Sem Virgens

Geromel tem contrato em vigor até 2019 com o Grêmio, instrumento jurídico perfeito a proteger o clube em caso de desacerto de intenções. Já ouvi da boca de um jogador uma história horrível: dirigente ofereceu metade do valor do salário que o jogador recebia porque, no momento da renovação, ele se recuperava de fratura na perna. Quando o tal jogador manifestou o espanto pela proposta de perna curta, ouviu do presidente que não ofereceria mais porque "não sei se tu não tá aleijado". Década de 80, outra legislação, mas das piores histórias que já escutei no mundo da bola. Também já vi jogador e/ou empresário forçando a saída mesmo com contrato em vigor, embretando o clube de forma desleal.

Não há virgens neste baile; no caso recente de Geromel, houve uma renovação de altos valores e contrato longo. O Grêmio reabilitou a carreira do zagueiro que estava apagado no futebol europeu. A resposta foi a melhor possível. Operação Ganha-Ganha, o ideal. Agora, virando o ano, boatos cogitam insatisfação de Geromel por ver outros jogadores passando a ganhar mais do que ele. Nâo dou fé que tal incômodo, se é real, fizesse o zagueiro agir na sombra. O presidente gremista, por sua vez, age com absoluta correção ao rechaçar a propostinha do Flamengo. Quem quiser levar Geromel, que pague o preço. O Grêmio não diz que ele é inegociável. O que precisa é chegar no valor. Nâo chegou, não sai negócio e vale o que está escrito.

Um contrato de bons valores que vai até 2019. Simples assim.

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