Paulo Cézar Caju rasga críticas ao futebol gaúcho e aponta: 'Se querem se separar, que façam'

'O estilo gaúcho está matando o nosso futebol', diz ex-jogador


Fonte: FutNet

Paulo Cézar Caju rasga críticas ao futebol gaúcho e aponta: Se querem se separar, que façam
Em entrevista ao jornal gaúcho Zero Hora, o ex-jogador Paulo Cézar Caju seguiu ao seu estilo polêmico. Com 65 anos, o ex-jogado do Grêmio rasgou críticas ao estilo de jogo gaúcho, afirmou que esqueceu por completo o Grêmio de 1983 - onde foi Campeão Mundial - e decretou: 'Se querem (gaúchos), se separar, que façam'.

Após admitir que sofreu com diversos episódios de aversão no interior do futebol gaúcho, o ex-jogador tentou enumerar os motivos pelos quais o mesmo acontecia:

"Porque eu era o negro que rebatia as besteiras que ouvia, que se vestia bem e tinha vindo do Rio. E quando eu vinha com a Seleção, eu não era um "sim senhor" e levava vaia. Por que isso? Prova de que vocês são bairristas e separatistas aconteceu no amistoso da Seleção Brasileira contra o seleção Gaúcha, em 1972, um dos maiores jogos da minha vida.

Vocês estavam mordidos porque que o Zagallo não havia convocado o Everaldo e 100 pessoas no Beira-Rio vaiaram o Brasil. Não tocaram o Hino Nacional! Só o Gaúcho. Vocês tinham Schneider; Espinosa, Figueroa, Ancheta e Everaldo: Carbone, Tovar e Torino; Valdomiro, Claudiomiro e Oberti. Lembro de tudo. Foi 3 a 3, fiz um gol, arrebentei naquele jogaço, sem nenhum pontapé. O presidente era o general Garrastazu Médici, gaúcho, e a gente pensava, vão nos matar aqui. Vocês já queriam se separar, não é? Se querem se separar, que façam", declarou, acreditando que o estilo de jogo do futebol gaúcho está 'matando' o futebol brasileiro, criticando as últimas escolhas para treinador da Seleção Brasileira:

"Sou contra a falta de alternativa. Por que só Felipão, Mano Menezes, Dunga, Felipão de novo na Seleção? O estilo gaúcho está matando o nosso futebol. Por que não retomar o jogo cadenciado, bonito e objetivo?", declarou.

Tendo sido Campeão Gaúcho com o Grêmio em 1979, Caju foi novamente contratado pelo clube para a disputa do Mundial, contra o Hamburgo. Para o ex-jogador, entretanto, as boas lembranças são apenas da primeira passagem, até mesmo se recusando a comentar sobre a de 83:

"É um assunto morto. Não significa nada 1983. É tão chato isso. Quando surgem os eventos e não me convidam, eu fico put*. Não quero nem que me liguem mais, apaguei o Grêmio de 83", declarou, acrescentando:

"Minha história com o Grêmio é a de 1979, o resto não existe mais para mim. Vencemos o Gauchão sobre o timaço do Inter de Falcão, e o ambiente era maravilhoso no Olímpico", completou.

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