino Kannemann quando este também fosse contratado.
Pedro Geromel chegou por empréstimo antes de ser contratado (Foto: Tomás Hammes)
Geromel chegou ao Grêmio em dezembro de 2013, por empréstimo, ao custo de 300 mil euros (R$ 1,1 milhão, na cotação atual da moeda europeia). Depois, quando o contrato com o Colônia já estava no final, o clube gaúcho fez a aquisição a partir de um valor negociado diretamente com o atleta, de luvas. Hoje, o zagueiro recebeu um polpudo aumento neste ano e foi o capitão a levantar a taça da Libertadores na Argentina.
Bressan, que jogou na vaga de Kannemann, chegou junto com Ramiro ao Grêmio. Ambos estavam em um pacote ainda com Paulinho, atacante, e o goleiro Follmann, sobrevivente do acidente com a delegação da Chapecoense, há um ano. Os quatro jogadores custaram aos cofres do Grêmio R$ 1,5 milhão aproximadamente.
Ambos, Bressan e Ramiro, campeões da América, além disso, renderam receita para o Tricolor. Na época que a divisão de direitos não era proibida, o clube efetuou a venda de 50% dos direitos de cada atleta. A operação rendeu, na época, R$ 30 milhões, utilizados pelo clube gaúcho para manter tudo em dia, desde salários até fluxo de caixa.
Arthur e Jailson foram crias das categorias de base. O segundo ganhou a posição de Michel, submetido a cirurgia no joelho esquerdo no início de setembro. O volante foi buscado no Atlético-GO, após a campanha do título da Série B, por R$ 300 mil. O empréstimo vai até o fim do ano, mas o Grêmio já efetuou a compra do meio-campista por mais R$ 1,2 milhão. Valor baixo para o retorno apresentado em 2017.
Fernandinho foi bancado por Renato e... você sabe! (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)
Fernandinho é talvez o jogador mais caro do elenco. Foi buscado na metade do ano de 2014, comprado com a ajuda de um investidor. O atacante custou na época 2 milhões de euros (R$ 7 milhões, na cotação atual) e só ganhou sequência por uma questão pessoal de Renato. O técnico apostou no atacante como substituto de Pedro Rocha, vendido ao Spartak Moscou, e acabou por guiá-lo rumo ao gol do título da América.
O último elo desta equipe titular é Lucas Barrios. O atacante ganhou luvas, mas rescindiu o contrato com o Palmeiras e, por isso, esteve livre no mercado para fechar com o Tricolor por um ano. Também chegou livre de pagamento pelos seus direitos.
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Esta é a política do presidente Romildo Bolzan Júnior. É a "receita" dada pelo mandatário do Grêmio para formar equipes fortes. Ele mesmo citou exemplo de outros clubes, como Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG, presentes na Libertadores com investimento muito maior, mas sem o sucesso do Tricolor nos últimos anos. A equipe se forjou também dentro do campo, com a chegada de Renato.
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A intenção desde o início foi de comandar um trabalho de longo prazo. Apesar de mudanças no processo, o Grêmio sempre defendeu, ao menos publicamente, a manutenção de uma diretriz de trabalho, mesmo com mudança de nomes.
- É porque tem começo, meio e fim, propostas de começo, situações que a gente imagina, organizadas, situações que não dão certo, que tu volta atrás. Um ambiente de muita efervescência, quando dá certo é fácil, quando dá errado, começa de novo. O processo de formação, competitividade e responsabilidade, trazem o Grêmio tranquilamente para frente - comentou Romildo Bolzan Júnior.
- Nós perdemos alguns jogadores por lesões, alguns jogadores até em cirurgia como o Maicon e o Douglas. A saída do Pedro Rocha. O Grêmio não fez grandes contratações, foi um dos poucos clubes do Brasil que não investiu. E mesmo assim o grupo se enfraqueceu durante a Copa do Brasil e a Libertadores. Mas eu sempre falei, esse grupo não tem palavras. Quem saia, quem entrava dava conta do recado. Foi o que aconteceu. E durante a Libertadores toda, sempre falava para estarem preparados, que as oportunidades iriam aparecer. E foi o que aconteceu. Nossa grande meta era conquistar a Libertadores - explicou Renato.
