
Pedro Geromel é um dos pilares do Grêmio, que disputa a final da Copa do Brasil contra o Atlético-MG. Com atuações seguras, o zagueiro garantiu uma vaga entre os titulares da equipe nas últimas temporadas e chegou a ser convocado para a seleção brasileira.
O começo de carreira do defensor, porém, foi muito difícil. Após passar pela base do Palmeiras, ele ficou sem clube quando subiu dos juvenis para os juniores. Em 2003, com apenas 17 anos, foi se aventurar em Portugal.
"Surgiu a oportunidade de ir para Chaves-POR por meio de um amigo que tinha familiares morando lá. Passei por momentos difíceis na adaptação, era muito novo. O amigo que foi comigo voltou ao Brasil dois meses depois e me vi ali, em um país diferente, sem conhecer ninguém, sem família, com o clima e comida que eu não estava acostumado. Para piorar, naquela época não havia a facilidade que temos hoje para comunicação. Esse período foi bem complicado", contou Geromel, ao ESPN.com.br.
Neste período, o jogador conheceu o lado mais difícil do futebol europeu e pensou em largar tudo.
"Cheguei a ir até um orelhão e ligar para o meu pai dizendo que não aguentava mais ficar lá, era muito frio, não tinha família e nem amigos por perto, e o clube ainda estava atrasando o meu salário, que era de 200 euros. Meu pai disse que se eu voltasse, teria de trabalhar e esquecer o sonho de jogar bola. Parei, pensei e disse que até que não estava tão ruim assim".
A persistência fez Pedro Geromel colher os frutos: foi para o Vitória de Guimarães-POR e depois defendeu o Colônia por quatro temporadas, quando foi capitão e atuou ao lado de Lukas Podolski.
Após uma passagem pelo Mallorca, da Espanha, o zagueiro chegou quase anônimo ao Grêmio. Esperou um tempo na reserva antes de conseguir se firmar na equipe principal e virar "Geromito" para a torcida tricolor.
ESPN - Como foi seu começo como jogador de futebol?
Pedro Geromel - Desde pequeno, sempre pensei e sonhei em ser jogador de futebol. Comecei aos 10 anos no futsal da Portuguesa. Depois, surgiu um teste para o campo. Teve até uma passagem engraçada... na época, os professores perguntavam em que posição queríamos jogar, e todo mundo dizia meia-atacante. Eu nem sabia o que era, mas na minha vez nem pensei, disse: 'Meia-atacante'. O cara olhou para mim, grandão, todo desengonçado e falou: vai pra zaga (risos).
ESPN - Como chegou até o Palmeiras?
Pedro Geromel - Na época eu estava sem clube, jogando somente no futebol de várzea. Aí o Elias, que hoje está no Sporting, e cresceu comigo na Vila Maria, jogava no Palmeiras à época e conseguiu arrumar um teste para mim. Deu tudo certo e eu acabei passando.
ESPN - Depois que você saiu do Palmeiras ficou quando tempo sem clube? Pensou em desistir?
Pedro Geromel - Na verdade, quando passei do juvenil para o time junior, o Palmeiras me dispensou. Logo em seguida, surgiu a oportunidade de ir para Chaves, em Portugal, por meio de um amigo que tinha familiares morando lá. Passei por momentos difíceis na adaptação, era muito novo. Cheguei a ir até um orelhão e ligar para o meu pai dizendo que não aguentava mais ficar lá, era muito frio, não tinha família e nem amigos por perto, e o clube ainda estava atrasando o meu salário, que era 200 Euros. Meu pai disse que se eu voltasse, teria de trabalhar e esquecer o sonho de jogar bola. Parei, pensei e disse que até que não estava tão ruim assim.
ESPN - Qual o momento mais difícil até aqui na carreira?
Pedro Geromel - Com certeza quando fui para Europa, com apenas 17 anos. O amigo que foi comigo voltou ao Brasil dois meses depois e me vi ali, em um país diferente, sem conhecer ninguém, sem família, com o clima e comida que eu não estava acostumado. Para piorar, naquela época não havia a facilidade que temos hoje para comunicação. Esse período foi bem complicado.
ESPN - Como foi o período de Alemanha? Qual a situação mais diferente que você passou?
Pedro Geromel - Na Alemanha foi diferente. Tive a sorte de ir para uma cidade maravilhosa, onde fui muito bem recebido pelas pessoas. Ter ido com a minha esposa fez toda a diferença para me ajudar na adaptação. Os quatro anos que estive na Alemanha foram muito bons, tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Passei algumas situações de dificuldade com a língua e com o frio. A língua eu acabei aprendendo. Fiquei quatro anos, ouvia a língua todo dia e ainda tinha um professor. Agora, o frio foi mais complicado. Uma vez, tive dez dias de folga para curtir o final de ano com a família. Era verão no Brasil, aquele calor infernal. Quando voltei para a Alemanha a temperatura estava menos 16 graus, neve pra caramba... foi bem complicado.
