
Palco em que o Grêmio encaminhou a conquista do penta da Copa do Brasil no ano passado, o Mineirão agora oferece lições ao time de Renato Portaluppi para os últimos meses de 2017. A eliminação frente ao Cruzeiro de Mano Menezes foi repleta de méritos do adversário, que soube aproveitar o ambiente criado pela torcida e foi mais efetivo.
Mas também exibiu problemas da equipe gaúcha, que não demonstrou capacidade para matar o jogo no início, foi vazada em jogada de bola aérea e teve aproveitamento pífio em sua segunda queda nos pênaltis neste ano.
Veja no que o Grêmio pode evoluir para tentar salvar o ano na Libertadores, em que disputará o mata-mata das quartas com o Botafogo em 13 e 20 de setembro.
Atenção na bola aérea
Um velho fantasma voltou a atormentar o Grêmio. Trata-se dos gols sofridos em jogadas de bola aérea, que foram estancados após a chegada de Renato no ano passado. A mudança no sistema de marcação de zona para o individual surtiu efeitos positivos durante todo o ano, mas na hora decisiva falhou. No segundo tempo, Hudson aproveitou a falha de posicionamento do lateral-direito Edílson para vencer Marcelo Grohe. Para o ex-lateral-direito Patrício, vice-campeão da América em 2007 com Mano Menezes no Grêmio, a atenção tem de ser total.
— Você não precisa ter altura para marcar dentro da área, o importante é desequilibrar o adversário na hora da impulsão. Ontem, o Grêmio foi infeliz, teve uma partida atípica. O Mano montou uma estratégia muito boa. Desde a época do XV de Novembro ele sabe bem como jogar a Copa do Brasil — observa Patrício.
Maldição dos pênaltis
Decisão em cobrança de pênalti tem sido sinônimo de eliminação para o Grêmio nesta temporada. Foi assim no Gauchão, contra o Novo Hamburgo, e na Copa do Brasil, contra o Cruzeiro. De um total de 27 pênaltis, o time de Renato errou 11, ou 40%. Quatro foram perdidos por Luan, que desperdiçou 50% das tentativas no ano. Atenta, a comissão técnica do Cruzeiro observou o jeito como ele bate na bola. O auxiliar James Freitas, que deixou o Grêmio no final do ano passado para atuar na comissão de Mano Menezes, conta que os dados foram passados ao goleiro Fábio.
— O Luan já tinha errado três cobranças no canto esquerdo, identificamos isso em nosso levantamento. E o Fábio é muito interessado nestes dados. Ele me disse, depois do jogo, que, quando viu o enquadramento do corpo do Luan, tinha certeza que ia chutar naquele lado — revela Freitas.
Matar o jogo sem sustos
Aos quatro minutos do primeiro tempo, Barrios recebeu passe de Luan e ficou cara a cara com Fábio dentro da área do Cruzeiro. Em condições normais, o artilheiro do Grêmio neste ano, com 17 gols marcados, teria balançado as redes. Mas o centroavante parecia aturdido com o ambiente criado pela torcida adversária no Mineirão. O chute foi em cima do goleiro, o que gerou lamentos do técnico Renato na casamata. Para o ex-centroavante Christian, que passou pelo Grêmio entre 2003 e 2004, o lance poderia ter mudado a sorte da decisão.
— Se o Barrios fizesse gol naquele lance, o Grêmio teria mais tranquilidade. Até pelo gol qualificado, praticamente inviabilizaria a classificação do Cruzeiro. Mas entendo que o principal mérito foi do Mano. Ele sabia que a única chance era equilibrar o confronto era na atitude. E, talvez, o Grêmio não esperasse esta mudança de postura — avalia Christian.
Desgaste físico
Apesar de ter poupado seus titulares no final de semana contra o Atlético-PR, Renato já não conta com o mesmo rendimento físico de alguns jogadores. Um deles é Ramiro, decisivo para o alto nível obtido pela equipe no início da temporada, mas que já não exibe o mesmo desempenho nos últimos jogos. Fora da Copa do Brasil, o Grêmio agora terá uma semana e meia para descansar seus jogadores até o jogo com o Sport, pelo Brasileirão, em 2 de setembro. Em 15 dias de treinos no mês de maio, após a eliminação no Gauchão, Renato teve sucesso em remobilizar o grupo.
— Com o número de jogos que o time vem fazendo, atuando quarta e domingo em três campeonatos diferentes, chega um momento do ano em que começa a ser cobrada a conta — diz Christian.
Reação ao adversário
O Cruzeiro de Mano Menezes fugiu do óbvio no Mineirão. Em vez de escalar Rafael Sobis na frente, o técnico surpreendeu com a entrada de Elber pelo lado e a utilização de Thiago Neves como "falso 9".
Como o novo sistema não funcionou, optou pela entrada de Raniel como centroavante para apostar no jogo aéreo. A alteração, conta James Freitas, foi decidida pela comissão técnica no intervalo.
E o garoto abriu espaços entre a linha de volantes e zagueiros do Grêmio, possibilitando uma presença ofensiva mais intensa. O técnico Renato nada fez para combater a mudança feita por Mano. Fez uma aposta infrutífera ao trocar Barrios por Everton e não conseguiu resgatar Luan da marcação do Cruzeiro.
— O Luan tem muito talento para jogar nas costas dos volantes. O contraveneno é atuar mais compacto e diminuir o espaço onde ele está acostumado a jogar — observa James Freitas.
