Fernandinho, Arroyo ou Everton? Grêmio faz vestibular e procura seu novo Pedro Rocha

O bom futebol tirou um período sabático do Grêmio. E o principal passo atrás corresponde ao setor ofensivo. Conforme os próprios gremistas, o time vem sofrendo com um rendimento abaixo do já apresentado na criação de jogadas. E Renato Gaúcho parece procurar entre as opções seu novo Pedro Rocha. Tenta Everton, Fernandinho e Arroyo, mas sem fixar um deles.



Uma das razões pela queda de rendimento é a falta de profundidade após a venda do atacante ao Spartak Moscou. Era ele o responsável por atacar os espaços vazios pelo lado esquerdo e enveredar para o meio quando da necessidade de transitar em velocidade e contra-atacar. Falta quem dê atualmente essa pitada agressiva ao time.

- O Everton estava com um potencial igual ou superior ao Pedro Rocha. O Pedro sempre teve foco e comprometimento na carreira. Por isso virou titular, mas o Grêmio tem peças de reposição. Temos Everton, Arroyo, Dionathã. Alternativas existem. A questão é encontrar o equilíbrio do que ocorria antes - analisou o vice de futebol Odorico Roman.

Dos testados, Fernandinho é o que mais chances ganhou. Em determinado momento, inclusive, se consolidou como titular pelo lado esquerdo, mesmo que tenha chamado mais atenção ao entrar nas partidas pela direita. Atuou em sete dos oito jogos disputados desde a goleada por 5 a 0 sobre o Sport, quando iniciou-se a caminhada sem Pedro Rocha.

Na derrota de quarta-feira para o Cruzeiro, Arroyo foi a surpresa por aquele lado. Escalado como titular, havia desembarcado na segunda da seleção equatoriana. Treinou na terça e foi para o jogo. O equatoriano foi buscado justamente por atuar pela esquerda, com força e arremate. Além de quarta, começou a partida contra o Bahia.

Everton em ação no jogo-treino de quinta-feira (Foto: Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação)

Antes, Everton fora titular na vitória sobre o Fluminense, com Arroyo no banco. Desde 2015, o jovem formado na base do clube disputava com Pedro Rocha vaga entre os 11 iniciais. Perdeu terreno definitivamente em 2017. Mas é visto internamente como o jogador mais próximo do ex-companheiro. É um dos que mais atuou no ano, com 49 partidas.

- O Ramiro, que jogava mais pelo meu lado, lesionou. De repente, ele (Renato) colocou o Fernandinho para a direita porque não tinha o Ramiro. Mas o entrosamento é muito importante, a sequência para quem está jogando e que entre com confiança. Quem jogar, que a gente faça nosso melhor. Não vai dar para jogar bonito. Se der, beleza, mas se não der, ganhar do jeito que dá - comentou o lateral Edílson.

Poucas chances de gol

O setor ofensivo gremista teve uma queda. Desde a goleada no Sport, foram apenas dois jogos no qual o Tricolor marcou gols, contra Botafogo, pela Libertadores, e Fluminense, pelo Brasileirão. Nas últimas partidas, as oportunidades de anotar rarearam (veja na tabela abaixo).



Em compromissos anteriores, como no duelo com o Santos, com time titular, o Grêmio esteve em seus melhores dias, apesar do empate em 1 a 1. Foram 10 oportunidades de gol e 21 finalizações. Na vitória sobre a Ponte Preta, 13 chutes e nove chances reais. Nas derrotas para o líder Corinthians e para o Avaí, em casa, novamente bons números: cinco chances em 16 arremates e 11 oportunidades em 17 finalizações, respectivamente. No jogo com o Cruzeiro do primeiro turno, empate em 3 a 3 e rotulado como um dos melhores da competição, 11 chances e 15 finalizações.

Renato terá pouco tempo para ajustar a equipe. Na tarde desta sexta, o elenco treina e já viaja para Curitiba. O Tricolor enfrenta o Coritiba, no domingo, no Couto Pereira. E com a necessidade de vencer acima de qualquer desempenho.


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