ESPN - Quais os caras mais difíceis que você marcou na Europa?
Pedro Geromel - Os campeonatos europeus são muito fortes, lá estão os principais jogadores de cada país. Eu pude jogar em dois países com campeonatos nacionais fortíssimos. Tive a oportunidade de jogar contra quase todos os jogadores das principais seleções e foi uma experiência muito marcante, aprendi muito. Na Espanha tive que encarar dois dos principais jogadores da atualidade: Cristiano Ronaldo e Messi. Foi duro, mas uma experiência e aprendizado enormes.
ESPN - Como foi essa volta ao Brasil? Você chegou até mesmo a ser convocado para a seleção, esperava isso?
Pedro Geromel - A volta ao Brasil foi um pouco estranha no início. Eu estava acostumado a jogar como titular e quando cheguei ao Grêmio ninguém me conhecia, por ter feito minha carreira fora do país, e eu tive que esperar uma oportunidade para mostrar o meu futebol. Fiquei alguns meses nessa situação, no banco, treinando muito e me preparando para estar pronto quando a chance aparecesse. Comecei a jogar e as coisas foram acontecendo. Tivemos a melhor defesa do Brasileiro. No segundo ano, fomos a segunda melhor defesa, sofrendo apenas um gol a mais que o Corinthians, e ainda fui eleito um dos melhores zagueiros do campeonato. Neste ano, veio a convocação, que, com certeza, foi o ponto mais alto da minha carreira. Um prazer enorme ter feito parte da primeira lista do Tite a serviço da seleção.
ESPN - Como é ser um ídolo do Grêmio? Esperava que isso fosse acontecer?
Pedro Geromel - Ter o trabalho reconhecido é sempre muito gratificante. É uma honra enorme vestir a camisa do Grêmio. Sempre que entro em campo dou o meu melhor. Espero que a gente conquiste o título da Copa do Brasil para entrar para a história do Grêmio.
ESPN - E o apelido de Geromito que a torcida colocou em você? Gosta dele?
Pedro Geromel - Sempre que vejo essa manifestação dos torcedores na internet, essas brincadeiras, eu dou risada. O pessoal é muito criativo (risos).
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O começo de carreira do defensor, porém, foi muito difícil. Após passar pela base do Palmeiras, ele ficou sem clube quando subiu dos juvenis para os juniores. Em 2003, com apenas 17 anos, foi se aventurar em Portugal.
"Surgiu a oportunidade de ir para Chaves-POR por meio de um amigo que tinha familiares morando lá. Passei por momentos difíceis na adaptação, era muito novo. O amigo que foi comigo voltou ao Brasil dois meses depois e me vi ali, em um país diferente, sem conhecer ninguém, sem família, com o clima e comida que eu não estava acostumado. Para piorar, naquela época não havia a facilidade que temos hoje para comunicação. Esse período foi bem complicado", contou Geromel, ao ESPN.com.br.
Neste período, o jogador conheceu o lado mais difícil do futebol europeu e pensou em largar tudo.
"Cheguei a ir até um orelhão e ligar para o meu pai dizendo que não aguentava mais ficar lá, era muito frio, não tinha família e nem amigos por perto, e o clube ainda estava atrasando o meu salário, que era de 200 euros. Meu pai disse que se eu voltasse, teria de trabalhar e esquecer o sonho de jogar bola. Parei, pensei e disse que até que não estava tão ruim assim".
A persistência fez Pedro Geromel colher os frutos: foi para o Vitória de Guimarães-POR e depois defendeu o Colônia por quatro temporadas, quando foi capitão e atuou ao lado de Lukas Podolski.
Após uma passagem pelo Mallorca, da Espanha, o zagueiro chegou quase anônimo ao Grêmio. Esperou um tempo na reserva antes de conseguir se firmar na equipe principal e virar "Geromito" para a torcida tricolor.
ESPN - Como foi seu começo como jogador de futebol?
Pedro Geromel - Desde pequeno, sempre pensei e sonhei em ser jogador de futebol. Comecei aos 10 anos no futsal da Portuguesa. Depois, surgiu um teste para o campo. Teve até uma passagem engraçada... na época, os professores perguntavam em que posição queríamos jogar, e todo mundo dizia meia-atacante. Eu nem sabia o que era, mas na minha vez nem pensei, disse: 'Meia-atacante'. O cara olhou para mim, grandão, todo desengonçado e falou: vai pra zaga (risos).