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Mas também exibiu problemas da equipe gaúcha, que não demonstrou capacidade para matar o jogo no início, foi vazada em jogada de bola aérea e teve aproveitamento pífio em sua segunda queda nos pênaltis neste ano.
Veja no que o Grêmio pode evoluir para tentar salvar o ano na Libertadores, em que disputará o mata-mata das quartas com o Botafogo em 13 e 20 de setembro.
Atenção na bola aérea
Um velho fantasma voltou a atormentar o Grêmio. Trata-se dos gols sofridos em jogadas de bola aérea, que foram estancados após a chegada de Renato no ano passado. A mudança no sistema de marcação de zona para o individual surtiu efeitos positivos durante todo o ano, mas na hora decisiva falhou. No segundo tempo, Hudson aproveitou a falha de posicionamento do lateral-direito Edílson para vencer Marcelo Grohe. Para o ex-lateral-direito Patrício, vice-campeão da América em 2007 com Mano Menezes no Grêmio, a atenção tem de ser total.
— Você não precisa ter altura para marcar dentro da área, o importante é desequilibrar o adversário na hora da impulsão. Ontem, o Grêmio foi infeliz, teve uma partida atípica. O Mano montou uma estratégia muito boa. Desde a época do XV de Novembro ele sabe bem como jogar a Copa do Brasil — observa Patrício.
Maldição dos pênaltis
Decisão em cobrança de pênalti tem sido sinônimo de eliminação para o Grêmio nesta temporada. Foi assim no Gauchão, contra o Novo Hamburgo, e na Copa do Brasil, contra o Cruzeiro. De um total de 27 pênaltis, o time de Renato errou 11, ou 40%. Quatro foram perdidos por Luan, que desperdiçou 50% das tentativas no ano. Atenta, a comissão técnica do Cruzeiro observou o jeito como ele bate na bola. O auxiliar James Freitas, que deixou o Grêmio no final do ano passado para atuar na comissão de Mano Menezes, conta que os dados foram passados ao goleiro Fábio.
— O Luan já tinha errado três cobranças no canto esquerdo, identificamos isso em nosso levantamento. E o Fábio é muito interessado nestes dados. Ele me disse, depois do jogo, que, quando viu o enquadramento do corpo do Luan, tinha certeza que ia chutar naquele lado — revela Freitas.
Matar o jogo sem sustos
Aos quatro minutos do primeiro tempo, Barrios recebeu passe de Luan e ficou cara a cara com Fábio dentro da área do Cruzeiro. Em condições normais, o artilheiro do Grêmio neste ano, com 17 gols marcados, teria balançado as redes. Mas o centroavante parecia aturdido com o ambiente criado pela torcida adversária no Mineirão. O chute foi em cima do goleiro, o que gerou lamentos do técnico Renato na casamata. Para o ex-centroavante Christian, que passou pelo Grêmio entre 2003 e 2004, o lance poderia ter mudado a sorte da decisão.
— Se o Barrios fizesse gol naquele lance, o Grêmio teria mais tranquilidade. Até pelo gol qualificado, praticamente inviabilizaria a classificação do Cruzeiro. Mas entendo que o principal mérito foi do Mano. Ele sabia que a única chance era equilibrar o confronto era na atitude. E, talvez, o Grêmio não esperasse esta mudança de postura — avalia Christian.
Desgaste físico
Apesar de ter poupado seus titulares no final de semana contra o Atlético-PR, Renato já não conta com o mesmo rendimento físico de alguns jogadores. Um deles é Ramiro, decisivo para o alto nível obtido pela equipe no início da temporada, mas que já não exibe o mesmo desempenho nos últimos jogos. Fora da Copa do Brasil, o Grêmio agora terá uma semana e meia para descansar seus jogadores até o jogo com o Sport, pelo Brasileirão, em 2 de setembro. Em 15 dias de treinos no mês de maio, após a eliminação no Gauchão, Renato teve sucesso em remobilizar o grupo.
— Com o número de jogos que o time vem fazendo, atuando quarta e domingo em três campeonatos diferentes, chega um momento do ano em que começa a ser cobrada a conta — diz Christian.
Reação ao adversário
O Cruzeiro de Mano Menezes fugiu do óbvio no Mineirão. Em vez de escalar Rafael Sobis na frente, o técnico surpreendeu com a entrada de Elber pelo lado e a utilização de Thiago Neves como "falso 9".
Como o novo sistema não funcionou, optou pela entrada de Raniel como centroavante para apostar no jogo aéreo. A alteração, conta James Freitas, foi decidida pela comissão técnica no intervalo.
E o garoto abriu espaços entre a linha de volantes e zagueiros do Grêmio, possibilitando uma presença ofensiva mais intensa. O técnico Renato nada fez para combater a mudança feita por Mano. Fez uma aposta infrutífera ao trocar Barrios por Everton e não conseguiu resgatar Luan da marcação do Cruzeiro.
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Comentários
Comentários (2)
o gremio começou a perder a vaga em casa ond não conseguiu fazer mais que 1 a 0 a estratégia do time foi muito errada e o ja ganhou do Renato foi crucial pra essa eliminação
ate quem nao entende de estrategia viu que trocar barrios nao foi o correto teria que sair o pedro rocha que nao evoluira ate aquele momenta barrios sabe cobrar penalti ponto negativo everton entrou e errou o fernandinho acertou ponto positivo mas foi todo um conjunto que nao deu certo agora nao adianta lamentar parte pra proxima afinal isso e o futebol
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