Grêmio se espelha em fases anteriores da Copa do Brasil para obter vantagem

A partir das 21h45 desta quarta-feira, Grêmio e Cruzeiro começam a decidir quem será um dos finalistas da Copa do Brasil em um Mineirão lotado. A ordem dos mandos de campo sempre causa debate: é melhor decidir em casa ou fora? Para Renato Portaluppi, a preferência é diante da torcida. Mas o Tricolor tem o exemplo das fases anteriores para tentar a classificação à final: sair em vantagem no primeiro jogo.

Foi assim nas oitavas e nas quartas de final. Contra o Palmeiras, a vitória por 2 a 1 dentro da Arena gerou a possibilidade do Grêmio empatar na Arena Palmeiras e se classificar. Nas oitavas, da mesma maneira. O 1 a 0 em Curitiba deu a chance do Tricolor até perder em casa e seguir vivo. Passou nos pênaltis, após defesas do goleiro Marcelo Grohe. É necessário, porém, entrar em campo e lembrar que haverá mais 90 minutos para decidir a classificação.

– Nos jogos de mata-mata, seja Libertadores ou Copa do Brasil, gosto de fazer o segundo jogo em casa. Mas não quer dizer que vamos ter vantagem. Prefiro decidir em casa, sim, mas importante é a postura do meu time no primeiro jogo. Não adianta fazer a segunda partida em casa e jogo tomar quatro no primeiro. Tem que ser a mesma postura, atenção, disposição, taticamente tem que ser a mesma coisa. Quanto menos prejuízo a gente trouxer, melhor para todo mundo. Estamos atentos a isso – comentou o técnico Renato Portaluppi.

Uma das tarefas é sair do Mineirão com um gol marcado. Se não sofrer, melhor ainda. Mas o saldo qualificado será alvo de lembrança de Renato para os seus jogadores. Além das conversas no CT, o treinador gosta de reunir o elenco para passar orientações na concentração.

A partida desta quarta apresentará um Grêmio que disputou um Gre-Nal no último fim de semana com time completo, à exceção de Douglas, preservado. O próprio treinador admitiu uma desvantagem neste ponto, pois Mano Menezes poupou atletas contra o Vitória. No fim de semana, Renato volta a escalar time reserva contra o Figueirense. Os voos para Belo Horizonte e Florianópolis foram fretados pelo clube, para uma facilidade de logística.

– Tem que ser (malandro) até no jogo de férias, tem que ter malandragem no dia a dia, mais ainda nos jogos. Não é uma partida de 90 minutos, é de 180, dividida em duas partes. Os primeiros serão jogados amanhã (quarta). Sabemos da responsabilidade, o que significa não tomarmos gols e procurar fazer um gol fora de casa. Passei tudo isso para os meus jogadores, vamos conversar lá ao chegar – avaliou o treinador.



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