ESPN - Como chegou até o Palmeiras?
Pedro Geromel - Na época eu estava sem clube, jogando somente no futebol de várzea. Aí o Elias, que hoje está no Sporting, e cresceu comigo na Vila Maria, jogava no Palmeiras à época e conseguiu arrumar um teste para mim. Deu tudo certo e eu acabei passando.
ESPN - Depois que você saiu do Palmeiras ficou quando tempo sem clube? Pensou em desistir?
Pedro Geromel - Na verdade, quando passei do juvenil para o time junior, o Palmeiras me dispensou. Logo em seguida, surgiu a oportunidade de ir para Chaves, em Portugal, por meio de um amigo que tinha familiares morando lá. Passei por momentos difíceis na adaptação, era muito novo. Cheguei a ir até um orelhão e ligar para o meu pai dizendo que não aguentava mais ficar lá, era muito frio, não tinha família e nem amigos por perto, e o clube ainda estava atrasando o meu salário, que era 200 Euros. Meu pai disse que se eu voltasse, teria de trabalhar e esquecer o sonho de jogar bola. Parei, pensei e disse que até que não estava tão ruim assim.
ESPN - Qual o momento mais difícil até aqui na carreira?
Pedro Geromel - Com certeza quando fui para Europa, com apenas 17 anos. O amigo que foi comigo voltou ao Brasil dois meses depois e me vi ali, em um país diferente, sem conhecer ninguém, sem família, com o clima e comida que eu não estava acostumado. Para piorar, naquela época não havia a facilidade que temos hoje para comunicação. Esse período foi bem complicado.
ESPN - Como foi o período de Alemanha? Qual a situação mais diferente que você passou?
Pedro Geromel - Na Alemanha foi diferente. Tive a sorte de ir para uma cidade maravilhosa, onde fui muito bem recebido pelas pessoas. Ter ido com a minha esposa fez toda a diferença para me ajudar na adaptação. Os quatro anos que estive na Alemanha foram muito bons, tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Passei algumas situações de dificuldade com a língua e com o frio. A língua eu acabei aprendendo. Fiquei quatro anos, ouvia a língua todo dia e ainda tinha um professor. Agora, o frio foi mais complicado. Uma vez, tive dez dias de folga para curtir o final de ano com a família. Era verão no Brasil, aquele calor infernal. Quando voltei para a Alemanha a temperatura estava menos 16 graus, neve pra caramba... foi bem complicado.
ESPN - Quais os caras mais difíceis que você marcou na Europa?
Pedro Geromel - Os campeonatos europeus são muito fortes, lá estão os principais jogadores de cada país. Eu pude jogar em dois países com campeonatos nacionais fortíssimos. Tive a oportunidade de jogar contra quase todos os jogadores das principais seleções e foi uma experiência muito marcante, aprendi muito. Na Espanha tive que encarar dois dos principais jogadores da atualidade: Cristiano Ronaldo e Messi. Foi duro, mas uma experiência e aprendizado enormes.
ESPN - Como foi essa volta ao Brasil? Você chegou até mesmo a ser convocado para a seleção, esperava isso?
Pedro Geromel - A volta ao Brasil foi um pouco estranha no início. Eu estava acostumado a jogar como titular e quando cheguei ao Grêmio ninguém me conhecia, por ter feito minha carreira fora do país, e eu tive que esperar uma oportunidade para mostrar o meu futebol. Fiquei alguns meses nessa situação, no banco, treinando muito e me preparando para estar pronto quando a chance aparecesse. Comecei a jogar e as coisas foram acontecendo. Tivemos a melhor defesa do Brasileiro. No segundo ano, fomos a segunda melhor defesa, sofrendo apenas um gol a mais que o Corinthians, e ainda fui eleito um dos melhores zagueiros do campeonato. Neste ano, veio a convocação, que, com certeza, foi o ponto mais alto da minha carreira. Um prazer enorme ter feito parte da primeira lista do Tite a serviço da seleção.
ESPN - Como é ser um ídolo do Grêmio? Esperava que isso fosse acontecer?
Pedro Geromel - Ter o trabalho reconhecido é sempre muito gratificante. É uma honra enorme vestir a camisa do Grêmio. Sempre que entro em campo dou o meu melhor. Espero que a gente conquiste o título da Copa do Brasil para entrar para a história do Grêmio.
ESPN - E o apelido de Geromito que a torcida colocou em você? Gosta dele?
Pedro Geromel - Sempre que vejo essa manifestação dos torcedores na internet, essas brincadeiras, eu dou risada. O pessoal é muito criativo (risos).
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