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Em campo, o Grêmio se forjou em busca da América. O modelo de jogo foi mantido pelo comandante. A estratégia também semelhante a de 2016: preservar os titulares em situações prévias às partidas decisivas. Houve, também, decepções. O ano do Grêmio seria bom mesmo em caso de derrota para o Lanús e nenhum título no armário. Mas o elenco amadureceu em eliminações como do Gauchão e Copa do Brasil, além das oitavas da Libertadores, na temporada passada, para o Rosario Central.
A formação do time campeão
Quatro atletas do time que começou a vitória sobre o Lanús são oriundos da base: Marcelo Grohe, Arthur, Jailson e Luan, todos formados ou lapidados nas categorias inferiores do clube gaúcho. Ou seja, com investimento apenas de formação para todos - além, claro, de luvas e bonificações. Mas sem a necessidade de comprar direitos econômicos, geralmente o maior gasto dos clubes.
O lateral-direito Edílson foi contratado durante o ano de 2016, quando o vice de futebol era Alberto Guerra, com Roger Machado ainda no comando, por um valor próximo de R$ 1 milhão. O dirigente, inclusive, esteve em Buenos Aires como torcedor, na arquibancada, sem a pompa de ter acompanhado a delegação como antes fazia. No grupo, o camisa 2 injetou uma personalidade diferente para o time na ocasião, algo que só seria visto no argentino Kannemann quando este também fosse contratado.
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Geromel chegou ao Grêmio em dezembro de 2013, por empréstimo, ao custo de 300 mil euros (R$ 1,1 milhão, na cotação atual da moeda europeia). Depois, quando o contrato com o Colônia já estava no final, o clube gaúcho fez a aquisição a partir de um valor negociado diretamente com o atleta, de luvas. Hoje, o zagueiro recebeu um polpudo aumento neste ano e foi o capitão a levantar a taça da Libertadores na Argentina.
Bressan, que jogou na vaga de Kannemann, chegou junto com Ramiro ao Grêmio. Ambos estavam em um pacote ainda com Paulinho, atacante, e o goleiro Follmann, sobrevivente do acidente com a delegação da Chapecoense, há um ano. Os quatro jogadores custaram aos cofres do Grêmio R$ 1,5 milhão aproximadamente.
Ambos, Bressan e Ramiro, campeões da América, além disso, renderam receita para o Tricolor. Na época que a divisão de direitos não era proibida, o clube efetuou a venda de 50% dos direitos de cada atleta. A operação rendeu, na época, R$ 30 milhões, utilizados pelo clube gaúcho para manter tudo em dia, desde salários até fluxo de caixa.
Arthur e Jailson foram crias das categorias de base. O segundo ganhou a posição de Michel, submetido a cirurgia no joelho esquerdo no início de setembro. O volante foi buscado no Atlético-GO, após a campanha do título da Série B, por R$ 300 mil. O empréstimo vai até o fim do ano, mas o Grêmio já efetuou a compra do meio-campista por mais R$ 1,2 milhão. Valor baixo para o retorno apresentado em 2017.
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Fernandinho é talvez o jogador mais caro do elenco. Foi buscado na metade do ano de 2014, comprado com a ajuda de um investidor. O atacante custou na época 2 milhões de euros (R$ 7 milhões, na cotação atual) e só ganhou sequência por uma questão pessoal de Renato. O técnico apostou no atacante como substituto de Pedro Rocha, vendido ao Spartak Moscou, e acabou por guiá-lo rumo ao gol do título da América.
O último elo desta equipe titular é Lucas Barrios. O atacante ganhou luvas, mas rescindiu o contrato com o Palmeiras e, por isso, esteve livre no mercado para fechar com o Tricolor por um ano. Também chegou livre de pagamento pelos seus direitos.
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Comentários
Comentários (2)
no pacote do Juventude tinha ainda o Alex Teles se não me engano... Só a venda dele já pagou todo o investimento nos outros!!!
VOCÊ QUE ESTÁ CANSADO DE TER POUCA PROGRAMAÇÃO DE TVV ASSSINATURA E NÃO CONCORDA COM OS VALORES COBRADOS
FAÇO LIBERAÇÃO E DIMINUÍMOS O VALOR DA CONTA
PARA TODO BRASIL
WHATZSAP 11 958694345
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