Após 10 anos de batalhas, prêmios de melhor goleiro do Brasileirão em 2014 e 2015, e a convivência com críticas, Marcelo Grohe, enfim, conquistou um título de expressão no Grêmio. Representando os mais de 55 mil torcedores do estádio, gritou a plenos pulmões: "É campeão" com a taça da Copa do Brasil em mãos. Ainda processando todas as emoções da conquista, ele está com o riso fácil. Brincou até com o golaço de Cazares.
— Vi ele armando o chute e pensei: "Moiô" (risos). Mas não fez mal — disse.
Na comemoração no gramado da Arena, aproveitou para brincar com a "valsa dos 15 anos", corneta feita por Sasha após a conquista do Inter no Gauchão neste ano. Na festa da comemoração do Penta da Copa do Brasil, o goleiro iniciou os primeiros passos da dança, mas fez que não com os braços em direção aos torcedores. Com o título, Grohe acredita que a torcida, e também seus companheiros, terão um futuro mais tranquilo no Grêmio sem a pressão de conviver com um longo período sem títulos.
Depois de tantas tentativas, como é, finalmente, ganhar um grande título?
Estou na correria ainda. Quando paro um pouco, penso: consegui ser campeão. É uma alegria por tudo que passamos dentro de campo. Mas também pelo torcedor. Sabíamos que eles estavam feridos. Era muita gozação. Estavam carentes, sentíamos isso nos jogos. Tínhamos essa necessidade de ganhar. Agora conseguimos e acabamos com a fila dos 15 anos.
E a sua comemoração da valsa. O gesto do Sasha foi falado várias vezes no pós-jogo...
A gente entende, a provocação é do futebol. Às vezes, é do nosso lado, outras do Inter. Tenho respeito pelo Sasha, mas aquela comemoração nos feriu bastante. Sentimos muito.

A comemoração do Sasha serviu de motivação?
Foi algo que nos chateou. Entendemos a provocação. Estava no momento de comemorar o título dele. Não foi pra dar resposta ao Sasha, mas foi algo que nos motivou. Conversamos sobre a chance de encerrar as flautas. Agora é fácil falar, mas sempre dissemos isso no vestiário: era a oportunidade de colocar nossos nomes na história do Grêmio. Foi um ano complicado pela expectativa que se criou, e na reta final demos a volta por cima.
Qual foi o momento mais importante da campanha?
No meu caso, foi o jogo contra o Atlético-PR na Arena. Foi o momento mais importante e dramático. Falhei no primeiro gol. Tive 60 minutos para recuperar o foco. E aí tudo aconteceu nos pênaltis. Não sou um cara de chorar. Mesmo após o título, só chorei ao abraçar minha mulher e meu filho no gramado. Mas após o jogo com o Atlético-PR, eu desabafei. Fui correndo para o vestiário. Chorei feito criança, não conseguia parar. Lembro do pessoal dizendo no vestiário "deixa ele chorar, faz bem". Ali lavei a alma. Dali em diante, me renovei.

A frustração poderia ter resultado na sua saída?
Não sei, é difícil pensar. Não sei o que o clube iria fazer. Seria uma situação que me deixaria chateado, ter uma eliminação passando pelas minhas mãos. Mas no fim deu tudo certo.
Mesmo com o sucesso individual, parece que você sempre é um dos mais criticados. Isso te incomoda?
Não, eu respeito todas as opiniões. Absorvo o que eu acho ser correto, mas sei que faz parte do jogo. Não dá para ser goleiro do Grêmio e não ser criticado ou elogiado. Preciso encarar as situações negativas, ter equilíbrio. Como faço também nos bons momentos. Nossa posição é assim. Um dia é herói, no outro é vilão.
O gol do Cazares foi o que você menos se importou de sofrer?
Foi, sem dúvida (risos). Estava tudo decidido, graças a Deus. Estava bastante adiantado. Foi indiferente, o importante foi o título. Não importa como seria o jogo, só queríamos ser campeões.
Em qual momento veio a confiança no título?
Teve uma defesa no Mineirão contra o Atlético-MG. Foi importante, estava 1 a 0. Imagina, podia ficar um a um e mudar o jogo. E logo na sequência já conseguimos ampliar. Quando passamos pelo Atlético-PR, Palmeiras (mesmo com o 2 a 1 em casa), mas também avançamos, acho que ali nos fortalecemos de uma forma para ser campeão. Sentimos isso, as duas primeiras fases foram determinantes. Amadureceu a nossa equipe. Quando começou a semifinal, vi que estávamos prontos. E na final, fizemos um grande jogo no Mineirão.

Como vocês encararam a troca do Roger pelo Renato?
Acreditávamos muito no trabalho do Roger. Mais cedo ou mais tarde iríamos conquistar alguma coisa. Era um trabalho muito bom. Víamos o time rendendo. Mas, infelizmente, as coisas não aconteceram como era o esperado. E ai veio o Renato, que nos deu a confiança que estava faltado após uma sequência de muitos jogos sem vencer. O Renato nos abraçou e entendemos o recado. Deu no que deu (risos).
Qual o seu próximo objetivo?
Agora descansar, curtir as férias. Vai dar para relaxar bastante. Ano que vem é buscar mais conquistas, temos que encarar este como um divisor de águas. A Copa do Brasil nos abre as portas para novos títulos. Tirou o peso e a pressão dos jogadores. As coisas, a partir de agora, vão ficar mais leves. Se deus quiser, vamos ganhar mais títulos. Foi um ano legal. Joguei bastante. E ter um título ainda, não tem preço.
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