Koff considera exclusão 'exagero' e diz: 'Se decisão acabar com racismo, Grêmio fica feliz'

Fábio Koff, presidente do Grêmio

Não adiantou o Grêmio destacar que promove campanhas institucionais contra o racismo, nem publicar um comunicado contra torcidas organizadas ou mesmo alegar que identificou os torcedores que praticaram atos discriminatórios contra o goleiro santista Aranha. O clube gaúcho foi punido pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), nesta quarta-feira, com a exclusão da Copa do Brasil.

Logo depois do resultado, o presidente gremista Fábio Koff anunciou que o clube vai entrar com recurso no Pleno e discordou da punição. Em seu depoimento no tribunal, o dirigente explicou que o Grêmio não poderia ser responsabilizado pela atitude de alguns poucos torcedores, dizendo que o clube repudia o racismo e toma medidas contra o problema.

"O Grêmio respeita a decisão, embora discorde dela tecnicamente.

Não digo que houve injustiça, mas houve um exagero na interpretação da regra. Temos que conceituar e entender de maneira diferente a injúria racista da manifestação. O Grêmio fez o possível para identificar os autores, foram entregues à polícia. Acho que o Grêmio foi punido duas vezes por um fato só", afirmou o presidente do Grêmio.

Fábio Koff ainda deixou claro que, se a punição pedagógica servir para acabar com o racismo no esporte e no país de uma forma geral, ele ficaria satisfeito. No entanto, o dirigente acredita que a exclusão da equipe da Copa do Brasil é muito pesada e não resolverá o problema.

"Eu tenho apelado para os torcedores que ajudem o Grêmio porque acabam prejudicando nossa posição nos tribunais. Mas, se essa decisão ajudar a acabar com a injúria racial no Brasil, o Grêmio fica feliz", disse Koff.




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