Foto: Lucas Uebel / Grêmio
Na expectativa de um título nacional depois de 15 anos, a torcida do Grêmio vê como perigosa a longa espera pela primeira das duas partidas decisivas contra o Atlético-MG, dia 23. Nesta sexta-feira, 9h, em sorteio na CBF, ficarão definidos os mandos de campo.
É indiscutível que é melhor o momento tricolor em relação ao adversário na final. Enquanto o time de Marcelo Oliveira penou para eliminar o misto do Inter, o Grêmio teve vida mais tranquila contra o Cruzeiro, depois da larga vantagem obtida no Mineirão.
Parte da explicação talvez sejam os desfalques do Atlético-MG, como o lateral direito Marcos Rocha, o zagueiro Leonardo Silva e o meia Maicosuel. Já Renato Portaluppi contou com todos os titulares à disposição.
Capitão gremista, Maicon entende que o ideal é participar dos jogos do Brasileirão que ainda restam até a decisão da Copa do Brasil. Mas entende eventuais preservações de titulares pelo risco de lesões.
— Estamos muito fortes. Crescemos no momento certo. Temos perfil de um time campeão. Vamos chegar voando na final — promete o volante.
Comentarista da Globo Minas, o jornalista Bob Faria acompanha de perto o cotidiano do Atlético-MG. Em sua opinião, as três semanas de intervalo até o jogo de ida da final da Copa do Brasil podem favorecer o time mineiro. Até lá, o técnico Marcelo Oliveira terá a chance de dar ritmo de jogo ao atacante Luan, que ficou afastado por dois meses por uma lesão muscular, e retornou ao time contra o Figueirense na semana passada.
Outro que pode se recuperar é o volante Leandro Donizete, que atuou com dores nos últimos jogos. Além disso, Faria entende que o Atlético não vai abrir mão do Brasileirão, já que é quarto colocado e está a dois pontos do vice-líder Flamengo, podendo ainda garantir vaga direta à fase de grupos da Libertadores.
— Esta parada traz um dilema. Se, por um lado, você recupera jogadores, por outro perde o embalo da competição. Entendo que será benéfico para o Atlético, mas tudo dependerá do Brasileirão. A equipe não pode vacilar na briga pelo terceiro lugar. Matematicamente, existe até chance de título. Por isso, o Atlético não deve poupar titulares — explica Faria.
Capitão do Grêmio na conquista da Copa do Brasil em 2001, o ex-meia Zinho, hoje auxiliar técnico de Jorginho no Vasco, entende que Renato Portaluppi pode utilizar o Brasileirão como uma espécie de laboratório para preparar seu time para a decisão com o Atlético-MG.
— O Grêmio terá que fazer uma escolha. Pode até abdicar do Brasileirão, mas ainda tem chances de G-6. Então, pode usar este tempo para recuperar quem está desgastado e preparar a equipe para a decisão, dando tranquilidade ao grupo — entende Zinho.
Com passagem pelos dois clubes e decisivo no primeiro título brasileiro do Grêmio, em 1981, o ex-jogador Paulo Isidoro torcerá pelo Atlético-MG na final.
— São os meus dois clubes do coração, mas torcerei pelo Atlético-MG. Agora, se o segundo jogo for na Arena, dificilmente o Grêmio deixará de ser campeão — acredita.
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