Líder da torcida Geral, o conselheiro Rodrigo Marques Rysdyk, o "Alemão da Geral", 35 anos, falou a ZH sobre a suspensão da organizada, anunciada na segunda-feira pela direção do Grêmio.
Rysdyk afirma que não foi o responsável pelos cânticos racistas entoados na Arena no jogo contra o Bahia, no domingo, já que estava fora do estádio. E que a torcida não teve intenção de prejudicar o clube com seu comportamento. Mesmo como líder da Geral, diz não ter como controlar o que é cantado na Arena. Veja o que ele disse.
O que você pensa sobre esta suspensão da Geral?
Eu entendo o presidente Koff. Só que ele se precipitou um pouco, está preocupado com a decisão no STJD. No domingo (contra o Bahia), eu não entrei na partida, fiquei do lado de fora do estádio. Era o último jogo da punição da banda da Geral (de cinco jogos, determinada pelo MP por conta das confusões registradas antes do último Gre-Nal). Saiu o gol do Grêmio e no setor alguém puxou a música "olha a festa, macaco". Cantaram, mas não tiveram a intenção de prejudicar o Grêmio. Oficialmente, a Geral não estava presente.
Você está dizendo que a Geral não cantou o termo macaco no domingo?
O povão cantou. Como é que vou impedir uma pessoa de cantar determinada música? Não tenho como fazer isso. A gente se reuniu depois do que aconteceu no jogo de quinta, aí começou o burburinho sobre o termo macaco. A gente decidiu que não iria cantar mais músicas que tenham a palavra macaco no meio até ser esclarecida toda essa história. Como a gente vai impedir alguém no setor de puxar o "olha a festa, macaco", que sempre é cantado após o gol? Se fosse um protesto deliberado para prejudicar a direção, se cantaria o jogo todo.
Então vocês não quiseram prejudicar o Grêmio?
Não. Foi uma coisa espontânea, não partiu das lideranças da torcida. A gente tinha decidido não cantar até esclarecer toda essa discussão em cima do tema racismo. Não vamos tomar nenhuma medida que vai prejudicar o Grêmio. Se as autoridades, todo mundo que envolve o futebol, entenderem que os gremistas se referem a racismo com essa palavra, o que a gente sabe que não é, a gente vai abolir estas músicas, mas as coisas precisam se esclarecer antes. Infelizmente aconteceu lá, cantaram. Foi errado sim, mas não tem como impedir sem a banda. Os cânticos só são controlados com uma banda de música. Sem isso, qualquer um pode puxar uma música e inflamar o estádio.
Estes cantos têm ligação com o corte de verbas da gestão Koff à Geral?
Absolutamente nada a ver. Se tivesse, nos primeiros jogos da gestão Koff, a gente ia cantar, fazer e acontecer. Não só o canto do macaco. Qualquer coisa ligada à torcida, a gente buscou contato com a direção.
Essa suspensão da Geral é uma estratégia para o julgamento?
Acho que o presidente se irritou com o canto, porque ele viu que poderia se agravar uma suposta pena para o Grêmio. Que poderia isso ser um agravante. Se para nós a situação está pesada, para o presidente está muito mais. Ele é responsável por todos os torcedores que o Grêmio tem. A gente entende que isso foi uma medida mais no calor da coisa do que pensada para fazer uma defesa. O que aconteceu na quinta não tem nada a ver com o que aconteceu domingo.
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O que você pensa sobre esta suspensão da Geral?
Eu entendo o presidente Koff. Só que ele se precipitou um pouco, está preocupado com a decisão no STJD. No domingo (contra o Bahia), eu não entrei na partida, fiquei do lado de fora do estádio. Era o último jogo da punição da banda da Geral (de cinco jogos, determinada pelo MP por conta das confusões registradas antes do último Gre-Nal). Saiu o gol do Grêmio e no setor alguém puxou a música "olha a festa, macaco". Cantaram, mas não tiveram a intenção de prejudicar o Grêmio. Oficialmente, a Geral não estava presente.
Você está dizendo que a Geral não cantou o termo macaco no domingo?
O povão cantou. Como é que vou impedir uma pessoa de cantar determinada música? Não tenho como fazer isso. A gente se reuniu depois do que aconteceu no jogo de quinta, aí começou o burburinho sobre o termo macaco. A gente decidiu que não iria cantar mais músicas que tenham a palavra macaco no meio até ser esclarecida toda essa história. Como a gente vai impedir alguém no setor de puxar o "olha a festa, macaco", que sempre é cantado após o gol? Se fosse um protesto deliberado para prejudicar a direção, se cantaria o jogo todo.
Então vocês não quiseram prejudicar o Grêmio?
Não. Foi uma coisa espontânea, não partiu das lideranças da torcida. A gente tinha decidido não cantar até esclarecer toda essa discussão em cima do tema racismo. Não vamos tomar nenhuma medida que vai prejudicar o Grêmio. Se as autoridades, todo mundo que envolve o futebol, entenderem que os gremistas se referem a racismo com essa palavra, o que a gente sabe que não é, a gente vai abolir estas músicas, mas as coisas precisam se esclarecer antes. Infelizmente aconteceu lá, cantaram. Foi errado sim, mas não tem como impedir sem a banda. Os cânticos só são controlados com uma banda de música. Sem isso, qualquer um pode puxar uma música e inflamar o estádio.
Estes cantos têm ligação com o corte de verbas da gestão Koff à Geral?
Absolutamente nada a ver. Se tivesse, nos primeiros jogos da gestão Koff, a gente ia cantar, fazer e acontecer. Não só o canto do macaco. Qualquer coisa ligada à torcida, a gente buscou contato com a direção.
Essa suspensão da Geral é uma estratégia para o julgamento?
Acho que o presidente se irritou com o canto, porque ele viu que poderia se agravar uma suposta pena para o Grêmio. Que poderia isso ser um agravante. Se para nós a situação está pesada, para o presidente está muito mais. Ele é responsável por todos os torcedores que o Grêmio tem. A gente entende que isso foi uma medida mais no calor da coisa do que pensada para fazer uma defesa. O que aconteceu na quinta não tem nada a ver com o que aconteceu domingo.
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